terça-feira, 28 de julho de 2015

Capítulo 65

- Clarinha, eu posso explicar.
- Estou esperando.
- Eu achei que fosse você. – me justifiquei e ela me olhou sarcástica.
- Não viu que era mais alta?
- Eu não sabia que roupa cê tava, podia estar com um salto maior. – me expliquei.
- E o perfume? – indagou séria.
- Eu notei diferença mas não tinha certeza… - falei desesperado.
- Eu sei que a gente é parecida Luan mas você sempre me conheceu até na escuridão.
- Cê tem razão, mas eu confundi mesmo, desculpa? – supliquei, não queria brigar logo agora que estávamos numa das nossas melhores fases.
- E você Raquel, achou normal alguém te abraçar por trás? – enfrentou a prima brava.
- Claro que não, me soltei assim que senti.
- Não, você se soltou assim que eu falei. Estava gostoso era? Já não chegou ter ficado com ele?
- Prima óbvio que nenhum de nós queria isso. E quando a gente ficou vocês estavam separados né.
- Estávamos, mas você não sabia.
- Claro que sabia.
- Sabia? Então porque decidiu ir falar com ele sobre mim na balada? E quando ele te beijou você nem relutou? – indagou firme e até eu me assustei. – Se soubesse nem iria falar com ele sobre mim. Esqueceu desse detalhe quando me contou foi? – ironizou.
- Eu não vou discutir com você, acredite no que quiser. – Raquel falou saindo.
- Quem não te conheça que te compre. – Clara falou rude. – Vai, vai atrás de quem te queira, porque este aqui tem dona.
- Até uma semana atrás não tinha, foi preciso eu te contar que a gente ficou pra você ir atrás dele né? – respondeu a Clarinha e fiquei com a pulga atrás da orelha.


Será que Maria Clara só me procurou porque ficou enciumado por a prima falar de mim. Raquel saiu e só fiquei eu e Clarinha na sala. Pude observá-la e ver como estava linda.




- Porque está me olhando? – perguntou impaciente.
- Vai ficar brava comigo? – me aproximei me colando a ela.
- Você não me reconheceu, acho que deveria ficar brava mesmo.
- Amor larga de ciúme. – ri a abraçando pela cintura – Eu quero só você e o resto tanto faz.
- É bom que ela saiba que você é meu. – abraçou meu pescoço mas ainda estava brava.
- Me dá um beijo então. – ela me deu um selinho. – Um beijo, isso nem pra provar deu. – ela revirou os olhos e a puxei forte para mim envolvendo os seus lábios.
- Satisfeito?
- Não, mas depois a gente resolve isso. – sussurrei em seu ouvido a ouvindo rir. – Verdade que você foi atrás de mim depois dela te contar que ficamos? – a encarei.
- A parte de ir atrás depois da conversa sim, mas o motivo não foi pela conversa.
- Sério?
- Talvez tenha me feito perceber mais rápido, mas eu fui atrás porque precisava de você e porque te amo mais que tudo. – me falou sincera olhando em meus olhos.
- Então tenho de agradecer á menina por te abrir os olhos mais rápido.
- Nem pense, você não vai dar conversa para ela, nem debaixo do meu nariz nem nas costas, tá me ouvindo Luan Rafael? – falou autoritária.
- Tô marrentinha. – ri e a beijei. – Você está muito gosto…maravilhosa. – corrigi e ela riu em meu pescoço me mordendo. – Cachorra.
- Pensava que era gata. – falou ofendida.
- Como você quiser. Mas porquê vermelho e não branco? - indaguei curioso.
- Para atrair muito mais amor pra gente. - sorriu doce e a beijei. 


Ficámos um pouco na sala namorando. Estes pequenos momentos só nossos eram preciosos e enquanto a galera farreava do lado de fora, a gente se amava. Ouvimos alguém pigarrear e parámos o beijo.


