sábado, 25 de julho de 2015

Capítulo 62

Ele não devia ter feito aquilo mais uma vez. Conseguia sempre ser criança quando não devia. Respirei fundo e fui aquecer a comida que a Mari fez. Nisso não me podia queixar, ele se preocupou comigo.



- Amor vamos sair amanhã?
- Tenho coisas combinadas com a Bia.
- Que coisas?
- O mesmo da semana passada.
- Vão fazer de novo depilação?
- Não. - falei sem graça - Vamos cuidar da pele desta vez.
- Hum, entendi. Sua casa estes dias tem estava bem florida. - riu fraco e pedi a Deus para ele não desconfiar que eram de Luan que resolveu me enviar um ramo a cada dois dias tal como fez com as rosas antes do nosso namoro.
- É, gosto da casa assim, alegre.
- E romântica né? - me abraçou cheirando meu pescoço.
- Também.
- Amanhã será que posso ficar com a chave do seu apê?
- Para quê?
- Quero te fazer uma surpresa de noite, por isso pedia que ficasse fora até á hora do jantar.
- Hum, que mistério. Vou deixar ela com você. - selei nossos lábios.


Estava me arrumando para ir no tribunal quando Luan me manda uma mensagem dizendo me esperar na rua. Óbvio que disse que a Bia passaria lá, mas como é teimoso convenceu a minha amiga da onça a não me pegar. Sorte que ele não estava sozinho, seus pais e Bruna estavam junto.


- A Cecília? - perguntei a Mari.
- Está no balé. - sorrimos - Seu irmão depois pega ela.
- Estou com saudade, Bruna leva ela lá em casa para dançar comigo.
- Não sabe a felicidade com que ela ficará quando souber.
- Faz surpresa então. - sugeri e senti um olhar sobre mim vendo Luan me encarar pelo espelho retrovisor.


As mesmas pessoas da semana passada encontravam-se ali e como era esperado os pais da Carolina foram chamados a prestar depoimento.


- A vossa filha afirmou que vocês forjaram o nascimento da Cecília, filha da Carolina como comprova o teste, mentindo acerca da vida da bebé, lhe dando a entender que tinha nascido morto. - os pais dela se entreolharam e Carolina olhava feio e tensa para eles.
- Claro que não sr. Juiz, nós ficámos do lado dela quando soubemos da gravidez, não faríamos isso.
- Ela afirmou também que apoiaram o aborto.
- Mentira, a Carolina não pode ter dito isso. Ela falou que perdeu o bebé.
- Mas disse. Além do mais, demonstrou interesse em extorquir dinheiro do Sr. Luan. 
- Ela acabou o curso e veio para cá viver sr. Juiz, nós continuamos na Argentina e como deve imaginar não sabemos aquilo que ela se tornou. - mãe da Carolina falou com mágoa.
- Ela namora com o Leandro?
- Que eu saiba eles sempre namoraram desde a época do colégio.
- Obrigado, era o que precisava. Sra. Carolina como poderá contrapor os seus pais?
- Eles estão mentindo, tudo que falei era verdade.
- Nem tudo, as câmaras do hospital registraram você saindo horas após do nascimento da Cecília escondida, acompanhada do seu namorado.
- Claro que saí, não iria ficar num hospital lembrando do meu filho morto. - se exaltou.
- Se acalme. - o juiz ordenou - Você tanto saiu sabendo o que estava planejando que não resistiu em dar uma passada na sala onde os bebés estavam para ver a menina.
- Não foi para a ver, foi para ver a realidade que não teria, apenas estava vendo outros bebés.
- As câmaras não mostram isso. Após reunião do conselho decidimos que o melhor para essa criança é estar no meio de quem representa a família para ela e que a irá educar, cuidar e amar. Sr. Luan Santana continuará sendo pai da Cecília. - Luan fechou os olhos sorrindo. Abracei Bia contente por aquela ação. - Se quiser prestar queixa contra a Sra. Carolina está no seu direito, contudo ela e o Leandro terão de cumprir cinco anos de prisão por mentir em tribunal.
- Não. - gritou assustada - Não posso, pai, mãe. - suplicou e eles negaram desiludidos com ela.
- Dou por encerrado esse caso.


Luan se levantou emocionado e abraçou seus pais. Era felicidade que não cabia. Ficou meio reticente quando chegou perto de mim.


