quinta-feira, 23 de julho de 2015

Capítulo 60

Não respondi e peguei no sono. A semana passou rápida e estava na estrada há uma hora com Marcos a caminho do rancho de seus pais. Esta semana serviria para fortalecer o nossos laços e ficarmos longe de tudo que nos preocupa. Seríamos apenas nós dois. A casa era bem rústica e linda demais. Um rio passava ali perto e o campo que rodeava a casa era enorme. Tudo estava limpo e a cozinha ficaria por nossa conta. Viveríamos como um casal novamente como acontecia na Áustria.

 
- O que quer fazer? - me perguntou após o almoço enquanto descansávamos na rede.
- Não sei, me diz você. Não sei o que tem de bom pra se fazer aqui.
- Quer andar a cavalo?
- Isto está mais pra fazenda. - ele riu.
- Há uma fazenda aqui perto de uns amigos da família. - me explicou.
- Ah então pode ser, nunca andei, mas seria legal.
 
 
Passámos a tarde toda andando a cavalo, quando lhe peguei o jeito não queria outra coisa. Descobrir a natureza por ali me fazia um bem imenso e Marcos parecia bem mais seguro de si. No decorrer dos dias fizemos bastantes coisas, nadámos no rio e a meu pedido transamos lá. Marcos era meio certinho nessas coisas mas o convenci. Também vimos diversos filmes e ficámos conhecendo melhor um ao outro.
 
 
- Está acabando.
- Mas ainda temos um dia, o que você quer fazer para terminar em beleza?
- Podemos fazer um piquenique. - sugeri e ele sorriu de canto.
- Podemos e podemos terminar nadando no rio de novo… ou fazendo outras coisas. - me sussurrou com segundas intenções.
- Safado, me agradece por te mostrar coisas novas.
- Estamos quites. - selou nossos lábios e fomos preparar a nossa cestinha.
 
 
A tarde estava maravilhosa e por incrível que pareça não tive tempo de pensar sequer na minha maior dor de cabeça - Luan. Seria um sinal de que o estava esquecendo? Tomara, ou talvez não. Estava tão confusa.
 
 
- Amei a nossa semana e descobri que amo ainda mais você.
- Porque isso? - perguntei sem jeito.
- Você é incrível, nunca na vida iria pensar que conheceria alguém assim.
- Já te falei o mesmo. - descansei minha cabeça em seu ombro.
 
 
Chegámos em Sampa de madrugada e Marcos dormiu lá em casa. Acordámos super tarde e como na semana anterior decidimos caminhar um pouco pelo jardim encontrando Bruna que passeava Puff enquanto fazia seu exercício físico.
 
 
- Cunha. - me abraçou - Oi Marcos.
- Oi Bruna.
- Como foi essa semana longe de tudo? Nem pra dar invejar postando fotos você foi capaz.
- Não tinha internet lá. - justifiquei.
- Minha mãe me mandou te chamar pra jantar lá em casa.
- Não sei se será uma boa ideia. - olhei Marcos e novamente para ela.
- Ele está viajando e só volta daqui um ou dois dias, vai lá hoje por favor. - me suplicava. - Você também Marcos, venham os dois.
- Algum problema? - perguntei, queria saber a sua opinião.
- Não, você não pode deixar de ver quem sempre te tratou bem por causa de outras pessoas que não te trataram da mesma maneira.
- Nós vamos.
- Hoje pelas 20h, não esquece. - me deu um beijo rápido e saiu correndo.
- Tem mesmo certeza?
- Tenho, ele não vai estar lá, nada vai dar errado.
 
 
Tomámos um banho juntos e depois de Marcos sair fiquei terminando. Fiz meu cabelo e minha make e uma hora depois me vesti. 






Marcos deu a ideia de levar sobremesa e ele mesmo preparou uma rápida assim que chegámos em casa da nossa caminhada. Chegámos em casa da Mari um pouco antes da hora e confirmámos que Luan não estaria ali para alívio de Marcos.
 
