domingo, 31 de maio de 2015

Capítulo 10

Como eu iria simplesmente pedir para que ele me buscasse? Não tinha coragem de lhe ligar, ele pode até nem querer se dar ao trabalho de atender e muito menos de me ajudar. Depois da troca de palavras mais cedo acho complicado. Decidi mandar mensagem em meio a tantos pensamentos.


"Oi...será que você pode me ajudar?"

"Pede para o seu "gatinho"." - argh, que criança, pensei.



Luan On: 

Estava no quarto lendo quando recebi uma mensagem da Maria Clara. Óbvio que estranhei, depois da discussão desconexa mais cedo ela me pediu ajuda. Mas ela estava com o amiguinho dela, ele que a ajudasse.


"Estou sozinha numa praça sem ponto de táxi, você pode se preocupar um pouco e me ajudar ou vai me deixar aqui?" - recebi pouco tempo depois e se dissesse que não fiquei preocupado estaria mentindo. Será que o cara lhe fez algum mal? Ah, mas eu acabaria com ele como fiz com o Paulo.


Me levantei apressado e me arrumei rápidão, peguei as chaves do carro e saí correndo. Assim que entrei liguei para ela que demorou para atender.


- Alô. - respondeu baixo.
- Onde cê tá? - perguntei rápido já que estava conduzindo.
- Na Praça das Luzes, cê sabe onde fica? 
- Estou chegando. - desliguei e corri o mais rápido possível.


Em menos de 15 minutos cheguei, fui abrandando a marcha e procurando a Clara por ali. Quando dei a volta vi um corpo sentado em um banco. Embora se chamasse Praça das Luzes, de iluminação estava bem fraca. Direcionei as luzes do carro para lá e parei. Ela logo notou minha presença e se levantou andando um pouco relutante sempre com o olhar pra baixo. Talvez estivesse envergonhada, o que foi confirmado assim que entrou no carona sem me olhar sequer.


- Cê tá bem? - perguntei preocupado e ela apenas assentiu colocando o cinto.
- Me leva pra casa por favor. - pediu num sussurro e me preocupei mais ainda. Mas não iria questionar.


Fomos o caminho todo calados e antes de chegar ao cruzamento da sua casa dei a volta e voltei a sair do condomínio. Ela me olhou tensa e engoliu em seco.


- Para onde cê vai me levar? - indagou fria.


Não respondi e ela continuava me fuzilando, em menos de 5 minutos cheguei na beira de um rio que tinha ali perto e parei o carro o trancando por dentro.


- Custava muito ter me deixado em casa? - cruzou os braços e bufou irritada.
- Custava, porque se você me pediu ajuda vai me dar uma explicação. E te deixando em casa eu saberia que não a tinha. 
- E quem te garante que agora você a terá? - semicerrou os olhos me encarando.
- Você que sabe, se quiser ficar a noite toda aqui... - dei de ombros.
- Não tem nada pra explicar.
- Porque você estava ali sozinha então, sendo que saiu de minha casa com o Felipe? - arqueei a sobrancelha e ela me olhou de canto.
- Longa história.
- Tenho todo o tempo. - desapertei o cinto e me virei para a olhar.
- Sério? Vai deixar suas piriguetes esperando? - falou com mágoa e suspirei a puxando pelo braço para me fazer olhar.
- Dá pra parar com isso? Não é você que diz que a gente não tem nada? Então pra quê essa ciumeira?
- Quem disse que estou com ciúme? Me poupe. Apenas não quero falar com você, simples.
- Então vamos ficar aqui. - liguei o rádio baixinho e batuquei no volante a música que tocava.
- Eu acreditei que... - foi falando e logo parou chamando a minha atenção .- Eu acreditei que me envolvendo com o Felipe fosse ter certeza daquilo que quero e apostar em algo que a gente pudesse vir a ter. - confessou e a encarei confuso.
- Mas você gosta dele?
- Não, e por isso parei o que a gente estava prestes a fazer. - me encarou tímida e logo desviou o olhar, mas percebi muito bem o que ela estava se referindo.
- Vocês nunca tinham feito nada antes? - ela negou me surpreendendo - Você é ...
- Não. - me interrompeu. - A gente ficava mas nada de sério.
- Ele te deixou sozinha lá? - me exaltei um pouco.
- Não. Eu que quis ficar um pouco em paz, mas não sabia que não tinha ponto de táxi.
- Hum. Mas...você foi assim só com ele ou com outros caras com quem você já ficou?
- Depende, há vezes em que acontece algo mais sim, mas normalmente não passa de uma pegação normal. - isso não me agradou nem um pouco, tanto o fato de pegar outros caras tanto como ir pra cama com alguns deles. 
- Mas sempre com conhecidos né? - ela assentiu reafirmando o que já me tinha dito - E você nunca pensou em namorar ao invés de ficar nessa de ficar? 
- Eu já namorei uma vez. - confessou mas com uma voz um tanto quanto triste e desprezada. 
- Foi há muito tempo?
- Não, cerca de um ano. Namorei durante dois anos. 
- E porque terminaram? Você parece ainda gostar muito dele. - falei calmo e ela negou com a cabeça olhando o lado de fora. 
- O que parece nem sempre é. - senti frieza e algo tinha acontecido - Eu não quero falar disso. 
- Ele te fez sofrer? - questionei esperando que ela prolongasse. 
- Não importa, ele só me ensinou a ser o contrário daquilo que eu era, uma boba iludida. 
- Como assim? Ele não te amava? 
- No início eu acreditava que sim mas depois vi que me enganei. 
- Você quer falar sobre isso?
- Não, só quero ir pra casa. 
- Tá bom. - assenti e voltei a me ajeitar no banco iniciando a marcha.


Pelo caminho fui pensando em tudo que ela me contou. Mas uma coisa ocupava a maior parte dos meus pensamentos. Ela já ficou com vários rapazes e comigo nunca quis nada, mesmo quando estava prestes a isso acontecer. Estacionei na frente de sua casa e ela esperou destrancar o carro, coisa que não fiz.


- Posso te fazer uma pergunta antes de você ir?
- Aham. - respondeu suspirando pesado enquanto brincava com seus dedos.
- Porque você nunca quis ficar comigo? Já que ficou com outros, porque me deu um fora?
- Não sei, mas não acho que seria uma boa a gente se envolver sabendo que teríamos de contracenar.
- Então depois do clipe você aceita ficar comigo? - perguntei na tentativa de saber algo a mais dela e se estava interessada em mim tanto como eu estava nela. Maria Clara me encarou firme.
- Não sei. Você é amigo do meu irmão e não acho certo.
- Seu irmão anda pegando minha irmã e porque não posso pegar a dele?
- Você só quer saber de pegação né? - riu irónica me confundindo.
- Não tô te entendendo.
- Esquece Luan. - voltou a ficar séria - Apenas não insiste.
- Podemos ser amigos ao menos? - sugeri e ela deu de ombros. - Você não sente nadinha de nada por mim, nem amizade?


Nesse momento ela silenciou e o rádio ecoou uma música de Jorge e Mateus, "Porquê?" a fazendo olhar diretamente para o rádio e depois para mim.


"Eu acho que eu estou gostando de você,
 mas você não percebe. Porquê?
Eu vejo o tempo passando 
E cada vez me apaixonando mais,
Mas você não percebe. Porquê?"


- Eu preciso ir. - ameaçou abrir a porta.
- Está trancada. - informei e ela me olhou com súplica - Você está sozinha em casa né?
- Como você sabe?
- Porque eu seria a última pessoa que você procuraria para pedir ajuda. - concluí. - Você não tem medo de ficar sozinha aqui?
- Não, é só uma noite, amanhã o Hugo volta.
- Aceita jantar comigo amanhã?
- Porque eu aceitaria isso?
- Pra você tudo tem de ter um "porquê?". Não podemos apenas sair pra jantar como conhecidos?
- Se o conhecido é você, não, a gente não pode.
- Eu realmente queria ser seu amigo, mas com a sua frieza toda será impossível.
- Tá. - disse apenas isso.
- Tá o quê? Cê aceita? - ela assentiu e me admirei - Ás 20h00 te pego aqui em casa. - destranquei o carro e ela abriu a porta mas assim que colocou o primeiro pé fora se virou pra mim.
- Obrigado Luan. - sorriu de canto.
- De nada. Tem certeza que não quer dormir lá em casa?
- Tenho, eu vou aproveitar pra treinar um pouco. Fica com Deus.
-  A esta hora?
- É, me deu vontade.
- Fica com Deus também. - antes que ela saísse a puxei e lhe dei um beijo no rosto - Dorme bem. -lhe sussurrei e ela engoliu em seco saindo rapidamente.
- Você também.


A vi entrar no portão andando apressado, parecia fugir de alguma coisa e me preocupei em deixá-la sozinha em casa, mas não havia muito que eu poderia fazer. 



Boa tardeeee amorecos! Luan aceitou pegar a Maria Clara na pracinha e decidiu ter uma conversa séria com ela que pareceu até falar mais do que aquilo que queria kkkkk Luan convidou-a para um jantar, será que vai dar certo? kkkk O que vocês acham que vai acontecer? Beijos enormes <3 Ah, quero muitos comentárioooooooooooooooooos viu? 

sábado, 30 de maio de 2015

Capítulo 9

Como ele pode ir pra cama com outra depois daquele momento que tivemos? Não passou de uma mera encenação pra me levar pra cama, certamente. Pois era essa a intenção dele e depois me rejeitar como essazinhas que ele está habituado a comer. Mas ele está muito enganado se acha que vai conseguir. Fiz o que tinha pra fazer e molhei a cara tentando relaxar um pouco mas aquela imagem não saía da minha mente. Argh, cafajeste, canalha, eu quase caí naquela ladainha toda. Saio do banheiro em silêncio para que ele não perceba que estou ali, mas mesmo assim ele não perceberá, com os gemidos da outra torna-se um caso complicado. Mas quando levanto meu rosto para voltar para o quarto de Bruna me deparo com ele escorado na porta do seu quarto me avaliando. Engulo em seco e quando dou um passo pra sair ele me segura.