- Parabéns, sabia que Deus não falharia. - lhe parabenizei.
- Obrigado por tudo. - me abraçou  - E me desculpa pelo que fiz da última vez que nos vimos, eu apenas te amo e olhar tua boca sem poder beijar é um tormento, me desculpa.
- Vamos esquecer. - pedi e me afastei.


Como na semana passada convidou para o almoço mas tive de negar novamente. Aproveitei para cuidar mesmo da pele durante a tarde, assim como do cabelo e do corpo. Estava regenerada e me lembrei que teria de vestir algo especial para a surpresa lá em casa. Passei no shooping e me arrumei em casa de Bia.





Luan On:


Abracei tanto minha filha quando a vi. Não queria mais meu nome envolvido com Carolina e decidi não prestar queixa, ela já seria penalizada pelo tribunal. Assim que cheguei em casa recebi um telefonema de um número desconhecido.


- Alô! Quem é?
- Oi Luan, é o Pedro, pai da Carolina.
- Oi seu Pedro, tudo bem?
- Mais ou menos meu rapaz. Eu sinto tanta vergonha do que a minha filha fez.
- Não sinta, vocês não são assim como ela.
- Nem sabia que ela foi até ao fim com a gravidez e como deve imaginar não sabíamos que éramos avós, só queríamos te pedir para conhecer a menina. Sabemos que não temos esse direito, mas ela é sangue do nosso sangue.
- Vocês tem direito sim, não sabiam, eu entendo. E é claro que a podem conhecer, que tal um jantar aqui em casa esta noite?
- Continuas sendo um menino de ouro. Obrigado Luan.


Passei o endereço e avisei a mamusca. Cecília pediu para andar de bicicleta e tive medo mas não poderia voltar a acontecer o mesmo. A ajudei no início e ela se safou super bem.


- Filha vem cá. - a chamei para meu colo assim que a banhei e a vesti toda linda.
- Que foi papai? Vai cholar de novo?
- Não meu amor. - ri fraco - Esta noite vem aqui duas pessoas que querem te conhecer.
- Quem?
- Seus avós.
- Mas eu tenho a vó Zete e o vó Amalildo.
- Eu sei, mas agora terá mais dois, o avô Pedro e a avó Adrielle. 
- Poquê?
- Eles são pais da mulher que te abandonou no hospital. - poderia estar errado em falar assim, mas Carolina nunca foi mãe dela, não seria agora.
- Mas eles são legais, ou são maus como essa muler?
- São gente boa, você vai adorar.


Eles chegaram na hora certa e se emocionaram assim que viram a minha pequena que estava envergonhada mas depois de ganhar confiança passava do colo de um e outro.


- Vocês vão me ver sempe? - perguntou abraçado a D. Adrielle. 
- A gente mora longe mas sempre que der nos vemos.
- A porta estará aberta para vocês.
- Não podemos exigir muito e só por você deixar nos conhecer a Cecília te agradecemos imenso.
- De nada seu Pedro, têm esse direito.


A adormeci e estava sem sono para variar. Fiquei jogando vídeo game com o Hugo enquanto a Bruna lia um livro qualquer. Meus pais estavam no quarto já e me sentia entediado.


- Vou dar uma volta por aí.
- Sozinho Pi?
- Sim Bubu, quero pensar, estou me sentindo sufocado ficando aqui em casa.


Sabia que sexo resolveria esse problema mas não podia quebrar a decisão que tomei meses atrás. Peguei na minha Ferrari e fiquei andando por Sampa.



Clara On:


Quando me arrumei daquele jeito  não esperava que Marcos me surpreendesse daquele jeito. Um jantar á luz de velas com fotos nossas de todo este tempo juntos espalhadas pelas paredes da sala de jantar com corações e rosas. Me surpreendeu demais mas não estava preparada para a proposta que ele me fez e que esperava ansioso que lhe respondesse.


Horas atrás


- Adorei a surpresa gatinho, você sempre se esmerando.
- Hoje será uma noite especial.
- Porquê?
- Vamos jantar e depois você vê.
- Tá bom, mas não me deixa curiosa.
- Curioso estou eu para saber o que você vai achar.


Comemos entre muita risada e conversa, estar do lado dele era bom e a curiosidade só aumentava. A sobremesa estava deliciosa e assim que terminámos ele me olhou sério pegando em minha mão.