- Oh pai. – Clara falou assim que viu seu Carlos.
- Ainda bem que vos encontro sozinhos. – se sentou do nosso lado. – Não tivemos oportunidade de falar sério sobre o vosso noivado. – me assustei.
- Mas o que o senhor tem pra falar?
- Eu como pai da noiva irei pagar o casamento.
- Claro que não seu Carlos, não tem necessidade disso. – falei firme, não aceitaria de jeito nenhum.
- Mas é tradição e eu quero cumprir, a minha única filha mulher, vou pagar sim Luan.
- Já falei que não precisa, eu terei todo o prazer em bancar o meu casamento. A Clara merece um casamento de princesa e eu vou lhe dar.
- Isso cabe ao pai.
- Por favor não discutam acerca disso. – Clara pediu – Ainda nem sabemos data nem nada, depois resolvemos quem paga.
- Não filha, eu vou pagar e está decidido.
- Amor… - me pediu vendo que ia contestar de novo.
- Tudo bem, o senhor paga, mas não tudo, vamos dividir.
- Aceita pai, assim fica mais justo e vocês param com isso.
- Tudo bem. – aceitou – E quanto á casa?
- Eu vou comprar uma pra gente lá no condomínio mesmo.
- Podemos ficar no meu apê Lu, senão nem o vou usar e seria um desperdício.
- Mas assim que você engravidar teremos de comprar uma casa maior.
- Depois pensamos nisso.
- Espero que tenham mais juízo agora, não vão fazer filho já, na última vez foi inesperado, agora não será diferente, vivam primeiro, depois pensem nisso. – meu sogro falou se levantando. – É um conselho de quem já viveu, mesmo sabendo que vocês amariam ter um filho vosso, mas aproveitem.
- Mamãe? – Cecília entrou correndo – Posso usar o seu batom?
- Mamãe? – seu Carlos falou como se não acreditasse.
- É pai, a Cecí é minha filha também. – falou convicta e seu Carlos riu.
- Por falar nisso, tenho de dar entrada nos papéis para ela ter o seu apelido e você como mãe, oficialmente.
- Sou avô então? – perguntou alegre, diria.
- Com certeza seu Carlos, filha o seu Carlos e a D. Giovanna são seus avós também.
- Que legal, tenho tantos avós. – ria sapeca – Vou ter muitos pesentes assim.
- Filha que feio. – Clara a repreendeu.
- Deculpa mamãe.
- Vem colocar batom, vem. – lhe deu a mão saindo.
- Nada de exagero, não quero minha filha toda empiriquitada com esses troços.
- Aham. – Clara falou não fazendo muito caso.
- Estas mulheres me matam.
- Mulheres, já disse tudo. – seu Carlos constou e rimos.


Elas estavam demorando e decidi subir. A porta estava entreaberta e pude ver Clara fazendo caracóis no cabelo da Ceci que falava a todo o momento que estava parecendo uma princesa. Passou o batom clarinho, me agradando e, um pouco de perfume.


- Mamusca eu posso compar umas roupas iguais ás suas?
- Mamusca? – Clara perguntou rindo.
- É, papai chama a vó Zete assim, é engaçado.
- Seu pai adora apelidos. – riu. – Mas claro que pode, aliás, temos de ir nas compras juntas e aí você compra.
- A tia vai junto né? Ela que compou as minhas roupas.
- Até aprece que a Bruna ia ficar de fora Cecília. – riram me fazendo rir também.
- Que balulho foi este? – Ceci perguntou.
- Acho que tem um gatinho espreitando a gente. – falou baixo e continuei olhando elas.
- Gatinho? – Ceci chamou - Vem cá vem, quer miminho, eu dou, vem cá gatinho.
- Miau. – miei e Clara segurou o riso zombando de mim.
- Gatinho gostoso pode vir. – Clara falou me fazendo rir.
- Gostoso é? – abri a porta.
- Papai é gotoso sim.
- E vocês são as minhas gostosas. – peguei em Ceci a enchendo de beijo. – Gatinha vamos jantar?
- Vamos, estou morrendo de fome. E nem venha me chamar de gorda. – me avisou antes que fosse zoar com ela.