- Espera. Precisámos conversar. - fala firme e puxo meu braço.

- Não temos nada pra falar, já percebi o tipo de homem que você é e a idiota que eu seria se tivesse prosseguido hoje mais cedo. Você confirma a cada dia aquilo que eu já sabia, que você é um sem vergonha que não vale nada.

- Pára com isso. Me deixa explicar.

- Você não me deve explicações, não me é nada. - falo com raiva e ele se aproxima me fazendo recuar.

- Mas eu não quero que você pense o pior de mim.
- Tarde demais. Mas quer saber de uma coisa? Você poderia comer quantas quisesse, mas depois do que se passou mais cedo com a gente esperava um pouco mais de consideração e respeito. E pior é que você estava fazendo besteira debaixo do teto onde a sua mãe e a sua irmã estão. - esbracejei e ele bufou visivelmente nervoso.
- Como você disse não temos nada e eu não te faltei ao respeito coisa nenhuma.
- Claro que não, eu que sou a doida. - ele ia protestar e meu celular tocou.


- Alô Fê.
- Oi bonequinha, liguei pra te chamar para um barzinho agora, cê topa? A gente pode comer alguma coisa por lá.
- Claro gatinho, eu vou sim. Pode me pegar no Alphaville, estou em casa da Bruna? - Olhei Luan que cerrou os punhos e passou a mão nos cabelos freneticamente.
- Mas é óbvio que eu te busco. Em 15 minutos estou aí.
- Até já Fê, beijo grande.


Assim que desliguei Luan me olhava indecifrável e virei costas para sair mas novamente fui interrompida pelo braço dele me puxando para o seu quarto.


- Me larga otário. - resmunguei e ele me prensou na porta.
- "Fê, gatinho, beijo grande". - repetia o que eu tinha dito com certo desdém - Depois sou eu que te falto ao respeito e não tenho consideração. Você só estava esperando ele te ligar para sair correndo atrás daquele malacabado.
- Não fala assim do Felipe, ele é muito melhor do que você.
- Então porque não namora com ele e pára de me atormentar com as suas provocações? - me olhava bem próximo e não tinha como desviar.
- Não é da sua conta. Aliás, nada que acontece na minha vida é da sua conta. Não te devo nada. Você será apenas meu patrão e companheiro de clipe, o resto é resto e não passa disso. - falei frustrada e se ele não segurasse meus pulsos eu teria voado na cara dele.
- Fique sabendo que eu posso ser o maior canalha do mundo mas também sei ser o homem que toda a mulher sonha.  E não adianta dizer que não sonhou comigo uma única vez pelo menos. Tô mentindo? - Senti seu hálito a menta se misturar com a minha respiração e busquei forças onde não imaginava para o empurrar e sair correndo do seu quarto.


Bruna estava no notebook e assim que entrei estranhou a demora e o meu estado um pouco nervoso. Menti dizendo que estava com calor e que tinha de ir porque o Felipe me esperava. Ela liberou a entrada dele e depois de me despedir dela saí.


- Oi princesa. - me cumprimentou e puxou meu rosto para me dar um selinho, mas desviei sentindo os seus lábios em meu rosto.
- Vamos Fê? - sugeri e ele me olhou estranho mas não contestou, dando partida no carro.


Chegámos num barzinho e pedimos uma pizza doce e outra salgada. Embora tivesse todo o cuidado com a minha alimentação por causa da dança, precisava de algo assim para me acalmar e me fazer esquecer do que anda acontecendo. Como é que alguém consegue mexer tanto assim com todos os meus sentidos e me fazer ao mesmo tempo odiá-lo e desejá-lo? Mas eu iria seguir em frente, ah se ia. A vida me ensinou a ser fria e se fosse preciso, comigo ele conheceria o polo norte. Felipe estava todo carinhoso comigo, me acariciando as mãos, os braços, o cabelo e depositando leves beijos em meu rosto, e até me roubando selinhos sem eu contar. Ele era meu amigo, mas não sentia nada por ele a não ser amizade, ele me fazia bem e foi por isso que aceitei ficar com ele algumas vezes.


- Quero te levar num lugar aí. - falou assim que terminámos a nossa bebida mais forte.
- Que lugar?
- Uma praça  pra gente ficar mais à vontade. - falou com segundas intenções e se eu queria fugir de qualquer investida dele, naquele momento vi a oportunidade ideal de esquecer os momentos anteriores e ter uma bela noite de safadeza, mesmo que não passasse apenas disso.
- Tô entendendo. - mordi o lábio - Vamos logo Fê. - puxei-o para fora e assim que ele deu partida no carro senti sua mão em minha coxa com leves movimentos circulares.


A pracinha era pouco movimentada, e ele estacionou numa zona solitária, onde não havia ninguém. Assim que tirámos os cintos ele me pegou pelo cabelo e me levou até à sua boca sedenta. Subi para o seu colo e fui me movimentando em cima de si. Seus beijos ferozes desceram para o meu pescoço e soltei leves gemidos percebendo o sentido que a sua mão levava rumo à minha bunda. Ele despiu minha blusa e foi tecendo beijos em meus seios. A pegada do Fê não era nada comparada à de Luan. Mas porque raios estava eu pensando nele agora? Esquece Maria Clara Albuquerque.


- Você me deixa louco Clarinha. Aguardava este momento há tanto tempo. - me confessou ao ouvido - Hoje você será só minha. - aquelas palavras foi como um despertar e num impulso nos parei o empurrando contra o banco me olhando sério e confuso.
- Isto é um erro. - afirmei, eu não poderia transar com o Felipe, estaria sendo igual ou pior do que o Luan e isso eu não o era. - Desculpa. - choraminguei - Eu não consigo fazer isso. - vesti minha blusa. - Eu juro que queria mas você não me merece, você merece alguém que te adore de verdade como homem. Obrigado por ser um grande amigo mas eu não me sentiria bem se a gente continuasse, eu sei que me arrependeria...
- Hey amor. - me interrompeu emoldurando minha face com suas mãos - Não tem problema. Eu entendo tudo isso. Apesar de eu querer mais com você, eu respeito a sua decisão. - limpou uma lágrima teimosa que caiu de meu rosto. - Não vamos estragar a linda amizade que temos por causa de um momento em que fomos levados por desejos e não sentimentos.
- Obrigado Fê. - o abracei - Eu queria poder retribuir tudo aquilo que você sente por mim, mas eu não consigo.
- Já passou. - beijou meu ombro descoberto. - Agora se arruma pra te deixar em casa.
- Eu não quero ir pra casa, acho que vou ficar por aqui mesmo. Respirar um pouco e clarear as ideias.
- Tem certeza, não te quero deixar sozinha por aqui.
- Não se preocupa, nada me vai acontecer. Depois pego um táxi e vou pra casa.
- Me avisa quando chegar. - assenti e voltei para o banco de carona me ajeitando.


Lhe dei um beijo no rosto e saí pensativa demais. Minha cabeça estava girando. Eu sabia o que queria, quer dizer, quem queria. Mas também tinha a certeza que depois tudo seria diferente para pior. Não posso negar que me sinto altamente atraída por Luan e que quero que a todo o momento ele me provoque e me desafie, me sinto mais viva e confiante. Mas depois de tudo por que passei não me posso apegar a esse pensamento. Luan viraria vício e não estou pronta para o suportar, pois acabaria sofrendo de novo. Se bem que a única maneira de acabar com todo este turbilhão é me desapegar de qualquer coisa e cair de cabeça, ele se aproveitaria de mim e eu dele, mas sei que no final ele ultrapassaria esse momento mais facilmente do que eu, que ficaria paranoica só de imaginar cada detalhe.
Depois de um tempo vagueando por ali decidi chamar um táxi. Como não vi nenhum ponto ali perto fui a um café bem pequenino que se encontrava num canto da praça.


- Boa noite, sabe me dizer onde posso encontrar um táxi por aqui?
- Boa noite senhorita. - o dono me recebeu com um sorriso meigo - É meio difícil encontrar um táxi por aqui a uma hora dessas. Normalmente eles não passam aqui não, o melhor e mais seguro é você ligar a alguém conhecido para te vir pegar.
- Sério? - indaguei derrotada - Sabe me dizer onde eu estou ao certo? Não conheço muito daqui ainda.
- Claro, está na Praça das Luzes.
- Obrigado. - pedi uma água fresca e saí pensando em quem ligaria.


Não iria ligar ao Felipe, pois não queria voltar a vê-lo. Hugo não estava em SP, meus pais muito menos. Beatriz, é isso. Disquei o seu número e só depois me lembrei que ela estava acompanhada e não queria estragar esse momento. Não me restavam muito mais pessoas. Desde que me mudei para cá que só fiz amizade com Beatriz e Felipe e mais recente com Bruna. Claro que tinha outros conhecidos, mas não tinha confiança nenhuma para lhes pedir ajuda, até porque os poucos que eram deveriam estar trabalhando ou na faculdade. Pensei, pensei e lembrei de Bruna.


- Bruna? Preciso da sua ajuda. - fui logo falando.
- Opa, troca de favores é? - disse brincando. - Fala Clarinha.
- Você pode me pegar numa praça aqui em SP, não tem ponto de táxi e eu não tenho como voltar pra casa.
- Cê não estava com o Fê?
- Estava, mas é uma história complicada, eu que quis ficar sozinha e acabei me dando mal. - ri triste.
- Amiga, eu te pegaria com todo o gosto mas meu carro está na oficina e meu pai ainda não chegou do escritório. E a Ferrari do meu irmão é pra esquecer, ele não me deixa sequer entrar nela no carona sem ele - falou com calma como se desculpando. - A não ser que...
- Não Bruna. - a interrompi, ela que nem pensasse em pedir a Luan pra me buscar. -Não tem problema, eu vou arrumar alguém.