- Eu sei que posso estar sendo precipitado mas eu te amo e você sabe disso. - assenti - Se continuo com você depois de tanta coisa é porque acredito em nós e no nosso amor que irá crescer. Não me imagino sem você no momento e muito menos no meu futuro. Te quero do meu lado para dividir as alegrias e as tristezas, para te cuidar, ser seu porto seguro. Apenas te peço uma oportunidade assim como tantas que eu te dei. Me deixa te fazer feliz de uma vez por todas? Casa comigo? - me estendeu uma caixa vermelha aveludada e abri minha boca em admiração.


Agora estava olhando aquele anel maravilhoso e estava estupefacta. Nunca imaginaria que Marcos me fizesse essa proposta. Sempre pensei que ele fosse esperar o momento eu que eu o amaria de verdade pra valer. Senti minha garganta apertar e o ar me faltar.


- Você está pálida demais amor.
- Estou sem ar. - falei respirando rápido, num impulso corri para a sacada tentando absorver todo o ar mas estava difícil.
- Respira fundo. - me pedia paciente afastando meu cabelo do rosto. - Não queria te deixar assim. - Aos poucos fui me recompondo.
- Eu só não esperava isso agora.
- Eu sei que foi rápido demais, mas eu te amo tanto, e me sinto preparado para dar esse passo. Você não?
- Não sei que te dizer.
- Se precisar de pensar, te dou o tempo preciso, mas não me mata de angústia.
- Obrigada, eu realmente preciso colocar as coisas no lugar e pensar muito bem acerca de tudo.
- Você fica bem?
- Fico. - garanti e ele me beijou.
- Vou indo, assim que tiver minha resposta me liga, te atenderei imediatamente a qualquer hora.


Decidi que o melhor a fazer seria sair de casa e daquele ambiente romântico que permanecia ali. Peguei na minha bolsa e fui andando mesmo pelas ruas. Sei que estava correndo risco, mas a zona era segura e calma, não haveria problema. Talvez seja egoísmo meu ter um homem como Marcos do meu lado e não ter certeza se será o melhor para mim. Se o pedido fosse feito por Luan há um ano atrás não teria dúvidas, mas com Marcos era diferente. Eu sei que não o vou conseguir amar, acho que ele apenas é meu amigo e não o vejo mais do que isso. Como ele já disse, talvez o esteja usando para colmatar uma ausência. Estava me dirigindo para o Alphaville para conversar com Bruna, ela me poderia dar alguma luz, meu irmão poderia estar lá e seria ainda melhor. A rua onde estava até entrar no condomínio era meio escura e apressei me passo assim que ouvi um carro andando devagar atrás de mim. Ignorei, poderia ser uma pessoa qualquer e não alguém querendo me fazer mal. O carro foi abrandando e o ouvi parar. Continuei olhando pra frente até ser assustada com uma mão em minha boca e outra em minha cintura me segurando.


- Shii, sou eu Clarinha. - Luan me sussurrou e acho que todo aquele medo foi embora.
- Meu Deus, que susto. - falei respirando fundo. - Seria o segundo ataque de falta de ar na noite.
- Segundo?
- É. Fiquei até feliz em saber que era você e não um sequestrador. - ele riu fraco.
- O que anda fazendo a esta hora na rua? - me repreendeu.
- Pensando.
- Em quê? - Indagou curioso.
- Em algo que aconteceu, ia na sua casa conversar com sua irmã.
- Eu não sirvo?
- Não. - respondi vendo o seu olhar entristecer. 
- Então vem, eu te levo.
- Prefiro ir a pé mesmo.
- Qual é? Vai me negar sempre? - falou ofendido - Só uma carona.
- Tudo bem. - Entrámos no carro e Luan me olhou sério.
- Eu sei que você vai ficar ainda com mais ódio de mim mas preciso fazer isso. - me falou assustando.
- Fazer o quê?


Não respondeu e deu marcha no carro, mas não entrou no condomínio. Com certeza me levaria para um lugar qualquer. Não estava com medo, sabia que ele iria respeitar qualquer que fosse minha decisão.


- Será que podemos parar em algum lugar, preciso beber. - pedi e ele me olhou admirado.
- Não precisámos parar. - colocou a mão atrás do seu banco e tirou uma garrafa de vodka.
- Andava com isso aí?
- Sempre é bom para prevenir. Também fui conduzir pela cidade pensando na vida, mas se bebesse demais poderia ser perigoso, então decidi voltar pra casa e ainda bem que o fiz. - sorriu de canto e beberiquei da garrafa mesmo.