Jantámos em família e aquele clima era tão bom, conhecer a família dela e ela a minha. E pensar que tudo poderia ser diferente se a gente se conhecesse bem antes. Pedi para reservarem um camarote apenas para a família, apenas meus pais, sogros, Bruna e Hugo, e as minhas princesas tinham acesso ao camarim e ao palco.


- Oh Luan prazer te ter de novo aqui.
- Obrigado Sr. António. Pode me chamar sempre.
- Sua namorada?
- Não, minha noiva.
- Verdade, tenho visto as notícias, e é a sua filha né?
- Isso, você tem filhos Sr. António?
- Tenho um, mas ele nem sabe que sou pai dele.
- Como assim? – Clarinha se mostrou curiosa.
- A mãe dele engravidou solteira na altura que fui estudar pra Sampa, ela escondeu e só mais tarde é que associei tudo. Mas já não havia muito a ser feito. E quando decidi lhe dar um emprego, o ajudar em tudo descubro que ele não era homem nenhum. Acabou sendo preso.
- Era o Guilherme? – perguntei vendo Clara me olhar.
- Exatamente. Soube aquilo que ele fez com você menina. – ela olhou seus pais que conversavam com os meus, pois eles não sabiam e pelos vistos nem ouviam a nossa conversa.
- Já passou. – falou calma. – Talvez se ele tivesse crescido com um exemplo masculino em casa seria diferente.
- Talvez, mas a Adelaide fez um bom trabalho, só não soube ter rédea curta, mãe sempre passa a mão na cabeça do filho. Bem, vou conferir se está tudo pronto.
- Mundo pequeno. - Clara falou.
- Acho que Campo Grande é que é pequeno e ao mesmo tempo enorme. – a abracei. – Encontramos pessoas inusitados e quando a gente tinha de se encontrar se desencontrava.


Subi no palco feliz da vida. Todo o mundo estava de branco e na hora da contagem chamei minha filha e minha noiva ao palco, uma vez que os restantes foram para o camarote também. Minhas fãs ficaram de graça com Cecília que era toda sorrisos para elas. Ficamos assistindo os fogos e brindando a um novo ano que com certeza traria muita alegria.


- Xumba dá pra senhora ficar com a Cecília por favor? - pedi a minha mãe assim que chegámos em casa de Clara.
- Cuidado com o que vão fazer, não esquece que a casa da Maria não tem acústico como a nossa.
- Tranquila mamusca, vou pegar no pijama dela pra senhora arrumar. 


Subi rápido e preparei tudo, Clara olhava um pouco confusa mas logo lhe explicaria, Cecília já dormia e então não daria nenhum trabalho. Bruna e Hugo estavam entrando no quarto dele.


- Hey. – chamei – Façam pouco barulho.
- Nossos pais estão em casa Luan e respeito é algo que eu gosto. – Hugo falou e me lembrei que Clara não gostava desses abusos.


Será que ela iria me negar? Mas nem a pau. Entrei no quarto dela e a vi de camisola de seda preta curtinha.


- Quer matar papai?
- Nem vem amor. Onde ficou a cecília?
- Com meus pais.
- Não precisava.
- Claro que precisava, tenho planos de maior de 18 pra gente. – a abracei por trás beijando seu pescoço.
- Sabe que não vai rolar nada né? – ofegou e apalpei seu corpo a juntando mais a mim.
- O que eu sei é que te quero aqui e agora.
- Amor não me sinto bem com nossos pais aqui.
- Se permite, se preferir podemos tomar um banho juntos, ninguém nos ouvirá, te garanto.
- Mas não é só isso.
- Na chácara você fez. – lhe lembrei e ela se virou pra mim séria.
- Verdade, eu… - ficou desesperada – Eu nem me lembrei.
- Você está aflita por causa disso? – ri dos eu estado.
- A gente não devia.
- Claro que devia, portanto agora não será diferente. – a colei na parede e a beijei para não relutar. Começámos o ano da melhor maneira.