Desliguei e bebi metade da garrafa me sentando num banco daquela pracinha pequena mas acolhedora. Liguei para o Felipe mas só dava caixa postal, com certeza tinha descarregado. Bufei impaciente e nervosa. Não seria possível que eu fosse ficar ali sozinha sem ajuda, a imagem dele veio à cabeça. Aliás, ele ainda não tinha saído dela. Eu teria de engolir meu orgulho e admitir que ele era a única pessoa capaz de me ajudar. 




Boa noite amorecos *-* Eita, Luan parece querer se explicar e Maria Clara lhe dá um gelo daqueles kkkkkk Ainda por cima o provoca com o Fê, mas parece que depois de deu mal e quem a irá salvar? Luan kkkkkk Será que vai dar certo? kkkkk Comentem bastante  <3 Beijos enormes !!

Capítulo 8

Bruna subiu com a amiga para o quarto e eu fiquei na sala vendo TV. Minha mãe passou com uma bandeja com lanche para as meninas e logo desceu indo na cozinha buscar outro lanche pra gente.

- Como andam os projetos para o novo DVD meu filho?
- Bem demais mamusca, as músicas que tenho feito com o Hugo estão incríveis e os arranjos do Dudu dão o toque perfeito em cada música sabe? - falava entusiasmado e minha mãe ouvia atentamente com aquela ternura que só ela tinha.
- E o clipe que você quer lançar antes do DVD?
- Ah, a gente está tendo umas ideias legais, vai ser inovador lançar um clipe antes mesmo do DVD estar gravado, vai deixar as pessoas ainda mais curiosas e ansiosas para verem o produto final.
- Quando começam as gravações?
- Em breve, mas cê vai amar xumba, a bailarina é fera, tão delicadinha dançando. Dá vontade de eternizar o momento. - minha mãe semicerrou os olhos e sorriu de canto me olhando. - Que foi que cê tá com essa cara dengosa aí?
- Quem é a menina? Eu conheço?
- É irmã do Hugo. - sorri e beberiquei um pouco de suco - Cê não conhece, ela veio naquele jantar que a gente fez com a galera e vocês tinham jantado fora.
- Tô lembrada. Quero conhecer essa menina que você fala com tanta doçura e admiração.
- Não pense nessas coisas D. Marizete. - zoei e ela riu - Apenas gostei de a ver dançando.
- Eu não me referi a outra coisa meu filho. - segurou o riso - Ela é bonita?
- Onde você tá querendo chegar hein? - fiz cócegas nela
- Me diga você até onde já chegou.
- Ah mãe, não aconteceu nada disso que cê tá insinuando. Ela apenas é a bailarina do meu clipe. - sorri de canto não conseguindo esconder o quanto estava empolgado com isso.
- Claro, me engana. - me olhou desconfiada - Você não está interessado nela né?
- Na-não mamusca. - gaguejei e comi um pouco de bolo.
- Sei. - riu.
- Sabe de nada xumba, não comece com esses filminhos feito a sua filha.
- Se já somos duas é porque anda se passando alguma coisa mesmo.
- Se acontecer eu te conto. - pisquei o olho para que ela não prolongasse a conversa.
 
 
Subi para tomar um banho e fiquei deitado lendo um livro sobre o Elvis, iria me ajudar na criação do cenário e da época em que se inseria o meu novo DVD. Desci para pegar um copo de água e quando estava voltando dei de caras com Rubia saindo do quarto de Bruna.
 
 
- Já vai? - perguntei como quem não quer nada.
- É, está na minha hora. - sorriu sedutora.
- A Bruna não te leva à porta?
- Ela está no telefone, eu mesma me ofereci para ir sozinha.
- Hum, está com tanta pressa assim? - me aproximei um pouco e ela deu de ombros.
- Depende do que acontecer que valerá a pena o atraso para o compromisso que tenho.
- Acho que valerá super a pena. - sussurrei e a puxei para o meu quarto. Coloquei o copo de água no criado mudo e fui até Rubia que já tinha colocado sua bolsa no cadeirão.
 
 
A peguei daquele jeito e ela foi logo com as mãos bobas explorar meu corpo. Nesse momento a imagem da Clara surgiu e me irritei por ela me ter dado um fora. Me vinguei na Rubia que não perdeu tempo e me empurrou para a cama se colocando em cima de mim.
 
 
 
Maria Clara On:



Deus do céu, o que andava acontecendo comigo? Porque raio eu tinha que me esbarrar com aquele cara e ele ser amigo do meu irmão e me deixar nervosa sempre que está no mesmo espaço que eu? Juro que queria uma explicação para isso tudo. Hoje mais cedo quase que fraquejei e não resisti aquele charminho todo. Ele sem dúvida sabe como cuidar de uma mulher e a fazer desejar sempre mais. Sem dúvida, que ele também, sabe como me provocar e embora isso me irrite eu gosto, pois me faz sentir desejada e admirada. Talvez não passe de atração, espero acreditar que seja isso mesmo. Terminei o ensaio e meu celular tocou avisando ser Bruna.


- Oi Bruna.
- Clarinha, cê tá em casa?
- Aham.
- Vem pra minha agora, por favor? Preciso da sua ajuda. - pediu nervosa.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, mas eu preciso conversar com você acerca do seu irmão.
- Ele foi hoje para Goiás…
- Eu sei, por isso preciso de você para me ajudar numa surpresa. - falou mais empolgada e percebi onde ela queria chegar. - Vem pra cá o mais rápido possível por favor.
- Vou me arrumar e já vou.
- Sua entrada está liberada.


Como não tenho carteira de motorista decidi pedir a Beatriz que me levasse até lá rapidinho. Mas a dita cuja tem encontro marcado com o amigo do outro, diga-se, Luan. A única solução foi chamar um táxi, enquanto ele não vinha tomei meu banho e me arrumei.



 
Saí de casa apressada e o táxi já me esperava. Só espero que o Luan não esteja lá e que não esbarre com ele. Era tudo que menos queria agora. Cheguei em menos de 20 minutos e Bruna me esperava na porta subindo rapidamente comigo para o seu quarto. Graças a Deus não dei de cara com ele.
 
 
- Me diga o que você me quer. - me sentei na ponta da cama e ela do meu lado.
- Não sei se você sabe, mas eu e o seu irmão estamos ficando. - falou tímida e sorri com isso, ele não me tinha contado mas eu sabia que a química entre eles era bem forte.
- Acho que só um cego não percebe o clima entre vocês.
- Pois é, então… - coçou a nuca e me olhou tímida - Eu queria preparar um jantar romântico para quando ele voltasse de viagem amanhã. Sei que seus pais estão viajando…
- Pra variar. - falei com mágoa, não reclamo dos pais que tenho, mas eles poderiam ser bem mais presentes e perceber que aquilo que eu sonho é por aquilo que eu tenho de lutar e não eles decidirem por mim aquilo que eu quero.
- Hey não fica assim.
- Nada não, continua. Quero saber qual a sua ideia.
 
 
Bruna me contou como queria tudo e eu já começava imaginando a cara do meu irmão. Ele é um  romântico nato e o que mais desejo é que ele encontre alguém que mereça todo o carinho que ele tem pra dar. Teria de dar um jeito de sair de casa, mas isso não seria problema.
 
 
- Adorei a ideia. Só te peço que não magoes o meu irmão, por favor. - pedi séria e ela assentiu com confiança pegando em minha mão.
- Pode confiar em mim pra fazer o Hugo feliz Clarinha.
- Vou confiar. - apontei um dedo brincando e rimos. - Bubu posso ir no banheiro?
- Claro, vai no do corredor, o meu está com problema na canalização. Fica ao fundo.
 
 
Saí devagar e ao mesmo tempo insegura. Vai que ele me aparece e volta a me desafiar. Não estou preparada para isso pela segunda vez no dia. Como Bruna me indicou vou até ao fundo do corredor e fico indecisa entre duas portas. Abro aquela que acho que é o banheiro e assim que entro me deparo com uma cena nojenta e desnecessária. Senti meu corpo estremecer e Luan que estava por cima de uma qualquer debaixo dos cobertores olhou assim que fiz barulho com a porta.
 
 
- Maria Clara? - disse surpreso e senti a raiva me possuir.
- Não se incomodem, me enganei na porta, podem continuar. - tentei não demonstrar irritação e saí daquele quarto furiosa entrando naquele que era o banheiro.
 