Andámos algum tempo apenas com o som da rádio como companhia enquanto a cidade passava por nós do lado de fora.

 
- Você confia em mim? - Luan me perguntou.
- Não.
- Porque não?
- Até um ponto eu confio.
- Que ponto?
- Aceitar estar com você agora sabendo que nada de mal me acontecerá. - o encarei e ele sorriu de canto.
- Mas qual é o ponto que não confia?
- Não sei até onde você é capaz de me magoar. - confessei desviando o meu olhar dele.
- Eu acho que já te fiz sofrer o máximo que poderia ter feito e juro que estou arrependido. Não te farei sofrer mais do que isso.
- Mas mesmo assim não confio, você me deixou sem chão e se não fosse o Marcos eu teria me perdido da pior forma possível. - revelei e Luan me olhou um pouco assustado.
- Você seria capaz de se colocar em risco para amenizar o que estava sentindo?
- Se me fizesse esquecer por alguns momentos eu colocaria sim.
- Um dia você escreveu numa foto nossa que se eu te deixasse você se perderia num mundo sem saber se achar.
- Eu lembro e não menti.
- Agora é diferente?
- Agora eu sinto que estou seguindo um caminho mas sem saber onde ele dará.
- Me deixa te mostrar onde esse caminho dará? - o encarei semicerrado.
- Não custa tentar.


Em minutos chegámos num hotel. Me admirei por me levar ali, não sei qual seriam suas intenções, mas como disse confiava nele e sabia que não faria nada que não quisesse. Ele pegou um quarto e subimos.


- Porque me trouxe aqui? - perguntei indo para a janela ver a vista.
- Para a gente conversar. Se você estava indo falar com a Bruna é porque estava com problema e eu quero te ajudar.
- Não há nada que possa me ajudar.
- É assim tão grave?
- Eu pensava que não, mas agora nem sei. Estou tão confusa, sem saber que fazer. Não me sinto preparada. - suspirei.
- Para quê? - me virei e ele esperava a resposta com as mãos no bolso daquele jeitinho dele.
- O Marcos me pediu em casamento. - um silêncio se fez naquele quarto e me sentei no sofá.
- Você não aceitou. - disse quebrando o clima.
- Ainda. Ele me deu esta noite pra pensar.
- Você está pensando em aceitar? - indagou com desespero.
- Não sei, por isso ia conversar com a sua irmã.
- Ainda bem que te encontrei. - o olhei confusa - Era pra você me encontrar, Deus cruzou os nossos caminhos por algum motivo. - por momentos acreditei naquilo.
- Mas só eu posso tomar a decisão.
- A não ser que eu te mostre que quem você ama e quer sou eu. - acariciou meu rosto.
- Eu te amo, você sabe, mas não te consigo querer.
- Consegue, só está magoada ainda. - sussurrou. - Lembra em Vegas? Quando a gente tirou aquela noite para a gente? As coisas malucas que fizemos…
- Lembro.
- O que aconteceu em Vegas ficou em Vegas e o que acontecer neste quarto ficará aqui. Se permite a arriscar de novo, se permite descobrir o que você quer. Eu te amo sem medida Clarinha, mesmo se você depois desta noite aceitar se casar com aquele cara eu não vou desistir e se for preciso vou na igreja te buscar. - sorri fraco.
- O que você pensa quando deita sua cabeça no travesseiro? - precisava saber.
- Mentiria se dissesse que não é em você, todos os meus pensamentos são seus. Me passa na cabeça vezes sem conta a cena do hospital e este tempo em que estive separado de você, Deus me castigou de um jeito ruim  demais, mas merecido. Eu sei que não encontrarei outro alguém que signifique o que você significa pra mim.
- O quê? - perguntei num sussurro.
- Tudo. Você é quem eu amo e sei que amarei sempre. A nossa história só teve uma vírgula e você sabe disso. Essa sua indecisão perante o pedido de casamento do Marcos só mostra isso, que você não consegue seguir com a sua vida com ele e que ainda acredita na nossa volta e no nosso amor.
- Me esclarece esta noite. - pedi e ele sorriu de canto se aproximando.