 
- É um gosto te ter de novo aqui.
- Obrigada Amarildo, por nos receberem e por me tratarem assim.
- Serás sempre bem vinda Clara.
- A Cecília está aí?
- Terminando de se arrumar com a Bruna, seu irmão também vem.
- Que ótimo. - fiquei conversando com eles bastante tempo até Cecília descer ainda com o seu braço engessado.
- Quando vai tirar isso?
- Daqui uma semana, você ainda não desenhou Ma. - correu para pegar uma caneta me dando.
- Você já está cansada de andar com isto né?
- É. - riu fraco - Mas tem de ser.
- Aprendeu a andar na bicicleta ou nem por isso?
- Apendi, papai tinha ensinado antes, só estava me ajudando e caímos.
- Agora não pode viajar com ele.
- Pois não. - fez biquinho - Mas ele volta em beve.
- E o balé como anda?
- Agola não posso, mas está indo bem, cê tem de ir comigo.
- Eu vou.
- Você será uma mãe incrível amor. - Marcos falou por fim me deixando sem graça.
- Veremos.
- Vamos jantar? O Hugo parece que acabou de chegar.
 
 
Como sempre a comida da Mari era deliciosa. A sobremesa de Marcos, pavê de maracujá também estava gostosa e a conversa fluía facilmente. Receberam Marcos da melhor forma e ele sentia isso pois conversa com Mari e Amarildo com bastante abertura. A campainha tocou e nos deixou surpresos.
 
 
- Não estamos esperando ninguém. - Mari falou.
- Pode ser algum vizinho já que o porteiro não ligou avisando. - Amarildo disse. 
- Eu vou abrir. - Mari se levantou e ficámos atentos esperando.
 
 
A porta se abriu e apenas vimos um urso enorme parecido áquele que Luan me deu sendo segurado por alguém. Cecília saltou da cadeira e foi ver toda entusiasmada.
 
 
- Que lindo.
- Não mais do que eu. - Luan apareceu atrás do urso fazendo Cecília rir e correr para o abraçar. Aquele reencontro era emocionante demais.
- Obigada papai, é muito lindo e fofinho.
- Já comeu meu amor?
- Estava comendo a sobemesa.
- Oupa, também quero. - falou com o seu jeito de criança e assim que olhou para a mesa se admirou por me ver ali ainda por cima com Marcos para quem olhou carrancudo.
- Boa noite gente.
- Boa noite. - respondi educada.
- Não chegaria amanhã apenas? - Mari perguntou.
- Decidi fazer uma surpresa para a minha princesinha. - colocou Ceci em seu colo. - Tava com saudade sem ela comigo.
- Também tava com saudade. Vó taz um pato po papai comer sobemesa do namolado da Ma.
- Foi você que fez Marcos?
- Exatamente. - respondeu normal.
- Vamos ver se foi por isso que conquistou a Maria Clara. - jogou uma piada mas só ele riu.
- Toma meu filho. - se serviu.
- Hum, nada mal. Mas prefiro da mamusca.
- Luan chegou uma carta pra você esta semana, vou pegar. - Amarildo chegou e Luan ficou comendo e brincando com Cecília.
- Que carta é pai?
- Parece do tribunal, deve ser por causa da menina, devem querer saber algumas coisas de rotina. 
 
 
Luan a abriu e ficou lendo durante bastante tempo com uma cara estranha, parecia desesperado e ao mesmo tempo distante. Dobrou de novo a carta e fechou os olhos deixando algumas lágrimas caírem.
 