Mais logo tem mais. COMENTEM por favor <3

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Capítulo 7

- Bom dia. - disse nervoso.
- Bom dia. - respondeu baixo e sem nenhuma animação.
- Cê tá bem?
- Aham, só com um pouco de dor de cabeça.
- Normal, você bebeu todas noite passada. - ri baixinho e ela me olhou estranho.
- Eu bebi? - perguntou confusa.
- Demais, tive de te trazer no colo pra casa. - ela arregalou os olhos.
- Não mente. 
- Você não lembra?
- Pára de graça Luan. - falou firme e cruzou os braços, aos poucos fui me aproximando e parei na sua frente. 
- Sério? Você não lembra de nada? - perguntei sério e ela negou - Nem da crise de ciúmes que teve na balada? - segurei o riso.
- Ciúme de quem? - indagou irritada já. 
- De mim, por ter ficado com aquela muié e por ela estar falando comigo depois. - expliquei e ela semicerrou os olhos. 
- Você acha que acredito nisso? - perguntou irónica e tive de rir.
- Acredite nisso e no fato de eu te colocar na cama. 
- Você é um mentiroso, está dizendo isso só pra me irritar mas não vai conseguir. - dito isso passou por mim rápido.
- E como cê explica o fato de estar com a minha blusa vestida? - a fiz parar e se virar pra me encarar, deu uma leve conferida no seu corpo e me olhou estranha demais. 
- Você é muito ogro mesmo. Acha que eu vou acreditar que eu dei uma crise de ciúme porque te vi com uma piriguete qualquer na balada, que você me trouxe pra casa no colo e que me colocou na cama e ainda por cima me vestiu com a sua blusa? - riu sarcástica - Você não vale nada. A blusa é do Hugo e aposto que foi ele que cuidou de mim. - falou confiante e me aproximei de novo dela a encurralando na parede com os meus braços de cada lado do seu corpo.
- Sente o perfume da blusa e o meu, sente. - pedi e ela tentou me empurrar com as suas mãos em meu peito, mas foi um ato falhado, visto que era mais forte. - Vai negar que é diferente o perfume?
- Eu te odeio, você não tinha esse direito, não te dei confiança para isso. Quem você pensa que é pra me tirar a roupa hein? - se alterou e me afastei um pouco. - Você é pior do que eu pensava, cafajeste, canalha, seu filho da mãe. - me xingava mantendo os punhos fechados. - Mas se você está aqui deve ser para buscar o que é seu né? Não seja por isso. - falou stressada e sem contar ela tirou a blusa na minha frente ficando apenas de roupa interior. Ela era louca. Percorri o seu corpo centímetro a centímetro com o olhar e fiquei parvo com a ousadia dela. Só fui acordar quando levei com a roupa na cara. - Vai embora agora e não me faça arrepender de ter aceite a sua proposta seu otário. - saiu a passos largos para o quarto e quando ela ia fechar a porta me intrometi conseguindo entrar. - Sai.-  gritou.
- Não antes de ter o que realmente é meu. - a olhei sério o que a fez caminhar para trás até bater com o corpo na parede. - Você é muito atrevida né? - falei baixo e ela mantinha o seu olhar entre o meu e a minha boca. - Mas sabe que eu adoro isso? Cê é difícil demais muié, eu te disse um dia que adorava desafios, lembra? 
- Sai do meu quarto agora. - falou quase num sussurro. 
- Pra quê resistir? Sua boca não diz o mesmo que os seus olhos. - apertei sua cintura e ela ficou tensa se colando ainda mais à parede. 
- Não diga besteira. - relutou e beijei seu rosto levemente, ela não moveu uma palha e continuei com as carícias colocando a outra mão mais acima da sua cintura a sentindo se arrepiar. 


Espalhei beijos pela sua bochecha e fui seguindo trilha para a orelha e pescoço. Não sei o que estava se passando comigo para agir assim, ainda pra mais a menina é irmã do meu amigo. Mas eu precisava tirar qualquer dúvida acerca desta ideia maluca de a querer beijar e até mais que isso. Maria Clara estava quieta demais e hoje eu a irritaria de verdade, mas também a pegaria de jeito. Marquei seu pescoço e ela grunhiu. Quando fui me aproximar da sua boca decidi fazer charminho e rocei meus lábios no canto dos seus.


- Fala o que você quer Clarinha? - sussurrei e ela suspirou se apoiando com as mãos em meus ombros e peito.
- Que você sa-saia. - falou com a voz falha e beijei novamente o canto de sua boca.
- Tem certeza? 
- Aham. - suspirou novamente e o seu olhar estava preso no meu.
- Então até mais. - falei normal e dei costas, eu queria mesmo fazê-la implorar por mim, e sei que o conseguiria pois assim que ameacei abrir a porta ouvi um barulho, com certeza ela tinha socado a parede ou alguma coisa ali perto. - Eita. - me virei irónico e ela me fuzilava furiosa mas com desejo, muito desejo em seu olhar. 
- Idiota. - falou entredentes e voltei a me aproximar dela.
- Fala o que você quer de verdade e te deixo em paz. - ela novamente se colou à parede e não disse nada. - Perdeu a língua gatinha? 
- Porque você tem de ser assim? - indagou um pouco indignada.
- Assim como? 
- Metido. - falou num impulso tentando manter a postura de séria.
- Sou assim só com quem merece. - respondi a mesma coisa que ela na nossa primeira conversa lá em casa.
- Acha que eu mereço? - semicerrou os olhos.
- O que você merece é que eu te mostre o que é um homem de verdade, que te faça delirar e implorar por mais, que te mostre que tudo aquilo que você conhece de adrenalina não é nada. Você merece que eu te pegue de jeito e te leve para um outro mundo. Eu sei que por trás desse escudo de durona está uma menina doce e cheia de esperança. E você sabe que eu sou o único capaz de te fazer voar mais alto em todos os sentidos. - a penetrei com o olhar profundamente e ela segurou a respiração a soltando logo em seguida. Vi seus olhos brilhar demais e arriscaria dizer que ela segurava algumas lágrimas. - Mas você me acha a pior pessoa do mundo, por isso eu vou embora e te deixar em paz como você tanto quer. - me afastei e ela encarava o chão.
- E se eu não quiser. - falou num sussurro e subiu o seu olhar tímido até mim.
- Então fala o que você quer. 
- Me mostra você o que eu quero. - falou ousada e eu fiquei mais maluco do que já estava. 


Sem pensar ou calcular as consequências fiz aquela distância que nos separava ser nada e quando vi já lhe estava dando uma juntada e segurando sua nuca enquanto ela respirava pesado e me olhava ansiosa. Sem delongas colei nossos lábios que ela logo tratou de abrir para me dar espaço de agir e explorar cada canto de si. Minhas mãos percorriam aquele corpo semi-nu que exalava calor. Da sua boca gemidos e suspiros se faziam ouvir e num ato espontâneo ela subiu em meu colo, a encostei na parede e desci meus beijos pelo seu pescoço que estava pronto para mim. Quando cheguei em seu colo para atacar seu seio ela me fez parar.


- Luan vai embora, a gente não pode fazer isso. - me olhava com suplica e semicerrei os olhos sem entender.
- Como assim? Agora que você decidiu quebrar a barreira que nos separava você me manda parar? Puta que pariu Clara. - a desci e ela me olhou assustada.
- Desculpa, eu só não consigo fazer isso e muito menos lidar com essa situação. A gente é conhecido, eu vou ser sua funcionária por algum tempo e não rola a gente ficar se estranhando. 
- Só se você estranhar porque eu não vou.
- Claro, pra você deve ser normal. - falou magoada e virou a cara bufando.
- O que você quer dizer com isso? 
- Que você deve ficar com inúmeras mulheres e depois vê-las outras vezes e agir de forma natural, sem aquele pensamento de "já peguei". - cruzou os braços e ri baixinho.
- Cê é ciumenta demais né? - encostei nossas cabeças. 
- Sai daqui Luan, vamos esquecer que alguma coisa aconteceu entre a gente e que isto não passou de uma situação do calor do momento. 
- Calor do momento? Cê já tá fria né? Aliás, cê é sempre fria, orgulhosa, durona. Pra quê isso? Hein? Acha que essa relutância toda te vai fazer alguém melhor? Você sabe que isso só afasta as pessoas.
- Não fala do que não sabe.
- Então me conta.
- Vai embora Luan, ou eu não falo por mim. - suplicou firme e se afastou procurando alguma coisa no armário.
- Não precisa procurar, pode ficar com a minha blusa. Vou indo, depois minha assessora te liga pra marcar reunião acerca do clipe. - avisei e logo sai batendo a porta.



Estava alucinado com o que aconteceu há momentos e quando estava descendo as escadas o Hugo apareceu. Eu não queria ficar mais um minuto ali e tive de o despachar dizendo que a inspiração que me tinha surgido tinha sumido e que precisava descansar um pouco. Saí sem rumo e parei num barzinho bem chique e por isso, frequentado por pessoas da alta classe que não se dariam ao trabalho de falarem comigo. Bebi uns dois copos de wisky e quando deu 16h fui pegar a Bruna na faculdade. Eu precisava falar com ela. 


"Estou aqui fora te esperando." 

"Eba. Tô saindo já, mas a Rubia vai com a gente, há problema? :|"

"Claro que não :) vem logo Pi".


Legal, uma amiga da Bruna para eu me divertir e esquecer o que aconteceu durante a  tarde. Só espero que essa Rubia seja de babar, porque senão meus planos vão sair furados. Coloquei uma musiquinha legal e quando encarei o portão vi Bruna sair com uma morena, dona de umas curvas que dá vontade de passear vezes sem conta e com um sorriso de fazer meu amigo começar a se animar. Além do mais, aquele decote só favorecia o que de bom ela tinha. Tirei meus óculos para apreciar aquele corpo de violão e ri sozinho imaginando o que me esperava. 


-Oi Pi. - me deu um beijo no rosto e retribuí.
- Oi Bubu. 
- Deixa te apresentar. Rubia é o Luan, meu irmão, Lu é a Rubia, minha amiga. A gente vai fazer um trabalho lá em casa. - me explicou.
- Oi Rubia, muito prazer viu linda. - mordi meu lábio e ela sorriu de canto, mas logo senti um baque em minha perna e Bruna me olhava brava, me transmitindo pelo olhar que não estava gostando daquela insinuação toda. 
- Não me olha assim. - falei sem som - Mais logo a gente conversa dona Bruna Santana. - falei sério e ela levantou uma sobrancelha um pouco assustada. 



HEY ! Voltei e com um capítulo maravilhoso, confessem lá, kkkkkkk Parece que a nossa bonequinha não se lembrava das cenas que protagonizou na noite anterior e Luan a relembrou muito bem. Aliás, até bem demais com direito a bónus e tudo. E TEVE BEIJO KKKKK São uns dois safadinhos que não sabem o que querem mas que acham que sabem tudo kkkkk Luan pegou a Clara de jeito e ela pareceu gostar até cair na real e dar um chega pra lá. Mas isso não pareceu abalar muito o nosso Luan que foi logo cheio de gracinhas para cima de outra mulher. E essa conversa de irmãos? Será que dá certo? kkkkk Beijões !!! Espero ansiosamente os vossos comentários, comentem por favor, eu quero saber o que vocês estão achando e que interajam bastante comigo, tá amores? Fui <3 

terça-feira, 26 de maio de 2015

Capítulo 6

- De quê? - perguntei desentendido. 
- Cê sabe maninho, pára com essa manha, que foi hein? Não consegue conquistar a menina? - riu me zoando - Tá difícil Luan Santana. - riu mais ainda me deixando irritado e Hugo e Maria Clara a olharam sem entender. 
- Tá boa a comida Bruna? - Hugo perguntou e ela parou de rir. 
- Tá ótima, e a sobremesa vai estar ainda melhor. - falou convencida e neguei rindo. 