Nossos lábios se tocaram naquela sincronia tão nossa. Luan não apressou e parecia querer demorar. Só terminámos quando o ar nos faltou e partimos imediatamente para outro, desta vez com um pouco mais de urgência de ambas as partes. Subi para o colo dele que passeou as mãos pelo meu corpo de um jeito carinhoso e desejoso ao mesmo tempo. Meu cabelo estava todo desgrenhado já e não demorou muito para a minha blusa ir parar ao chão. Meus seios receberam o seu toque e beijos, que saudade da boca dele em mim, do seu cheiro misturado ao meu. Tirei sua camisa e beijei seu peitoral tentando tocar cada parte do seu corpo ao mesmo tempo. Luan me pegou no colo e me deitou na cama se deitando por cima de mim. Me beijou envolvente e teceu um caminho de beijos até minha cintura onde tirou minha calça e minha sandália. Fiz o mesmo com ele e apenas com as roupas íntimas nos beijámos.


- Quero que se lembre de cada detalhe meu amor. - me confessou baixo ao ouvido me fazendo arrepiar inteirinha.
- Uhum. - foi o máximo que consegui dizer.


Luan se desfez das minhas últimas peças e me preparou para o receber. Ele estocava lentamente me olhando. Senti meus olhos marejarem e assim que ele acelerou o ritmo lágrimas brotaram. Era, de mágoa, de saudade, de amor. Eu amava aquele homem com o cabelo bagunçado, com o olhar mais transparente do mundo, com aquela boca rosadinha e viciante. Eu amava Luan e sempre amaria.


- Eu te amo. - falei entre os gemidos que escapavam pela minha boca sentindo o prazer absoluto me invadir. Luan riu fraco e com estocadas mais fortes chegou ao seu limite também selando o momento com um selinho.
- Eu te amo Maria Clara. - confessou beijando cada lágrima minha. - "Enxugar as suas lágrimas com um beijo marcou demais, mas não eram de tristeza e sim do amor, que a gente faz". - cantarolou me fazendo sentir novamente a mulher mais sortuda do mundo.


Repousei em seu peito sentindo os seus carinhos em meu cabelo. As respirações descompassadas e as marcas um no outro eram o reflexo de um momento intenso que passámos há pouco.


- Já ficou um pouco mais esclarecida? Ainda temos a noite pela frente. - ri fraco.
- Um pouco. É tudo tão complicado.
- Nada é complicado, a gente se ama e só tem de ficar junto.
- Eu também pensava isso, mas você sabe que vou ficar com o pé atrás com você.
- Então vou ter de continuar marrando para ganhar a sua confiança. - falou convicto. - Você nunca pensou em casar com o Marcos? - neguei - E comigo?
- Eu pensava sim.
- Agora já não quer?  - neguei novamente - O que mudou?
- Quando a gente namorou eu via o meu futuro ao seu lado, casada com nossos filhos. Quando descobri a gravidez e você aceitou eu sonhei com esse momento, casando com você com nosso mais que tudo entrando comigo. Mas quando você bateu a porta acabou com esse sonho e não consegui pensar mais nisso.
- Mas você não quer casar nunca ou não quer casar com outro alguém que não seja eu? - indagou me deixando sem saber o que responder.
- Quero acreditar que seja a segunda hipótese. - Luan me fez o olhar e me beijou novamente me puxando para cima de si.


Nos amámos mais uma vez naquela noite e foi maravilhoso. Marcos que me perdoasse por esta traição mas eu precisava e se me permiti a isto é porque realmente não sei se quero uma vida ao seu lado. Acordei pela manhã com os raios de sol em meu rosto. Grunhi com isso, não queria me levantar e ter de encarar a realidade. Mas assim que passei a mão do meu lado não senti ninguém. Abrindo os olhos pude perceber que nada de Luan restava ali. Ele não podia ter feito isso, me abandonar de novo. Depois da noite que tivemos ele não podia me deixar como se eu fosse apenas mais uma. A raiva e o ódio me invadiram e me vesti rapidamente enquanto um choro escapulia por entre minha garganta. Estava conferindo se não me esqueci de nada quando a porta bateu. Era o serviço de quarto com um café da manhã apenas para mim. Não entendi o porquê daquilo mas com certeza ele só não queria me deixar sem comer, mas nada descia depois do que ele me fez.
Em casa arrumei a sala de jantar e tudo que Marcos tinha preparado. Tomei um banho rápido e estava decidida a aceitar o pedido de casamento do Marcos.



