segunda-feira, 1 de junho de 2015

Capítulo 12

Por ir lá várias vezes foi fácil reservar mesa e pedir o máximo de privacidade. Não seria bom que nos vissem juntos. Chegaria aos ouvidos da imprensa que não poupariam palavras dissimuladas para encaixarem mais uma suposta namorada em meu currículo. Entrar com Clara ali sob o olhar de alguns homens me fez apertar firme a sua cintura enquanto a guiava para a mesa perto da janela aos fundos. Puxei a sua cadeira e ela sorriu em agradecimento. O garçon nos trouxe os cardápios mas já tinha o meu prato pensado, me surpreendendo quando Maria Clara disse querer o mesmo que eu, dispensando o cardápio.

 
- Está preparada para ir pra Vegas? - perguntei animado, vendo a sua face se contrair um pouco.
- Se tem de ser né? - deu de ombros e semicerrei o olhar a encarando.
- Percebi que não ficou muito confortável com isso, algum problema?
- Não, apenas não esperava.
- Tem medo de conviver comigo durante cinco 5 dias é? - brinquei e ela revirou os olhos.
- Acho que realmente essa é a pior parte. - segurou o riso e a olhei indignado.
- Magoou Clarinha. - ela riu me contagiando.
 
 
O garçon trouxe os nossos pratos e servi Clara com o vinho. Notei que ela estava mais à vontade comigo, mas o seu olhar rodeava toda aquela área como se estivesse atenta a tudo aquilo.
 
 
- Está procurando alguém?
- Ah… não. - comeu um pouco - Apenas não sei como as suas fãs ainda não apareceram.  -riu tímida.
- Acredite que com tantos anos neste mundo já sei dar as voltas para ter o meu momento de privacidade absoluta, embora sinta falta das minhas negas. Mas eu preciso dos meus momentos e elas respeitam. - sorri terno e ela respirou aliviada. - Mas se alguma aparecesse você ficaria assustada?
- Acho que não, mas nunca experienciei isso pra saber né? - deu de ombros e realmente ela tinha razão. - Elas.. - fez uma pausa e a incentivei a continuar - Não ficam fulas com você por causa da sua fama de pegador e galinha? - bebeu um pouco me olhando.
- A maioria das minhas pegações elas não sabem, porque se soubessem as meninas com quem já fiquei seriam altamente xingadas. - ri sabendo da proteção das minhas fãs.
- E com razão. - falou instintivamente e a olhei querendo rir.
- Também acha que não deveria pegar? Poxa, sou novo ainda, tenho muito pra viver, tenho de aproveitar mesmo ué.
- E as meninas que você namorou não ficavam chateadas com essa sua vida de solteiro? Elas aceitavam de boa te namorar?
- Você me namoraria? - perguntei antes de responder à sua pergunta e a vi negar timidamente me fazendo arregalar os olhos - Porquê?
- Não seria capaz de namorar alguém que não consegue passar um dia sem pegar alguém, acho que você não saberia se controlar quando estivesse viajando. Na verdade, não iria confiar plenamente.  - falou um pouco seca e fria.
- Você acha que eu seria capaz de trair? - bebi um gole de vinho a penetrando com o olhar.
- Eu não disse isso, mas acho que seria complicado você se manter fiel depois de pegar tanta mulher e viver rodeado delas.
- E se eu te disser que sou o cara mais fiel que você pode conhecer? Acredita? - ela deu de ombros e continuei - Eu odeio mentira Clara, e para mim a verdade e confiança estão na base de uma relação, não tem como ter a vida que eu levo se não houver esses dois quesitos, não seria capaz de namorar alguém pensando em enganá-la. - vi seu olhar se abrir enquanto me escutava e engoliu em seco desviando seu olhar para o prato.
- Que bom para as suas namoradas que você é assim, nem todos pensam o mesmo. - sorriu pequeno.
- Nem todos sabem dar valor à mulher que têm do lado, essa é a verdade. Eu sempre amei intensamente cada uma das minhas namoradas e se a gente terminou foi por acasos da vida e por forças maiores do que nós dois. Não por traições ou sofrimentos.
 
 
 
Clara On:
 
 
Ouvir Luan me contar tudo aquilo fez meu coração palpitar mas ao mesmo tempo se aliviar. Não o imaginaria um cara namoradeiro, de ficar em casa com a namorada ao invés de estar numa balada na pegação. Não tinha total confiança nele, aliás, como não tinha em nenhum homem a não ser meu irmão e meu pai. Mas por mais incrível que pareça eu acreditava em cada palavra dele e estava a gostar de o conhecer um pouco mais.  Confesso que a viagem para os EUA me pegou de uma forma inesperada, mas seria uma experiência única e não a poderia desperdiçar. O jantar estava ótimo e Luan tinha um ótimo gosto para escolher restaurantes. Fui despertada dos meus pensamentos com a chegada da sobremesa, também ela escolhida por Luan.
 