Durante o jantar quem mais falava era Bruna que puxava assunto com todos. Maria Clara não falava muito e uma vez que ela estava na minha frente decidi encará-la para a deixar sem graça. Enquanto ela comia o pudim de maracujá da Bruna eu a olhei sem desviar e quando ela percebeu abaixou o olhar envergonhada olhando novamente para mim para conferir se eu continuava e quando viu que sim levantou a sobrancelha parecendo irritadinha. Ah como eu adoro vê-la assim, ri com isso e levei outro chute por baixo da mesa a encarando com cara feia. 


- Clarinha eu te ajudo. - Bruna ofereceu para a ajudar a levantar a mesa mas me intrometi.
- Sai Pi, vocês fizeram o jantar eu e a Clara arrumamos. - pisquei o olho pra Bruna que entendeu o recado e sorri cínico para Maria Clara que revirou os olhos. Levámos tudo para a cozinha e aproveitei para conversar com ela - Porque mentiu para o seu irmão dizendo que aquele cara não era seu namorado?
- Porque ele não é meu namorado. - respondeu óbvia.
- Então quer dizer que você apenas ficou com ele na balada?
- O que você tem a ver com isso? Não faz o mesmo? - me olhou desafiadora.
- Faço, mas você não acha perigoso ficar com qualquer um?
- O Fê é meu amigo, a gente ficou como já ficámos em outras vezes, não te devo satisfações.
- Então você só fica com conhecidos né? - me aproximei dela que lavava a loiça e sussurrei ao seu ouvido bem sedutor - Fica comigo? - Clara parou o que fazia e me deu uma cotovelada na barriga. - Ogra. - resmunguei.
- Sai pra lá seu metido, acha que alguma vez em ficaria com você? - perguntou furiosa. - Nunca.
- Nunca diga nunca, você ainda vai implorar por um beijo meu emburradinha. - zoei e ela continuou lavando a loiça. - E quanto à minha proposta? - me encostei na mesa a observando por trás. Sem dúvidas que ela era uma mulher lindíssima e se não fosse tão difícil com certeza já tinha conhecido aquele corpinho.
- Deixa terminar aqui. - pediu reticente.
- É só dizer sim, pra quê adiar?
- Dá pra esperar? - perguntou impaciente e suspirei.
- Não acha que uma semana foi suficiente?
- Se continua assim vou ser obrigada a repensar na minha decisão. - limpou as mãos e me olhou stressada.
- Então quer dizer que você aceita né? - concluí empolgado e ela mordeu o lábio assentindo tímida. - Eba, obrigado Clarinha. - num impulso a abracei e ela pareceu surpresa mas depois foi me empurrando devagarinho. - Você não se vai arrepender, te prometo.
- Tá, não tem de agradecer. - ficou sem jeito e ri baixinho. - Quando começamos?
- Assim que souber te aviso, fica tranquila. - avisei e um silêncio se instalou entre a gente enquanto sustentávamos o olhar. Me aproximei bem de mansinho e ela nem se moveu.
- Ma cê tá pronta? - o tal do Felipe entrou ali a fazendo se afastar de mim.
- Aham, só vou pegar minha mala e já desço. - deu um beijo no rosto do cara e saiu, óbvio que ele como homem que é acompanhou com o olhar a sua bunda.
- Cuida bem dela. - apelei e ele me olhou assentindo.
- Eu tento, mas ela não quer nada de sério. - deu de ombros.
- Cê sabe o motivo? - indaguei curioso.
- A Ma não é muito de se apegar, e quando o faz é porque gosta mesmo.
- Então ela não gosta de você tanto assim né? - perguntei fingindo indiferença mas no fundo estava troçando do cara.
- Mulheres meu parça, vai saber ela até está interessada e não sabe como dizer né?
- Vai saber, mas não força a barra não. - sorri pequeno e saí da cozinha indo ter com minha irmã e Hugo que viam algo na Tv enquanto conversavam.


Logo Clara desceu deixando um rastro de perfume no ar. Tem coisa melhor do que perfume feminino? Eu me embriago totalmente. Felipe lhe deu a mão e ela um pouco reticente lhe deu.


- Não vem tarde Larica. - pediu Hugo.
- Só vamos num barzinho, logo mais estou de volta. - se despediu de todos e saiu.


Fiquei conversando com eles e no celular vigiando as negas. Me lembrei de avisar a Joana e o Dudu que já tinha a confirmação da bailarina e que logo mais marcaria reunião, avisando assim a Lelê também. Eles se mostraram bastante animados e eu mais ainda. Começou a passar um filme legal na TV e ficámos assistindo, na segunda parte meu celular tocou e saí para atender.


- Boi topa sair hoje? - era Rober.
- Testa estou na casa do Hugo com a Bruna, não dá não.
- Luan Santana recusando uma saída? Uma gatinha me ligou pedindo pra te levar que uma amiga dela quer te conhecer.
- Agora você falou bonito. - ri - Que horas cê marcou?
- Daqui a uma.
- Tá, passo na sua casa em meia hora.


Voltei pra sala e me deparei com uma cena inesperada. Bruna e Hugo se beijavam mas não era um simples beijo não, eles estavam se pegando forte. Quero nem imaginar a minha cara nesse momento mas com certeza é um misto de estranheza, admiração, inesperado e ao mesmo tempo senti um pouco de ciúme, mas eu sabia que mais tarde ou mais cedo rolaria. Além do mais, confio em Hugo e fico descansado sabendo que Bruna e ele estão se dando bem. Saí de fininho de casa dele e ao chegar no portão um carro parou de onde saiu a Maria Clara. Se ela entrasse iria interromper a cena dos nossos irmãos, por isso esperei ela sair e quando ela passou no portão a puxei para o meu carro.


- Hey, o você pensa que tá fazendo? - gritou relutando.
- Te poupando de umas cenas que você não quererá ver, acredita em mim. - fechei a porta dela e dei a volta entrando.
- Que cenas? - senti curiosidade em sua voz e dei marcha no carro.
- Nossos irmãos se pegando no sofá da sala. - ri me lembrando.
- O quê? - gritou admirada.
- Dá pra moderar no grito mocinha. - apelei e ela revirou os olhos, que mania. - Não acredito que eles ... ai ai ai. Não gostei. - cruzou os braços e a olhei confuso.
- Qual o mal, só você pode fazer poucas vergonhas?
- Cala a boca.
- Educação mandou lembrança.
- Dá pra me contar onde está me levando?
- Eu vou buscar o Rober pra gente ir numa baladinha aí, e você vai junto se não volta pra casa a pé. - brinquei.
- Seu pónei. - xingou - Pra isso me deixava com o Felipe.
- Tem medo de ficar comigo é?
- Com você? Eu sei que você vai ficar com alguma piriguete por lá, por isso vou ficar sozinha. Mas quer saber prefiro assim mesmo, antes só do que mal acompanhada.
-  Uuuuuh, que anti social. - zoei e ela se calou - Cê morre de ciúme do Hugo né? - puxei assunto e ela me olhou.
- Você não tem da Bruna?
- Um pouco, mas tenho mais preocupação.
- Eu confio na sua irmã, gosto muito dela mas sei lá. O Hugo gosta dela e eu vejo isso, faz tempo, mas ele não costuma ter muita sorte no amor. - desabafou.
- Eu sei, dá pra perceber pelas composições dele, mas a minha irmã não é qualquer uma. Pode confiar que ela sabe o que faz. - coloquei minha mão na sua coxa descoberta e fiz um carinho, sentindo em seguida um tapa na minha mão.
- Eu não te dei confiança pra isso seu abusado. - resmungou e virou o rosto para a janela.
- Se você vai encenar comigo no clipe é bom que comecemos a criar alguma empatia não? - sugeri óbvio.
- Não. Eu apenas vou ser profissional, o resto continua igual.


Busquei Rober e lhe expliquei por cima porque a Clara estava junto. Chegámos na balada na hora marcada e as muiés que marcaram com Rober nos esperavam. E que pedaços elas eram. Clara me olhou com certo nojo e saiu na frente entrando sozinha na balada enquanto fui conhecer a tal amiga que Rober tinha pra me apresentar. Entrámos na balada e em menos de alguns minutos já a tinha nas minhas mãos explorando cada pedaço da sua boca e do seu corpo. Não vi mais Clara e só espero que ela não vá embora sem avisar. Depois de um tempo por ali me cansei de ficar com a moça, não que seja má, mas não estava muito a fim de prolongar a noite. Saí pro banheiro e quando voltei vi Maria Clara cambaleando tentando entrar no banheiro feminino. Quer dizer, parecia ela, mas pensei que não bebesse tanto ao ponto de ficar bêbada. Lhe segurei pela cintura e fui surpreendido quando se virou e beijou meu rosto delicadamente dando um cheiro em meu pescoço.


- Já esteve com uma vagabunda né? - falou irritada e se não soubesse que era a bebida diria que ela estava com ciúme.
- Vamos pra casa Clara.
- Eu não vou com você seu cafajeste. Me deixa ir no banheiro. - se soltou rispida.


Esperei por ela do lado de fora e Rober apareceu dizendo estar indo com a ficante dele embora. A muié com quem tinha ficado apareceu ali e me deu mole se insinuando, não fosse a preocupação com Clara eu teria ido com ela embora.