- Bom dia meu amor.
- Marcos você pode passar aqui em casa agora?
- Eu tenho entrevista de emprego daqui a pouco Maria, será que você pode me esperar na receção para não demorar?
- Verdade, você tinha me falado. Eu espero sim.
- Daqui a 20 minutos estou passando aí. Você tem a minha resposta né?
- Tenho. - suspirei.
- Até já amor.


Luan tinha me magoado de novo e desta vez eu mesma me obrigaria a esquece-lo.



Luan On:


Depois da noite maravilhoso que tive com Clarinha só havia uma coisa a ser feita. Ela me amava e eu sabia que ela cederia em ficar comigo de novo e dar mais uma chance para o nosso amor. Acordei primeiro que ela e me arrumei, esperava encontrar o que queria antes dela acordar ou pelo menos a apanhar no quarto ainda. Não havia papel nem caneta por ali então não deu para avisar. Quando cheguei no quarto ela já não estava. Saí correndo rumo a sua casa, esperava que não fosse tarde demais ou que ela tivesse entendido tudo errado pela minha ausência no quarto. Assim que pisei na receção a vi saindo do elevador.


- Amor. - ela me olhou feio e com raiva, muita raiva.
- Vai embora Luan, não chegou me abandonar uma vez, teve de repetir? Eu fui burra em acreditar em você, agora não tem mais jeito, você me magoou de novo mas te garanto que foi a última vez que brincou comigo. - falou zangada.
- Você está assim porque saí de manhã?
- Você sabe muito bem o que fez, agora desaparece você da minha vida e esquece que eu existo. - ri fraco. - Tá rindo, eu te odeio. Vai sair ou vou ter de chamar a segurança?
- Se você soubesse o que eu fui fazer.
- Não interessa. - grunhiu brava.
- Interessa sim, porque isto vai decidir nossas vidas. Eu te amo e por isso tive mais do que certeza esta noite de que quero muito isto. - ela encarava a rua me ignorando, me coloquei de joelhos na sua frente e ela me olhou  confusa - Eu não poderia fazer o pedido sem um anel né? - abri a caixinha pérola aveludada mostrando um anel de diamante que tinha a certeza que ela amaria. - Casa comigo Maria Clara? - ela levou suas mãos á boca me encarando com um olhar arregalado. 





Vou nem dizer nada, apenas comentem kkkk Beijos <3



16 comentários:

  1. MEU DEUS MULHER,VOLTA AQUI. O QUE FOI ISSO???????? Gente essa mulher vai ficar doida assim,meu Deus. @natycaprioli_

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    1. Vai ficar doidinha kkkkk Ela entendeu tudo mal com a saída do Luan cedo kkkkk Agora vamos ver o que ela vai responder.
      Amor você tem face? Tem grupo lá onde eu aviso e dou spoiler e novidade *-*

      https://www.facebook.com/groups/586685608125375/

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  2. O forninho caiu!! Que capítulo foi esse senhorr... Eu já tava xingando o Luan por ter a deixado só no quarto do hotel daí ele faz isso. Agora que o forninho vai cair mesmo, o Marcos vai ver a cena. Não desejo essa situação nem pra minha pior inimiga! Coitada da Clarinha

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    1. Sabia que vocês iam querer matar o Luan e depois morrer de amores por ele kkkkk

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  3. CA-RA-LHO!!!!!!!! MEU DEUS, MEU DEUS, MEU DEUS. TENDO UM NEGÓCIO, UMA CRISE, MEU DEUS AHAHHAHAHAHAHAH AAAAAAAAAAAAAAH *-----* MELHOR CAPITULO!

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  4. Ñ pera. Vc ñ teem direito de me deixa curiosa serio!!
    Contt pelo amoor de Deus!!
    bjokaas Cris

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  5. Aí meu DEUS morri com esse capítulo. Mulher do céu cuide em posta outro rápido e não esquece de avisar 083981577089

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    1. Fica no aguardo! Amor eu já avisei ontem, mas acho que esqueci de colocar o 0 kkkk

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  6. Nossa, a Maria tá podendo! Duas propostas irrecusáveis kkkkkk
    Mas acho que o tempo do Marcos vai passar. Acho que ela vai aceitar o pedido do Luan.

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    1. Né? Não é pra todas kkkk
      Vamos ver qual ela vai aceitar kkk

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  7. A clarinha tem de aceitar, Se não eu Faço o fornimho cair na cabeça dela Hahaha bjo

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