sábado, 13 de junho de 2015

Capítulo 23

- Luan?
- Minha bailarina. - me aproximei.
- Você bebeu?
- Só um pouquinho. - fui andando pra frente enquanto ela dava passos para trás.
- Um pouco, você tresanda a álcool e a … - fez uma pausa e me olhou brava - Perfume de vagabunda.
- Ela era bem parecida com você fisicamente. Eu bobo que sou achei que ficando com ela era o mesmo que ficar com você, mas não dá. Só com você o beijo é mais gostoso. - ri fraco e ela bateu com as costas na parede.
- Você veio sozinho dirigindo? - assenti - Você sabe o perigo que correu? Você poderia ter se acidentado. - me repreendeu e dei de ombros.
- Mas ao menos saberia que vinha ver você. - a tranquei colocando meus braços em cada um dos lados do seu corpo.
- Eu… eu vou te dar um banho frio.
- Não quero, só preciso do seu beijo. - choraminguei. - Me mata essa vontade.
- As suas piriguetes não te saciaram?
- Se você soubesse como anda minha vida depois de você. - neguei rindo sentindo meus olhos arderem. - Eu troquei o nome de uma dessas "piriguetes" como você chama pelo seu e hoje recusei outra. Porque só consigo ver você á frente. - ela me penetrou bem fundo com o olhar e engoliu em seco várias vezes.
- Melhor você se refrescar um pouco Luan.
- Eu quero você. - falei firme.
- Você não sabe o que quer. - me agarrou pelo braço e me puxou para fora.
- "Eu acho que eu estou gostando de você, mas você não percebe porquê? Eu vejo o tempo passando e cada vez me apaixonando mais, mas você não percebe, porquê?" - cantarolei e ela parou no meio da sala e me beijou.
 
 
A encostei na parede e aprofundei o beijo sentindo as suas mãos acariciarem meus cabelos de leve. Assim que parámos ela me olhou séria e me puxou para o seu quarto. Pensei que ela tivesse cedido mas me enganei quando ela me levou para o banheiro e ligou a água fria sobre mim.
 
 
- Tá fria Maria Clara. - resmunguei e ela não fez caso começando a me despir.
- Vê se cala a boca e coopera Luan.
 
 
Terminou de me banhar e me deu uma toalha para me secar saindo. Assim que cheguei no quarto a vi com uma cueca e uma das minhas blusas em mãos.
 
 
- Toma, veste e vem se deitar. - me ordenou e semicerrei os olhos.
- Você está brava?
- Ainda não passou a bebedeira? Se despacha. - me apressou e me ajudou a vestir a camiseta.
- A culpa é sua e desse seu jeito.
- Culpa de você beber? Me poupe.
- Não, culpa de eu não querer mais ninguém a não ser você. - confessei e ela me olhou sem saber o que dizer.
- Se deita Luan, eu vou tomar meu banho. - falou baixo e saiu rápido.
 
 
Fiquei a esperando e assim que ela saiu se dirigiu para a porta do quarto saindo por ela. Fiquei esperando e ela voltou com duas xícaras de café trancando a porta em seguida.
 
 
- Bebe, amanhã eu ligo à Beatriz pra te levar em casa.
- Não precisa, amanhã estarei melhor. - sorri bebericando - Só queria ver você e perceber o que anda acontecendo.
- E chegou a alguma conclusão?
- Apenas que quero você. - Ela desviou o seu olhar e me olhou cuidadosa.
- Vamos dormir? - assenti e me deitei.
 
 
Maria Clara apagou as luzes e assim que se deitou suspirou alto. Não sei se seria boa ideia a abraçar, seria demais para aquela noite. Apenas fechei meus olhos e embora me sentisse ainda um pouco tonto, adormeci. 




Clara On: 

Me surpreendi com a visita inesperada de Luan. Ele estava bêbado mas as palavras dele me dizendo que só me queria a mim e que tinha recusado mais mulheres, me pareceu bem sincero. Lhe neguei o beijo que ele me pedia mas quando ele cantou aquela música eu o beijei para o acalmar e de certa forma o retribuir. Agora ele estava do meu lado dormindo sossegado. Acariciei seu rosto de leve assim como seus cabelos desgrenhados. Me aconcheguei perto dele e adormeci. Acordei antes dele e sua mão estava em minha cintura me abraçando. Soltei devagar e desci para fazer um café da manhã pra gente. 


- Bom dia cunha. - Bruna me disse assim que adentrei na cozinha me assustando. 
- Bom dia Bruna, não sabia que estava aqui. - respirei aliviada. 
- A gente chegou tarde da balada.
- E já está acordada?
- Me deu sede. 
- Fica à vontade. - sorri e peguei na bandeja preparando um café da manhã para dois.
- Está com companhia? - perguntou sapeca e fiquei sem saber o que responder, pois era o seu irmão. 
- É, a Bia dormiu aí.
- Ela tem uma Ferrari com a placa igual à do Luan? - segurou o riso e me desesperei. 
- É... ele veio aqui pra gente conversar e acabou dormindo no quarto de hóspedes. - frisei e ela assentiu.
- Aham. Muito conversam vocês. - riu saindo. 


Arrumei tudo e subi para o quarto. Luan ainda dormia, pousei a bandeja na cama e fui ao banheiro pegar num remédio pra ressaca. Quando voltei ele estava acordando e olhou em volta perdido.