- Sai da beira dele sua piriga. - ouvi uma voz atrás da moça e quando vi, Clara nos fuzilava enfurecida de braços cruzados.
- Quem você pensa que é pra me tratar desse jeito?
- Com certeza sou muito mais do que você, agora dá licença. - empurrou a moça e me puxou pra fora da balada me deixando confuso e sem reação perante aquela situação.


A coloquei no carro visto que ela mal se segurava e dei partida. Já eram 4h30 da madrugada e com certeza Bruna estaria dormindo lá, ou então Hugo a levou em casa. Pelo caminho ela adormeceu, procurei em sua mala a chave de casa e entrei com ela no colo a levando ao seu quarto. Estava tudo arrumado e não vi o seu pijama em lado nenhum. Tirei a sua roupa e me segurei para não pensar em coisas impuras. Tirei a t-shirt que tinha por baixo da blusa de frio e a vesti nela a deitando e aconchegando em seguida. Velei o seu sono por algum tempo, aliás não estava na minha hora de dormir, visto que a minha rotina era bem contrária ao normal. Quando vi que ela não acordaria fui pra casa. Na tarde desse dia quando acordei não vi Bruna, com certeza estava na faculdade. Teria de conversar com ela mais tarde. Decidi passar de surpresa na casa de Hugo e quem me atendeu foi a mãe dele.


- Oi Luan, entra.
- Oi D. Giovanna, licença.
- Veio falar com o Hugo? Ele saiu há pouco.
- Foi mal. - ri sem jeito - Depois converso com ele então.
- Não quer esperar? Ele só foi levar uns documentos ao pai no escritório e já volta. - sugeriu e já que queria ver Maria Clara porque não?
- Será que posso esperar no estúdio?
- Com certeza, a casa é sua.


Subi rápido e com um nervoso miudinho instalado em meu corpo. Cheguei ao andar de cima e fiquei petrificado vendo a Clara sair do quarto com a mão na cabeça fazendo a minha t-shirt subir um pouco e mostrar demais as suas pernas. Assim que me viu ela petrificou do mesmo jeito que eu, será que ela se lembrava da noite anterior?



Boa noite amorecos! Ela aceitou uhuh Luan tirou satisfações e acabou fingindo ser bom moço para Felipe kkkkkk e essa Bruna? Safadinha que nem o irmão :| kkkkk Luan levou Maria Clara para a balada mas parece que ela não se deu muito bem, tendo de ser cuidada por ele kkkk Será que ela se lembra? Acham que vai esculachar o Luan? E quando reparar que a blusa que veste é dele? kkkk Comentem amoreeeeeees pelo amor de Deus kkkk Beijocas <3

Capítulo 5

Procurei Rober com o olhar e o vi com a Beatriz que era todo sorrisos para cima dele. Nem todo o mundo se tinha dado mal como eu, pensei. Não poderia chegar e dar uma de ogro perto de Maria Clara, afinal a gente não tinha nada. 


- Pi. - chamei Bruna que passava perto de mim - Quem é aquele? - acenei para o rapaz que estava com ela.
- É o Felipe, acho que é amigo da Clara, porquê Lu? Está com ciúme? - segurou o riso e semicerrei os olhos.
- Não, mas se acontecer alguma coisa vou me sentir culpado. Afinal, ela é irmã de um amigo meu né?
- Desculpas. - riu me deixando irritado. 
- Dá pra parar de graça Piroca. Que chata. - resmunguei e saí para o bar não deixando de olhar Maria Clara que agora abraçava o moleque pelo pescoço enquanto ele falava baixinho em seu ouvido a fazendo rir. 


Muitas mulheres me olhavam com desejo e embora estivesse com vontade de ter uma noite bem acompanhado minha consciência não me deixava em paz insistindo para que mantivesse o olhar sobre Clara. Num relance vi o garoto se aproximar demais e sem que pudesse evitar se beijaram. Ela não relutou e parecia gostar do que estava acontecendo. Me levantei e fiquei estático vendo aquela cena. Mas porque me estava importando tanto? Eu vou é tratar de fazer o mesmo. Saí feito um caçador na caça e a primeira mulher que me deu mole foi levada para a pista de dança por mim onde a beijei uma vez e outra., sorte da imprensa não estar no local e as pessoas estarem distraídas, senão seria manchete no dia seguinte.


- Nossa gatinho, cê tá com o fogo todo. - falou em meu ouvido e a peguei de jeito passeando minhas mãos pelo seu corpo enquanto ela nos movia lentamente ao som da música.
- Cê gosta é? - ela assentiu e me beijou de novo.


Estava nesse bem bom por um tempo e até me tinha esquecido de Maria Clara. Até que sem querer embati nela e no cara que estava junto.


- Desculpa. - disse cínico sorrindo para ela que me olhava séria.
- Que é isso. - o tal de Felipe disse e beijou o rosto dela que continuava me olhando com má cara desviando o seu olhar para a moça que estava comigo e negando com a cabeça.
- Se precisar de carona pra casa pode contar comigo Clarinha. - falei próximo a ela.
- Não será preciso, o Fê me leva. - sorriu para ele feito boba me ignorando.


Entendi o recado e levei a morena que estava comigo para um local da Wood's onde sabia que ninguém entraria. Sem dó nem piedade, ambos nos enroscamos e consegui esquecer tudo que passava em minha mente momentos antes. Voltei para a pista e me despedi da garota que saiu rebolando. Maria Clara continuava com o Felipe e me olhou de canto sem esboçar alguma reação.
Uma semana se passou e chegou o dia de voltar à agência. Mas não iria para escolher a bailarina, afinal já a tinha escolhido e sabia que ela aceitaria, a bem ou a mal. Assim que cheguei me dirigi à sala de Paulo fazendo o Roberto me chamar insistentemente. Abri a porta e me deparei com uma cena horrível. Ele estava próximo de uma menina que chorava baixinho e isso me fez imaginar a cena com a Clarinha. Sem me importar com as consequências fui até ele e soquei a sua cara assustando a todos.


- Cê tá maluco Luan? - Paulo se exaltou partindo pra cima de mim mas fui mais rápido e o soquei de novo. Well se colocou entre a gente me impedindo de lhe bater ainda mais.
- Maluco está você em querer abusar das meninas que vêm aqui à procura do sonho delas. Você não tem dignidade nenhuma, não merece respeito de ninguém.
- Vou te processar de difamação, quem você pensa que é para me acusar sem provas assim?
- Sem provas? Eu sei cara, não preciso de provas. Aliás, esta menina. - apontei pra ela que estava mais assustada que nunca - Estava chorando por alguma razão e não me venha dizer que é stress. - esbracejei tentando lhe socar outra vez mas Well me segurou. Ele engoliu em seco.
-  Você está doente Luan. Não tem o direito de se intrometer assim e me acusar sem ter como comprovar, eu poderia te processar mas devido à consideração que ainda tenho por você vou esquecer essa situação.
- Esquecer o caralho. - gritei fazendo Arleyde me segurar pelo braço tentando me acalmar.
- Pára com isso Luan, vamos embora.
- Me larga Lelê, esse cara merece estar atrás das grades. Quantas meninas não foram humilhadas para terem acesso à agência?
- Luan vamos embora, depois a gente vê o que faz. - Dudu e Fábio me tiraram da sala.
- Eu volto, me aguarde. - falei entredentes.
- Luan. - Roberto me trouxe um copo de água - Me desculpa este mal entendido.
- Você sai fora enquanto é tempo Roberto, esse cara não presta. - o avisei e sai rapidamente daquele local.


Avisei a todos que tinha uma pessoa em mente e por obra do destino Hugo me ligou a caminho de casa.


- Dá pra passar aqui agora irmão?
- Claro que sim, cê tem alguma coisa pra me mostrar?
- Tenho sim. Vem rápidão por favor.


Em 10 minutos estava em casa dele e não vou negar que não olhei cada canto por onde passava na esperança de a ver por ali.


- Terminei aquela música que a gente tanto deu voltas. - me mostrou o papel e fui cantando baixinho para ver como ficava.
- Cara, ficou perfeita. E a ideia do estalinho encaixou perfeitamente. Posso ser pretensioso mas será sucesso na certa.
- Então escreve aí que a música "Escreve aí" vai dominar o top por muito tempo. - celebramos aquela composição.


Saí pra ir no banheiro e a porta do quarto da Clara estava entreaberta. Me aproximei e a vi na frente do espelho experimentando um vestido enquanto cantarolava alguma música baixinho. Quando percebi, me surpreendi ao notar que era "Sinais", minha música. A vi abrir o zíper e descer o vestido até aos pés, me dando visão total do seu corpo apenas de roupa íntima. Seria abuso demais se me mantivesse olhando, decidi ir no banheiro e quando saí esbarrei em alguém, mas já sabia quem era.


- Sempre nos esbarrando. - ri e ela depois de me olhar admirada também riu.
- Te aconselho a comprar uns óculos Luan Santana. - falou fingindo indignação.
- Você também Maria Clara. - entrei no seu jogo e ela negou saindo.
- Já pensou? - perguntei um pouco alto e ela parou no meio do corredor.
- Já. - respondeu baixo e me aproximei sentindo seu cheiro.
- Qual é a sua resposta?
- Luan. - Hugo me chamou e me virei rapidamente vendo Clara sair sem me dizer o que eu queria. - Cê já vai embora?
- Acho que sim.
- Vem jantar esta noite cá em casa, traz a Bruna. Eu e a Larica estamos sozinhos e seria bom passarmos um tempo entre amigos. - sugeriu e aceitei prontamente.
- A gente vem. - me despedi dele e saí não vendo mais Clarinha, provavelmente estaria ensaiando.


Bruna ficou toda empolgada com o jantar e afastei a ideia de que seria por causa do Hugo, não haveria mal se eles namorassem mas não sei se estava preparado para ver minha irmã e meu amigo juntos. Até sobremesa ela fez, dizendo que não ia chegar em casa dele com as mãos abanando. Hugo veio nos receber e foi com Bruna pra cozinha terminar o jantar. Aproveitei para ir ao quarto de Clara, mas ao chegar lá me deparei com uma cena idêntica à de mais cedo. Ela tinha algum problema em deixar a porta entreaberta enquanto se vestia? Desta vez, ela segurava duas blusas na sua frente vendo a que melhor combinava com a saia que usava.