 
- Papai que foi?
- Eu preciso ficar sozinho. - se levantou e saiu correndo para o quarto.
- Ai meu filho. - Mari se preocupou e Amarildo pegou na carta.
- É compreensível. - falou após a ler nos deixando sem entender nada.
- Que houve com meu papai? - perguntou querendo chorar e a peguei para o meu colo.
- Não é uma coisa fácil de se dizer. Parece que a verdadeira mãe da Cecília apareceu e está pedindo ela de volta.
- Como assim? - perguntei vendo a menina se derramar em lágrimas sem saber o que estava acontecendo.
- Amarildo ela foi abandonada, não se sabe quem são os pais, essa mulher não tem direitos nenhuns. - Mari falou zangada.
- Não sabemos os argumentos que ela poderá usar Marizete.
- Meu irmão já está pensando no pior, aposto. - Bruna falou com os olhos lacrimejando.
- Amor não será melhor a gente ir? - Marcos indagou em meu ouvido.
- Claro que não, eles precisam da gente. - ele bufou e cruzou os braços se encostando na cadeira.
- Eu vou falar com ele. - Marizete saiu com Amarildo e ficámos na sala esperando.
- Se tirarem a Cecília dele nem sei do que será do Luan . - Bruna falou chorando sendo amparada por Hugo - Ele é tão apegado a ela, não merece nada disso, depois de tanta besteira que ele fez e sofrimento que ele causou, a Cecília foi a única pessoa que o deixou feliz verdadeiramente.
- Eu sinto muito Bruna, realmente é inimaginável isso acontecer.
- Tia cê tá cholando também? Papai tá doente? - perguntou soluçando enquanto lhe fazia cafuné a tentando acalmar.
- Não minha linda, são coisas de adultos. - expliquei - Ele vai ficar bem.




Ela se aninhou em meu peito e foi se acalmando. Bruna também já estava mais calma e Marcos impaciente. Imagino que não deva ser fácil para ele por me acompanhar algo da família do ex-namorado da namorada. Mas não podia deixar aquela família na mão naquele momento. O erro que Luan fez ao me abandonar no hospital não merecia que lhe fizesse o mesmo. Eu não era assim e, acima de tudo, estava preocupada.
 
 

- Mãe falou com ele? - Bruna perguntou assim que viu Mari e Amarildo descerem.
- Não. - falou em prantos - Eu estou tão preocupada com ele, nem para a gente ele quis abrir a porta.
- Deve estar desesperado e a guardar para ele como sempre, isso só lhe vai fazer mal. - Amarildo constou.
- Eu vou tentar.
- Não adianta Bruna, ele não abre. Acho que neste momento quase ninguém é capaz de conseguir.
- Parece que a Cecília adormeceu. Será que a posso colocar na cama?
- Claro Maria Clara, obrigada por cuidar dela.
- De nada Mari.
 
 
Subi com ela em meu colo, devagar cheguei em seu quarto e a deitei na cama procurando o seu pijama. Troquei-a e a coloquei debaixo do lençol velando um pouco o seu sono na certeza de que não acordaria assustada. Quando estava voltando ouvi um estrondo enorme e me assustei vendo que vinha do quarto de Luan. Respirei fundo e bati na porta de modo que ele ouvisse.
 
 
- Não quero falar com ninguém, me deixem por favor. - gritou entre um choro sufocante.
- Nem comigo? - perguntei na esperança de conseguir e depois de alguns segundos a porta se abriu me dando a visão de um quarto destruído e de Luan chorando com o rosto todo vermelho. Entrei devagar e ele voltou a trancar a porta. - Luan. - foi o pouco que consegui falar antes de o ter em meus braços.
 
 
O levei para a cama e acariciei suas costas para se acalmar um pouco que seja. Aos poucos ele foi respirando fundo e limpando o rosto.
 