- Está no meu quarto. - lhe disse e ele me olhou surpreso sorrindo logo em seguida.
- Bem me parecia que não tinha sonhado com você dormindo comigo. 
- Você está bem? - lhe dei o remédio e ele se sentou.
- Aham, e com esses mimos todos vou ficar novo logo. Não era preciso ter esse trabalho comigo, mas te agradeço por cuidar de mim.
- Nada que você não tenho feito por mim. - me sentei do lado dele e puxei a bandeja para o nosso lado. - Sua irmã dormiu aí e sabe que você dormiu aqui em casa.
- Você contou....
- Contei que você passou aqui para a gente conversar apenas e que acabou dormindo no quarto de hóspedes.
- Espero que ela tenha acreditado, senão vai encher meu saco. - riu e me olhou em seguida ficando sério. - Eu queria me desculpar por aparecer aqui daquele jeito.
- Nada não. 
- Mas eu lembro de tudo e não estou arrependido do que disse ou fiz. Aliás, a bebida só me fez ter a coragem necessária para vir aqui atrás de você.


Fiquei sem saber o que dizer e beberiquei um pouco de café enquanto ele me olhava ainda. Comemos em silêncio até Luan quebrar. 


- Se eu te pedisse uma chance, você aceitaria? 
- Chance de quê?
- Para ficar comigo.
- Já conversamos sobre isso. -falei com a voz falha.
- Mas desta vez é diferente, eu não quero ficar por ficar, eu quero ficar só com você. 
- Sem vagabundas?
- Sim, apenas nós dois. 
- O que mudou?
- Mudou o fato de eu apenas te querer, não consigo me envolver com mais ninguém neste momento. Por isso te peço para que me dê uma chance de tentar.
- Mas e se você não conseguir?
- Pra isso tenho de tentar, e caso eu não consiga eu te digo a verdade. 
- Eu não sei Luan, tenho medo de me magoar. - brinquei com a ponta dos lençóis. 
- Porque você tem tanto medo de se magoar sem sequer tentar? Tem a ver com aquilo que você sente? - assenti - O que é esse sentimento hein?
- Você lembra da música que cantou esta noite? - lhe perguntei sentindo meu rosto arder assim que ele riu baixinho me olhando doce. 
- Eu não te quero machucar, nem te iludir, por isso eu serei sincero com você. Só preciso de uma chance, porque continuar confuso do jeito que estou não dá.
- Eu também estou confusa. - revelei e ele se virou pra mim tocando meu rosto e se aproximando colou nossos lábios. 




- Tudo que te peço é tentar juntos. Sem compromissos, sem mentiras. 
- E se...
- Não vamos pensar nas possibilidades, apenas no hoje e agora, na gente. Apenas isso. - Me interrompeu e lembrei-me da conversa com Beatriz. 
- E a galera?
- Ninguém precisa saber, só nós. - sorri com isso, mesmo sendo complicado manter algo escondido, seria ao mesmo tempo envolvente. 
- Eu quero viver essa loucura com você.
- Mais uma. - sorriu grande e me puxou com vontade para ele me beijando profundamente. - Eu sabia que mais cedo ou mais tarde você cederia aos meus encantos. - falou bobo.
- Você que xonou no meu jeito de menina rebelde.
- Também, você me desafiando me deixa maluco. - me deitou em seu colo. 
- A gente é bem diferente. Acha que dará certo?
- Você nunca ouviu aquela música:

"Opostos, completos,
Arruma o meu jeito que eu te conserto,
Opostos, completos,
Somos tão diferentes por isso dá certo".

- Na sua voz fica bem mais bonita. - ri.
- E cantando pra você melhor ainda. 
- Você me consertou um pouco. - ri revelando.
- Posso dizer o mesmo. 
- Quando você viaja?
- No final da tarde. Não quer vir comigo?
- Acho melhor a gente ir com calma.
- Tudo bem. - me beijou e ficamos um tempo nos aproveitando. 


Depois de nos arrumarmos levei Luan á porta, pois já estava na hora dele ir embora para passar algum tempo com os pais ainda. 


- Depois te ligo. 
- Sempre que quiser.
- Você igual. - conversávamos sussurrando. - Fica bem. - me beijou pela última vez e saiu. 


Não estava acreditando no que aconteceu nas últimas horas, era tudo tão intenso e verdadeiro, mas o melhor era levar tudo com calma e sem grandes expectativas. 



Hey *-* Luan tanto tentou que conseguiu ! Clara embora esteja com medo decidiu tentar. Acham que vai dar certo? Espero que gostem bastante. Já escrevi muitos capítulos e tenho a dizer que vem muita coisa por aí, não perdem por esperar kkkkk Comentem :p Beijocas !


10 comentários:

  1. AAAAAAAAAAAAAH UMA PAUSA PARA OS MEUS GRITOS!!!!!! PUTA QUE PARIU, TO SURTANDO

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    1. Ahahahah isso que é emoção ! Eba, nosso casal está junto kkkkk

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  2. Gente eu morri com esse capítulo, ai que lindos lindos e lindos de novo

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  3. Posta mais ,lindo esses dois juntos agora só esperar pra ver o que vai acontecer.

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  4. Finalmente Clara deu uma chance para o sentimento deles , espero que eles tenham muitos momentos de alegria . Torcendo por eles . *LaisAraujo

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  5. Luan apelou usando sua maior arma de sedução: a música hahaha

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