- A branca fica melhor. - sugeri e ela tampou rapidamente os seios se virando pra mim assustada.
- Tá doido? O que você está fazendo aqui? - abri um pouco mais a porta.
- Você deixou a porta aberta, não tive intenção. - dei de ombros - Mas tanta produção assim por causa de mim é? - mordi o lábio correndo o meu olhar pelo seu corpo.
- Seu ego é enorme garoto, cuidado pra não tombar feio. - respondeu rispida.
- Vim saber qual é a sua resposta. - cruzei os braços e entrei no quarto dela me aproximando demais. A sua respiração pesou e fui mais longe acariciando o seu rosto.
- Eu...eu te dou no fim do jantar. - falou calma desviando insistentemente o olhar  do meu.
- Combinado. - depositei um beijo em sua bochecha e ela me empurrou esperando eu sair. - Ah. - parei e me virei novamente. - Dei ao Paulo aquilo que ele merecia. - sorri e ela me olhou estranho.
- O que você fez?
- Soquei a cara dele. - ri me lembrando e saí a deixando especada me olhando.


A mesa estava colocada e abri um vinho que tinha levado servindo Bruna e Hugo. Um tempo depois Clara desceu estonteante e toda linda me fazendo babar.




- Você vai sair depois Larica? 
- Vou, o Fê vem me buscar. - sorriu de canto para o irmão e logo me olhou. Fechei a cara e joguei verde tentando arrancar alguma informação. 
- Porque não chamou seu namorado pra jantar com a gente?
- Namorado? - indagou Hugo. - Desde quando? 
- Ué, eles estavam juntos na balada na semana passada. - levei um chute dela por baixo da mesa e segurei o riso perante a sua cara de pavor. 
- A gente é só amigo mano, não esquenta com isso.
- Não tem problema, mas se você estiver namorando quero ficar sabendo. - ela assentiu e eu festejei por dentro por saber que aquele babaca não era nada dela. 
- Aliviado? - Bruna me perguntou ao ouvido e virei meu rosto a fuzilando com o olhar. 



Eitaaaa, capítulo tenso, cheio de babados! Luan não enlouqueceu de ciúmes e não armou uma cena feia kkkkk antes pelo contrário, foi atrás de fazer o mesmo que a Clara ahah Mas por outro lado, vingou a menina batendo no Paulo kkkkk doidinho! E essas espreitadelas à Maria Clara enquanto ela se troca? Que ousadia ! Parece que alguém anda incomodado com o fato dela estar saindo com o Felipe kkkkk Quero saber o que vocês acham que vai acontecer! Comentem amores, comentem muito, porque eu amo os vossos comentários. Beijinhos enormes <3

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Capítulo 4

Cheguei em casa pensativo demais. Ela tinha de aceitar a minha proposta, eu queria ter ela no meu clipe, era quem eu tanto procurava. Poderia jogar baixo e falar com o Hugo para a tentar convencer, mas aí seria fácil demais, e ela poderia aceitar por ele. Eu não queria isso, eu queria que ela aceitasse por si e pelo seu sonho. Confesso que odeio quando me dizem que vão desistir dos seus sonhos, é uma coisa tão nossa, que temos de ser nós a lutar por eles. Eu só ia dar uma mãozinha. Já que peguei no número dela porque não começar a agir? 


"Olá irritadinha, pensou no que te falei? Beijo do seu melhor amigo kkkkk"


Mandei mensagem e enquanto esperava ela responder fui tomar um banho para ir na balada mais tarde com Rober e Bruna. 




Assim que me arrumei meu celular tocou. Era uma mensagem dela que não perdia o seu jeito marrento. 



"Seu abusado --' Eu estou pensando ainda. Me dá tempo. E...obrigado por não me deixar desistir."


Nossa, nem beijo me mandou. Ri com isso, ela seria sempre assim com todo o mundo? Ou por trás deste escudo estava uma menina meiga e cheia de amor pra dar? Confesso que fiquei curioso pra saber disso. Mas além disso, ela me agradeceu. Isso já era um grande passo para ela aceitar. Decidi brincar mais um pouco com ela. 


"Mas você sabe agradecer? Estamos evoluindo kkkkk O que você tem mais pra me mostrar, hein?"

"Vai te catar seu retardado." - Meiga como coice de mula, ri em pensamento. 


Fui com Bruna no meu carro mesmo e encontramos com Rober e algumas amigas de minha irmã na entrada da Wood's. Naquela noite Breno e Caio César estariam cantando ao vivo e como meus parceiros que são, aceitei prontamente o convite de cantar algumas modas com eles. Estava esperando Rober buscar as pulseiras para o camarote vip quando vi de relance duas moças, uma loira e uma morena. De costas pareciam bem gostosas e com um corpo de dar calor. Não tirei o olho e já começava a imaginar a minha noite. 


- Boi cê tá dormindo? - me despertou dos meus devaneios. 
- Quê cara? 
- Cê tá aí todo sérião, olhando não sei o quê. - disse confuso e peguei na minha pulseira.
- Olha aí aquelas duas belezuras. - apontei com a cabeça e Rober seguiu meu olhar ficando embasbacado. 
- Puta que pariu, que aviões são aqueles Luanzera? 
- Isso não sei, mas eu quero voar naqueles aviões esta noite. 
- Com as duas? Que é isso cara, cê não pode dividir uma comigo não? 
- Depende. - ri - Deixa elas virarem o rosto aí eu escolho. - lhe dei um tapa no ombro e entrei as vendo subir as escadas que davam acesso ao camarote onde a gente iria também. 


Elas se dirigiram ao bar e quando as ia seguir fui puxado por Nádia, que me levou para a pista de dança. 


- Oi Lu. - me deu um beijo no rosto e suspirei mantendo a paciência. 
- Oi. Não sabia que cê vinha.
- Com você aqui acha que eu ficaria em casa? - me sussurrou e beijou meu pescoço. Antes que ela avançasse parei.
- É...Nádia, eu não sei o que você está pretendendo para esta noite mas eu já tenho planos aí. - tentei não ser muito bruto e ela me olhou. 
- E esses planos não podem ser comigo? - mordeu o lábio e virei meu rosto vendo as duas moças dançarem perto da grade.
- Não mesmo. - me soltei dela e fui até Rober que conversava com os pais dos meninos. 


Entraria só na segunda parte parte do show e enquanto isso fui no bar pegar uma bebida. Aproveitei para comprar mais duas. As muiés continuavam no mesmo lugar. 


- Boa noite moças, posso oferecer uma bebida pra vocês? - perguntei chegando no meio das duas. Assim que me olharam fiquei especado olhando a loira que semicerrou os olhos me olhando. - Eita vida. 
- Boa noite, é claro que pode. - falou a morena que foi logo pegando no copo me dando um sorriso de canto. 
- Pega a sua. - falei calmo para Maria Clara que suspirou fundo e pegou. Com certeza a amiga dela não sabia que a gente se conhecia já, pois não me tratou mal. 
- O que você está fazendo aqui? - me perguntou ao ouvido e vi Rober olhar pra gente, aproveitei e lhe dei um sinal de que era a loira que queria esta noite. Quer dizer, não querer daquele jeito, porque por ela eu estava bem distante e agora mais do que nunca não podia estragar o meu plano de a fazer entrar no clipe. 
- Ué, vim ver meus amigos e cantar com eles e você hein? O seu namorado deixa você sair assim? - a olhei de cima abaixo apreciando aquele pedaço de paraíso. 




- Não é da sua conta. - voltámos aos velhos tempos. 
- O que não é da minha conta? Se você tem namorado ou se ele deixa você sair maravilhosa desse jeito? - a elogiei e ela revirou os olhos.
- Os dois. - deu de ombros bebendo. 
- Me apresenta a sua amiga. - propus para fazer joguinho com ela e antes de chamar a menina me olhou fuzilante. 
- Beatriz deixa te apresentar, é o Luan, você já conhece né. - falou com desdém - É a Beatriz, minha melhor amiga. 
- Oi Bia, posso te chamar assim né? - falei sedutor e ela mordeu o lábio assentindo. Eu tinha plena consciência dos efeitos que provocava nas mulheres e isso era uma mais valia a meu favor. 
- Cla-claro que pode.
- Você é de cá linda? - a elogiei e percebi a Clara me olhando. 
- Sou sim.
- Também é bailarina? - a olhei de cima abaixo - Desculpa a pergunta, mas é que bonitona desse jeito... - Clara bufou e fingindo que foi sem querer pisou meu pé com o seu salto. - Ai. - grunhi e ela sorriu de canto me deixando maluco em como ela conseguia ser ainda mais metida do que pensava. 
- Não, eu estudo medicina dentária. 
- Claro, como não me toquei logo, com esse sorriso lindo, só podia. - joguei todo o meu charme e ela agradeceu. 


Rober chegou ali um tempo depois e os apresentei direcionando toda a minha atenção agora para a loira que se manteve calada desde que comecei falando com a sua amiga. 


- Vamos dançar? - sugeri e ela me olhou estranho.
- Você dança? 
- Dou um jeito, mas se quiser me ensinar.
- Só que não. - riu 
- Que bom que não quer, assim guarda todo esse talento para o meu trabalho. 
- Ainda não te dei nenhuma resposta.
- Eu espero, mas não demora porque já estou cheio de ideia para colocar em prática. - falei com duplo sentido e ela abaixou o olhar envergonhada e, eu pensando que ela iria me xingar. 
- Eu vou dar uma volta por aí. - disse se virando e a segurei pelo braço.
- Eu vou junto. - me ofereci e antes que ela contestasse a puxei dali para perto de Bruna que com certeza gostaria de a ver. 