 
- O que você está sentindo hein? - perguntei calma e ele me olhou desviando logo o olhar. 
- Pensei que já tivesse ido embora.
- Claro que não, não ia deixar vocês assim.
- Eu te deixei num momento pior.
- Não me dá o direito de fazer o mesmo.
- Você sempre me surpreendendo. - sorriu fraco. - Eu não sei o que será de mim se me tirarem outro filho. - disse com a voz falha deixando novamente as lágrimas caírem.
- Não vão tirar nada, você não pode desesperar desse jeito. A Cecília foi abandonada, esteve quatro anos numa associação e finalmente encontrou um lar que a acolheu como se ela sempre fosse daqui. Não tem porque tirarem ela de você.
- E se a mulher que diz ser a mãe dela tiver argumentos fortes?
- Não interessa, esteve estes anos sem se importar.
- Eu só queria que fosse um pesadelo.
- Eu sei, mas é mais uma batalha para você lutar e vencer. Onde está a sua confiança? Aquele homem determinado que não se deixava abalar por nada? Luan eu sei que é difícil mas você é forte o suficiente para enfrentar isso.
- Você acredita assim tanto em mim? - assenti - Assim como acredita que voltará para mim um dia? - me encarou e respirei fundo.
- Não vamos misturar as coisas.
- Seu namorado achou de boa você estar aqui?
- Ninguém sabe, eu vim trazer a Ceci, ela adormeceu em meus braços, mas ouvi o barulho e decidi tentar.
- Como ela está? - indagou preocupado.
- Assustada, ela é esperta e pensou que você estivesse doente ou algo do género. Depois de tanto chorar adormeceu.
- A minha menina, ninguém pode tirar ela de mim, ninguém. - falou firme e irritado.
- Tenta se acalmar e dormir. Tudo vai se resolver pelo melhor. Eu vou indo agora. - me levantei mas ele agarrou minha mão.
- Fica. - me pediu suplicante - Nem que seja até eu adormecer. Eu preciso de você do meu lado, mesmo não merecendo. Você me conhece e me entende. Fica comigo um pouco por favor?
- Eu vou avisar o Marcos da demora.
- Não precisa mandar ele esperar, pode dormir cá em casa ou então seu irmão te leva depois.- assenti e desci perante o olhar curioso de todos.
- Porque demorou amor?
- É… - fiz uma pausa - Eu consegui falar com o Luan.
- Sabia que ele te escutaria, mas nem quis forçar. Como ele está?
- Mal Mari, mas vai ficar bem. Ele está desesperado com medo de perder outro filho. - falei sentindo um nó na garganta - Mas ele vai ficar bem.
- Então podemos ir embora.
- Na verdade Marcos, eu vim avisar que vou ficar um pouco com ele. Só para o tentar acalmar e o fazer adormecer, depois eu volto com o Hugo.
- Vai ficar?  - falou incrédulo e me aproximei dele enquanto os restantes se dirigiam á cozinha.
- Vou, eu sei bem a dor que é perder um filho mesmo não o sentindo em meus braços nenhuma vez, e Luan ama a Cecília, eu o conheço bem e sei do que ele precisa para se acalmar.
- O quê, precisa de você, é isso?
- Não fala assim, só estou fazendo isso pela Cecília e a família dele.
- Não acredito que você vai apoiar o cara que te deixou no hospital quando você mais precisou.
- Eu não consigo fazer isso, ele sabe que não merecia eu ficar, mas eu não sou igual a ele. Nunca fomos iguais na verdade. Confia em mim, eu volto pra você. - Selei seus lábios e ele aprofundou calmamente.
- Amanhã passo na sua casa.
- Obrigada. - o abracei e o levei á porta.
 
 
Voltei para o quarto de Luan que saía do banho. Arrumei algumas coisas maiores que tinha ali contra a sua vontade, mas não conseguia ver tudo virado do avesso. Com isso pude ver que aquele quadro que ele fez e me ofereceu um igual não fazia mais parte da decoração do seu quarto, e o meu permanecia guardado, longe da vista.
 
 
- Vem comigo no quarto da minha filha. - me pediu e assenti.
- Está mais calmo?
- Estou tentando. - suspirou e seguimos.
 
 
Cecília dormia serena da forma como a deixei no meio da cama. Luan entrou debaixo das cobertas e se deitou do seu lado me pedindo para me deitar do outro lado. Não queria demorar mas compactuei e assim que me acomodei Luan acariciou a Cecília.
 
 
- Papai promete que não te vai deixar ir a lado algum. Você é minha filha e ninguém vai mudar isso. - sussurrou para a pequena e lhe deu um beijo na testa.
- Você não está sozinho. - constatei e ele me olhou com um sorriso de canto.
- Obrigado por estar comigo, sem você seria bem pior suportar tudo isto.
- Sua família e seus fãs estão com você também.
- Vai dar tudo certo. - falou mais para ele e respirou fundo fechando os olhos e abraçando Cecília.
 