 
- Prova procê ver como é maravilhosa.
- Realmente, cê tem olho pra coisa. - falei me deliciando.
- Já pode dizer que comeu o Luan Santana. - piscou o olho rindo e não entendi.
- Como assim?
- A sobremesa tem meu nome. - me olhou convencido e fui ao cardápio que repousava ali conferir dando conta de que era verdade.
- Nossa, quanta consideração hein? Até sobremesa existe com seu nome. - brinquei. - Mas é muito gostosa mesmo.
- Óbvio, tem de ser como o dono. - apontou pra si - Mas se você quiser experimentar verá que eu sou muito melhor ainda.
- Já faltava a sua paquera, você não cansa não?
- Nasci assim Clarinha. - deu de ombros como se desculpando.
- Sua mãe deve te dar nas orelhas por ser galinha desse jeito, não?
- Ela dá, e fica toda boba sempre que lhe falo que fui jantar com alguma garota, como neste caso, ou quando lhe conto que conheci alguém especial, ou estou interessado em alguém. Coisa de mãe, mas dura pouco tempo, porque muitas das vezes não dá em nada.
- Você falou do nosso jantar à sua mãe?
- Aham. Aliás, cê tem de ir lá em casa, ela quer conhecer a bailarina do clipe do filhinho.  - tremi na base e comi mais um pouco da sobremesa.
- Pode ser que um dia a gente se conheça.
- Espero que seja pra breve.
 
 
Terminámos de comer e o garçon levantou os pratos nos trazendo uma bebida alcoólica para continuarmos mais um pouco a conversa que estávamos tendo. Luan tinha um papo legal e me vi muitas vezes sorrindo para ele o olhando boba notando cada detalhe seu assim como  do seu jeitinho. Arleyde tinha falado da sua demora para arrumar o cabelo e na altura pensei ser zoação, mas agora, com ele na minha frente mexendo freneticamente no seu topete, me mostrou que ele cuida pra caramba de si se mantendo sempre impecável e charmoso. Poderia ser marca de pegador mas sabia que não era só isso, ele gostava de se sentir bem e de passar uma boa imagem, agradando as fãs. Era possível ver o carinho e amor que sentia por elas mesmo não conhecendo todas.
 
 
- Você deve ter ídolos também né? - me despertou e bebeu um gole generoso da sua bebida azul.
- Tenho sim, a minha maior inspiração é a Ana Botafogo, brasileira. - sorri pela curiosidade ele. 
- Você nunca pensou ser bailarina de programa de TV? - perguntou me fazendo engasgar.
- Não, isso não é pra mim. Não me dou bem com as câmaras. Gosto mesmo de dançar para públicos, o que é estranho né? Mas no palco é onde me sinto bem. - ele me analisou com uma cara curiosa e estranha ao mesmo tempo.
- Você me disse uma vez que seus pais não gostavam que você dançasse. Mas tem uma coisa que não percebo… - fez uma pausa - Como você tem sua academia em casa?
- Isso é fácil responder. Em Campo Grande eu dava aulas numa escola de dança, para crianças e adolescente. Com a vinda de meus pais para cá tive de largar isso e quando cheguei em Sampa substituí uma professora de dança numa academia por lesão. Foi aí que conheci a Beatriz e o Felipe, eles malhavam lá. Mas o período terminou e fiquei sem emprego. Procurei bastante mas não achei. Como aquela sala estava vazia lá em casa e com o dinheiro que juntei nestes anos como professora em Campo Grande consegui montar uma academia particular, lá em CG treinava na escola mesmo.
- Entendi, mas foram seus pais que te colocaram no balé em criança né?
- É, mas quando viram que eu não encarava mais a dança como hobbie mas sim como minha vida, me colocaram ideias malucas na cabeça, de que eu só seria alguém estudando e trabalhand,o como pessoas normais, que esse mundo de correr atrás de um sonho incerto não era pra mim.
- E quanto ao seu irmão, eles nunca protestaram?
- Não, o Hugo sempre foi super ajuizado e como começou cedo ganhando imenso dinheiro com direitos autorais das músicas meus pais apoiaram e até ajudaram a montar o estúdio.
- Mas você também me parece ajuizada. - me olhou com algum desdém mas não liguei.
- Agora sou mais, mas já fiz muita besteira nessa vida. - falei com mágoa na voz lembrando do meu passado que preferia manter em off.
- Sério? Você era rebelde?
- Dei muito trabalho sim. - sorri sem graça dando a entender que queria terminar aquele assunto por ali. 
- Mas não pensou em estudar e mesmo com o sonho de bailarina ter algo a mais que pudesse vir a trabalhar?
- Gostaria sim, de estudar relações internacionais e ser diplomata mas é algo incompatível com a dança. - ele assentiu em compreensão e bebeu um gole da sua bebida me olhando de novo. 
- As outras agências te trataram do mesmo jeito que a última? - senti cuidado em sua voz e sei que ele não queria estar invadindo a minha vida, apenas se preocupando.
- Algumas sim, mas outras não. Na verdade a do Paulo foi a pior, pela maneira com que ele falou, as outras davam a entender mas não eram diretos como ele foi. - baixei meu olhar e contornei meu copo com o dedo.
- Cê pode acreditar que a partir do lançamento do clipe você terá todas as portas abertas e poderá escolher o rumo que quiser, pois haverá pessoas implorando para te representar. - me falava tão sério que eu acreditei naquelas palavras - Todo o mundo tem o seu momento e o seu estará próximo, só não esqueça do seu anjo da guarda aqui. - se gabou e ri com isso o encarando boba.
 