A deixei com minha irmã e fui até ao palco ter com os meninos que me chamaram. Cantei umas quatro músicas com eles e quando subi de novo me deparei com uma cena nada agradável. Maria Clara bebia e dançava toda soltinha com um cara. Não tinha motivo para ficar daquele jeito, mas eu senti raiva e inveja dele por estar com ela assim. 



Voltei meus amorzinhos *.* Este fim de semana foi cansativo mas valeu super a pena! Ainda ando enrolado com um trabalho aí mas em tentarei postar todos os dias desta semana :) Quanto ao capítulo, Luan mandou mensagem mas ela respondeu do jeito dela kkkk Luan parece não se ter importado muito com isso e ficou ainda mais curioso kkkk E coincidência das coincidências se encontraram na balada, mas Luan não gostou nada de a ver com outro. O que será que vai rolar? Cometem por favooooooor e divulguem entre os vossos amigos *-* Beijos enormes <3
LOGO TEM MAIS UM !

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Capítulo 3

Ela não deu conta da minha presença mas assim que fechei a porta e sem querer ela bateu, Maria Clara estremeceu e limpou rapidamente o rosto me olhando em  seguida. A sua reação ao me ver foi de quem tomou um susto, provavelmente não esperando que fosse eu. 


- O que você está fazendo aqui? - grunhiu com mágoa na voz , me fuzilando com o olhar.
- Eu vim saber como você está, fiquei preocupado com você de manhã. - tentei me aproximar mas ela se levantou e se afastou. 
- Não se preocupa, não preciso da sua preocupação. 
- Então porque estava chorando?
- Não é da sua conta, cuida da sua vida. - esbracejou e se virou de costas olhando para cima tentando provavelmente segurar as lágrimas.
- Ás vezes é bom desabafar. 
- Se eu quiser falar com alguém pode ter certeza que você será a última pessoa que eu vou procurar. 
- Sério, eu juro que não entendo esse seu jeito de me tratar assim. 
- Cê quer entender? - se virou ferozmente e dei um passo atrás assustado com a sua reação. - Eu vou te falar. Você já tem tudo que quer, é reconhecido por aquilo que ama fazer, é valorizado pelos profissionais da música, toda a gente te respeita e sabe o valor que você tem. Você não precisa de batalhar mais. E pensa que isso te dá o direito de ser assim...
- Assim como? - a interrompi não percebendo onde ela queria chegar. 
- Metido desse jeito, que acha que pode ter tudo que quer, se enxerga garoto, o mundo não gira à sua volta.
- Realmente não estou te entendendo.
- Você é um mimado. - me xingou e lágrimas de raiva desceram pelo seu rosto - Conseguiu as coisas porque teve sempre sorte.
- Quem disse? Eu me esforcei bastante para estar onde estou. - me defendi e ela me olhou incrédula - Não olha pra mim assim. Se hoje eu sou quem sou e quem sempre quis ser se deve à minha fé e à minha luta diária, não a sorte, porque nunca ninguém me ajudou o bastante para isso, antes pelo contrário, teve mais gente me fudendo do que me ajudando e me valorizando. Mas quer saber, isso não é da sua conta. - vi seu olhar descer para o chão e lágrimas caindo sem cessar. 
- Eu só queria... - fez uma pausa se virando de novo de costas pra mim - Não interessa o que eu queria, pois acho que não quero mais. - falou com frustração na voz e me intrigou ainda mais - Sai daqui Luan Santana. 
- Apenas me conta porque você reagiu daquela forma hoje de manhã, o Paulo me disse que você ficou stressada e saiu correndo. - ela deu uma risada irónica, o que me provou que algo de estranho aconteceu.
 - Stress né? A sua sorte é ser homem e, ao longo da luta pelo seu sonho que você tanto falou, não precisou se humilhar, já eu, mulher, toda a gente acha que pode abusar e me espezinhar. 
- O que você quer dizer com isso? - ela bufou e já sabia o que ela diria - Já sei, não é da minha conta. 
- Sai. - grunhiu firme.
- Seu irmão me disse que você é perfeita dançando. Posso te ver? - pedi num último momento de a fazer me contar o que rolou.
- Você tem muita cara de pau. - Se virou sarcástica - Se eu dançava, deixei de o fazer a partir do momento em que... - ela ia falar demais e quando se deu conta parou.
- Continua. - falei meigo me aproximando um pouco mais dela. Mas ela se derramou num choro incessante tampando a cara com as mãos. - Hey, não fica assim. - toquei seu ombro e ela se afastou.
- Acabaram com meu sonho quando me disseram que eu só conseguiria ser alguém na vida se aceitasse oferecer meu corpo. - falou com nojo na voz e semicerrei os olhos preocupado com aquela situação.
- Quem quis abusar de você? - me aproximei ficando na sua frente e desta vez ela não se afastou - Foi o Paulo?
- Isso interessa? Eu não o fiz e nunca o faria. 
- Não acredito nisso. - me enervei. - Eu vou dar cabo daquele canalha. 
- Pra quê isso, você não é meu pai, nem meu irmão. Nem meu pai se preocupa tanto assim, aliás, ele que tinha razão, quando sempre me disse que eu seguindo a dança não seria nada. 
- Não fala assim, você não pode abandonar um sonho desse jeito. Eu vou arrumar uma forma de acabar com o Paulo, cê vai ver. Porque não deve ser a primeira vez que ele faz isso mas nem todas tem a coragem que você teve de sair de lá. Agora, por favor, dança pra mim um pouco? - implorei e ela me olhava com aqueles olhinhos castanhos pequenos e tão meigos mas tão cheios de vida e personalidade. 


A vi pensar e se dirigir minutos depois ao aparelho de som escolhendo uma música. Apagou algumas luzes deixando apenas uma no meio acesa enquanto todo o resto da sala estava escura. Me afastei e ela se posicionou no centro debaixo da luz começando a dançar docemente com passos certeiros e elegantes. Cheguei a quase me emocionar de verdade com tamanha beleza. Era de uma graciosidade única e sem duvidas que quem a descobrisse e a lançasse para a ribalta poderia se gabar de ter encontrado a jóia mais rara da dança clássica. Dança clássica? Porque não me toquei antes? Era ela, tinha de ser ela. E tinha de ser eu a ajudá-la. Não precisava de mais catálogos, eu tinha encontrado a pessoa ideal para o meu clipe, mesmo ela me respondendo sempre com patadas eu tinha criado uma empatia com ela, não sei porquê, mas tinha. E estava mais que disposto a ser o anjo que ela procurava para a fazer acreditar no seu sonho. Ela parou de dançar e me olhou um pouco envergonhada. Cada dia essa mulher me mostrava uma faceta diferente, ora irritadinha, ora arrogante, ora tímida, meiga e calma. Um misto que a tornava igual o mar, calmo e sereno e ao mesmo tempestuoso e agitado. Bati palmas e ela desligou o som acendendo novamente as luzes. 


- Eu estou sem palavras para você. - confessei.
- Não preciso dos seus elogios. - lá estava ela de novo. 
- Claro que não, você sabe bem aquilo que vale e sabe também que pode chegar onde quiser. Mas eu gostava de te fazer uma proposta.
- Não quero saber o que você tem pra me propor. Não quero nada de você aliás. Você é apenas amigo do meu irmão e nada mais. Agora me deixa sozinha por favor. - me pedia séria.
- Aceita ser a personagem principal do meu novo clipe? Preciso de uma bailarina. - fiz a proposta do mesmo jeito.


Clara se calou e me olhava tentando me decifrar. E eu não desviava o meu olhar do dela, queria estar atento a todas as suas reações. 


- Não, eu não quero. Não preciso da sua pena. 
- Pena? 
- Sim pena, eu te contei tudo isso para que você me deixasse em paz, não para que quisesse se armar em madre Teresa e me oferecesse ajuda. 
- Quem disse que tive pena e que foi por isso que te propus?
- Não precisa dizer, eu vejo em seus olhos. - cruzou os braços arrogante e bufei não acreditando nisso. 
- Você me conhece muito mal. Já viu o quanto me julgou desde que aqui cheguei? Acha que eu sou mesmo isso que você diz que sou? Te aconselho a me conhecer melhor. - falei irritado
- Dispenso te conhecer, agora me dá licença.
- Me promete que vai ao menos pensar na minha proposta?


Ela me olhou calada e quando ia falar algum coisa a porta se abriu mostrando Hugo, que sorriu para a irmã assim que a viu.


- Cara pensei que você se tinha perdido. - riu. 
- Quase, mas me encontrei. - fuzilei Maria Clara que arrumava uns cd's na mesa da aparelhagem. 
- Larica. - a chamou pelo apelido, provavelmente. - Cê já deu seu contato ao Luan para a Bruna? - fiquei tenso com isso, pois não tinha nem tocado nesse assunto que na verdade foi uma desculpa esfarrapada. Ao perceber do caso ela assentiu.
- Me dá então o papel que você disse que ia escrever por favor. - pedi trincando o lábio, o que eu queria mesmo era o contato dela de qualquer maneira.


O seu olhar quase me matou e reticente fez o que pedi me dando em seguida. Toquei em seu dedo e a vi arrepiar se afastando.


- Vamos pro estúdio Luanzera, acho que terminei uma música que você vai amar. 
- Quero só ver isso. - saimos e antes de fechar a porta lhe dei um pequeno sorriso deixando um "Pensa no que te falei" mudo no ar. 




E aí gente, a Clarinha não recebeu muito bem o Luan e acabou por revelar o que aconteceu mais cedo. E essa proposta do Guri, será que ela vai aceitar? Minhas leitoras adivinharam hein? kkkkkk Safadinhas! E o fato do Luan ficar com o celular dela? Acham que ele vai ligar pra ela? kkkkkk Comentem amores! Este fim de semana não terá capítulo. Mas se houver eu aviso vocês *-* Beijos enormes !!!