 
 
Luan On:
 
 
Acordei com a mãozinha fofa da minha filha em meu rosto e sorri mesmo antes de abrir os olhos. Ela ainda dormia e a beijei docemente. Me apercebi que Clara ainda estava ali e dormia abraçada a Cecília também. Sorri com aquela cena e não resisti á tentação de acariciar seu rosto e lábios que eram tão meus. Aos poucos ela foi se mexendo e assim que me viu se afastou um pouco.
 
 
- Está no quarto da Ceci. - expliquei.
- O que você estava fazendo? - me perguntou séria.
- Apenas te observando.
- E me tocando. Luan não quero misturar as coisas, te falei isso ontem. Não vai ser esta situação que me fará derreter o coração por você. - falou um pouco rude.
- Não disse isso.- falei um pouco ofendido pela frieza dela.
- Mas pensou. Eu nem deveria ter adormecido. - Se levantou calçando os sapatos.
- Não vai embora agora. - me levantei também e me coloquei na sua frente.
- Não tem mais nada para fazer aqui.
- Então vamos descer, tomar um café e conversar com meus pais acerca das medidas a serem tomadas.
- Isso não me compete, eu apenas fiquei pra te dar uma força e em respeito á sua família. - explicou se desviando de mim.
- Mas eu quero você do meu lado agora também.
- Não posso demorar.
- Não vai demorar. - garanti e ela saiu indo atrás dela - Espera que vista apenas um calção. 
 
 
Meus pais já estavam na mesa e assim que nos viram sorriram fraco. Nos sentámos e meu pai estava com o papel do tribunal do lado talvez esperando que eu descesse.
 
 
- Esta tarde o advogado vem aqui para ficar a par do acontecimento. - meu pai falou.
- Obrigado pai. Será possível que aconteça o pior?
- Não sabemos meu filho, nem quem é essa mulher fazemos ideia quem seja.
- O nome não vem na carta? - Clara perguntou.
- Não minha filha. A audiência está marcada para a próxima semana, você estará de folga, já conferi isso.
- Mamusca será que podemos ir na associação? Talvez eles tenham algo que possa ajudar, ou até mesmo a Carol. - falei na expectativa.
- Eu vou lá de tarde, vamos ver isso meu filho.
 
 
Bruna e Hugo desceram passado pouco tempo e depois de café tomado Clara se despediu. Não a queria longe, ela era meu porto seguro mas entendia que não se sentisse bem nesta situação. Cecília acordou me chamando e corri para peto dela. Almoçamos juntos e fomos na associação, ela aproveitaria para matar saudades dos amiguinhos enquanto eu e mamusca falávamos com Dulce e Carol.
 
 
- Não imaginava que me procuraria depois de tanto tempo. - Carol falou sarcástica assim que pedi para falar a sós em sua sala.
- Eu preciso da sua ajuda.
- Claro, sempre me procurou para isso mesmo. - falou debochada.
- A suposta mãe da Cecília está querendo ela de volta. - falei sem rodeios e Carol me olhou surpresa.
- Nossa, não fazia ideia.
- Ela não veio aqui procurar informações?
- Que eu saiba não, mas você é conhecido.
- Claro, e a esperança que eu tenho é que isso seja apenas uma tentativa de me dar um golpe.
- Quando é a audiência?
- Semana que vem.
- Provavelmente lá estarei para testemunhar.
- Assim espero, você pode me ajudar falando acerca da adoção. - assentiu mas sem muito entusiasmo.
- Mais alguma coisa? Preciso trabalhar.
- Não, obrigado e se tiver algo que possa ser importante me liga.
 
 
Mamusca falou que não conseguiu nada com Dulce também, apenas os documentos do hospital de Cecília e que quando ela chegou na associação foi por ordem do tribunal após ser dada como abandonada. Em casa o advogado já me esperava e me tranquei no escritório com ele e meu pai.
 
 
- Luan eu não sei que argumentos essa mulher pode usar, mas se ela realmente abandonou a menina nada é válido e você continuará a ter o seu direito de pai. Além do mais você tem uma ficha impecável, não tem porque se desesperar. Vamos acreditar no melhor.
- E se ela não tiver sido abandonada e essa mulher tem uma boa história que convença o juiz?
- Eu vou me preparar para a enfrentar, não se preocupe. Suas testemunhas também serão fortes e farão valer a sua posição.
- Assim espero. - respirei fundo.
 