 
Luan pagou a conta contrariando o meu pedido para que dividíssemos, argumentando que ele é que convidou por isso ele paga e que mesmo que não fosse esse o caso nunca deixaria uma mulher pagar. Entrei no carro ciente de que aquela noite acabaria por ali quando fui surpreendida com a sua voz calma me fazendo uma proposta.
 
 

- Visto que a Bruna e seu irmão vão prolongar a noite porque a gente não faz o mesmo? - me assustei com aquelas palavras não entendendo qual o sentido que ele se referia.
- Prolongar de que jeito?
- Podíamos ir numa balada. - sugeriu.
- Vai ver suas amiguinhas é? - me vi perguntando irritada sem esperar essa reação de mim, mas estar ao seu lado me deixava desnorteada por momentos me fazendo não filtrar aquilo que digo.
- Não. - riu sem graça - Esta noite seremos apenas nós dois, prometo que não vou te deixar sozinha nem me envolver com ninguém. Será apenas uma saída de amigos.
- Amigos? Não me lembro de ter dito que o erámos. - brinquei sorrindo de canto pela promessa que ele me fizera.
- Não se faça de difícil, eu sei que você quer ser minha amiga.
- Você é tão convencido. - ri - Mas sim, posso considerar que somos amigos. - ele me deu um sorriso largo e retribuí ligando a rádio enquanto prosseguíamos até à balada





Oi amores *-* Altas conversas entre Luan e Maria Clara, parece que ela está gostando de o conhecer e até aceitou ir pra balada só com ele! Eita nóis, será que nessa balada vai rolar? Quero os vossos comentários hein? Estou adorando vendo vocês interagirem cada vez mais comigo ahha Beijos enormes!

14 comentários:

  1. Gente, já acho os dois o casal mais lindo, agora a dúvida o que aconteceu com a clara antigamente em ??

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    1. São lindos e nem casal são ainda kkkkkk Eita, o que será que aconteceu ?

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  2. Você também fala eita nóis *-----------* huasuhasuhuas meu Deus, ta perfeita, pqp sério, eu to apaixonada! continua :D

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    1. Na verdade eu não falo, sou portuguesa e nós não usámos essa expressão, eu uso muito o "Eita" kkkkkk aconteceu de escrever o eita nóis kkkkk ! Obrigado Mary, vocês estão a inspirar-me com tantas palavras perfeitas *-* <3

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  3. Oie amore*_*
    Pelo jeito a coisa ta rolando eim? Ain espero mesmo que essa balada traga bons momentos! Adoro esse jeitinho de dificil da Clarinha kkkk
    Beijinho

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    1. Ela é bicho complicado amor kkkkkkk Resiste ao Luan (não sei como kkkkk) ! Beijos, Love you <3

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  4. A Clara é como é porque tem seus motivos, e é meio irônico o Luan tão pegador dizer que não gosta de traição kk. Mas ainda bem que não. Ansiosa pra ver os dois juntos *-* Cada dia mais perfeitos. *.*

    Priscila

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    1. Exatamente, ela tem seus motivos ahah Luan pode ser pegador mas quando namora é o melhor namorado do mundo kkkkk Beijos amor <3

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  5. Awwwn, que jantar fofo *-* MT curiosa pra saber esse negocio aí de passado da Maria D: Quero mt saber o que aconteceu!!! Poderia dar um spoiler pra leitora preferida ne kkkk. A Cada dia, aos poucos o Luan conquista mais ela *-* Espero que não erre como da ultima vez né ¬¬. Quero só ver essa balada, já to super curiosa com os spoilers da fã page kkkkk

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    1. Ela esconde algo kkkkk Vou pensar nesse spoiler amiga kkk (nada de chantagem hein? :p) Verdade, o Luan vai mostrando quem ele é e ela parece gostar demais disso kkkk

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  6. UM CONLHECENDO O OUTRO NAO IMAGINO A CLARA REBELDE .KKKKKKKKK CONTINUA AMANDO.

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    1. Ahahahahah ela é bem stressadinha, pode ter sido rebelde sim kkkkk Obrigado amor !

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  7. Gostei do diálogo entre os dois. Mas estou curiosa para saber o que houve no passado da Maria. Quero saber que rebeldia foi essa rs
    Será que vai rolar algo nessa balada aí?

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    1. Ahahah O que será que foi?
      Será que rola ? Vamos ver mais logo Cams *-*

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