 
Não vi Clara durante toda aquela semana e a saudade só aumentava. Bia ficou sabendo do sucedido e apareceu lá em casa nos dos meus dias de folga com Fernanda para me darem o seu apoio. Não estava com cabeça para reconquistar Clara neste tempo mas ela compreenderia a minha ausência e afastamento. Fiz show no final de semana e mesmo que não quisesse chegou aos ouvidos da imprensa de que estariam tirando Cecília de mim. Meus fãs sabendo redobrarem o cuidado comigo e me abraçavam forte sempre que me viam para me confortarem e me darem força. O dia finalmente chegou e no tribunal várias pessoas estavam lá. Da minha equipe, da associação, da minha família e meus amigos, menos Maria Clara.
 
 
- Bia a Clara vem? - perguntei apenas para que ela ouvisse.
- Não sei Luan. Esta semana eu não falei muito com ela, sempre que ligava estava ocupada fazendo alguma coisa, mas sei que não era isso.
- Como assim?
- Ela estava estranha, parecia estar pensativa demais e quando ela está assim, ocupa-se com bastante coisa para se manter afastada de tudo e todos.
- Espero que não seja grave.
- Não se preocupe com isso, o importante agora é a sua filha. Por falar nela, onde a deixou?
- Ela ficou na central com a galera.


 
 
Chamaram para entrar e vi algumas pessoas desconhecidas entrando junto, talvez do lado da "mãe" da Cecília. Me coloquei no meu lugar esperando que do lado oposto a tal mulher ocupasse o seu lugar ao lado do seu advogado.


Hello! Ontem não teve capítulo por falta de comentários :| Por isso pedia que comentassem hein? Quanto ao capítulo não vou falar nada, apenas quero saber o que vocês acham. Me contem pelamor , beijocas <3

14 comentários:

  1. Eu achei que era a Carol a mãe,mas agora estou na dúvida. Mas alguma coisa ela está aprontando,tenho certeza,nem que for dar um testemunho falso,algo do tipo. @natycaprioli_

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  2. Também acho que é a Carol. E ela abandonou a Cecília já no pensamento de se aproveitar financeiramente dos pais que a adotassem.

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  3. NOOOOOOOSSA QUE BABADERO. Não acredito que essa mulher agora quer a menina, abandonou e agora quer de volta é kirida, né assim não. Espero que e o Luan resolva isso, ja ouvi falar que o melhor jeito que adotar realmente uma criança é o casal sendo casado e tal, Luan poderia usar essa desculpa com a Maria kkkk Aposto que ela ficaria maluca, mas ajudaria. Fiquei com dó do Marcos, que coisa horrivel ter que deixar a namorada dormir com o ex namorado, eu acho que não suportaria isso, sério, esse cara é um santo.
    Quero só ver como vai ser isso, será o que essa mulher vai dizer, eu não confio muito nessa Carol, acho que ela ta no meio disso e nao vai ajudar o Luan, sei não em?! Continua amiga, to curiosa

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    1. Ahahah adorei a sua ideia amiga, mas já te falei que não será desse jeito kkkk
      O Marcos não faz ideia que ela dormiu lá kkkk supostamente ela iria embora com o Hugo assim que o Luan adormecesse, mas acabou adormecendo junto kkk

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  4. Será que seria a maria Clara? Por isso se afastou de todo mundo e não estava no tribunal?

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    1. Será? Você foi a única que deu uma dica diferente ahah

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  5. Continua estou muito ansiosa pra saber quem é a mãe da cecilia.to com pena do Luan.mariana

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  6. Leitora Linda postr outro pelo amoor de Deus!!
    Ai q dó do Rafa
    Conttt bjokaas

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  7. Olha eu comentando atrasada de novo...
    Nossa, coitado do Luan héin. Essa história de "mãe" aí tá esquisita. Veremossssss.

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