Clara On:


Acordei exausta e sempre era assim depois de fazer amor com Luan. Era sempre tão intenso que acordava cansada mesmo tendo dormido bastante. Tomei um banho e logo senti a presença dele junto.


- Bom dia meu amor.
- Bom dia minha gatinha. – me deu um selinho. – Então como foi arriscar com os pais debaixo do mesmo teto?
- Arriscado como você disse. – rimos – Mas foi bom.
- Bom?
- Muito bom, excelente, maravilhoso. – o abracei e ele me beijou me prensando na parede – Mas agora temos de nos apressar, a galera vem almoçar.
- Sempre cortando meu barato.
- Depois te recompenso.


Luan foi pegar Cecília e depois de arrumada descemos para tomar o café da manhã. Meus pais, Hugo e Bruna já lá estavam e seguraram um riso assim que chegámos na mesa.


- Foram dormir tarde filha?
- Um pouco pai, o Luan não tem o hábito de dormir muito cedo, então fiquei fazendo companhia.
- Deu pra ouvir. – Bruna falou e senti meu rosto queimar enquanto Luan a olhava feio.
- Larica não precisa ficar feito um pimentão, todo o mundo sabe o que vocês fazem, podiam era poupar nossos ouvidos de escutar coisas.
- Vocês se divertem né? – Luan indagou – Se não sabem aproveitar não venham com inveja pra cima da gente.
- Vocês aproveitam bem demais, param uma ronda começam logo outra, isso que é ter fogo.
- Piroca cala a boca.
- Meus filhos não liguem, eles só estão irritando vocês, aproveitem mesmo, mas se protejam.
- Alguém que entenda, obrigado sogra. – brincou e todos riram.
- Apoveitem o quê papai? Cês bincalam e não me chamalam? – perguntou formando um biquinho.
- Não filha, esquece isso, não é nada de importante.
- Tá bom papai, mas poque a mamãe ficou vemelha?
- Cecília come e esquece isso. – falei envergonhada ainda.
- Eu quelo saber. – cruzou os braços esperando.
- Coisas de adultos, come para a gente brincar no jardim um pouco.


Ela não fez mais questões e ainda bem, criança quando começa não acaba. A levei para o parque que meus pais sempre mantiveram lá em casa, brinquei imenso com Hugo quando criança e agora com Cecília era como se voltasse no tempo. Meu pai e Amarildo decidiram fazer churrasco pra todo o mundo e claro que Luan estava no meio. A família foi chegando e os tios de Luan se juntaram aos meus para churrascar também. Enquanto as mulheres ficavam na cozinha preparando os acompanhamentos. Fiquei encarregue de cuidar das crianças e Bruna ficou comigo.


- Cunha o Luan já te falou onde serão as nossas férias?
- Ainda não, você sabe?
- Também não, ele disse que seria surpresa mas não vejo o porquê de tanto mistério.
- Costuma ir muita gente?
- Meus pais, eu, Hugo, o Max e a Sthef, e nossos amigos, Anita, Dani, Marquinhos, Douglas, os de sempre.
- Vou tentar que ele me diga.
- Naquele momento mais intímo acho que ele diria. – falou rindo.
- Não vem com essa conversa de novo.
- Sério, vocês tomem cuidado, porque dava para ouvir bastante.
- Que vergonha.
- Vergonha né? Mas no quarto era “mais rápido Lu, não pares” “sua gostosa continua”… - nos imitava.
- Dá pra parar? – pedi vermelha – Não era pra ninguém ouvir, seu irmão que é imparável, não dá pra ter consciência das coisas.
- E você adora.


Deixei Bruna com as crianças e fui ver meu amor que já bebia enquanto temperava a carne. O abracei por trás e beijei suas costas.


- Tá se saindo bem?
- Muito bem, sou profissa. – falou convencido.
- Aham, não deve nem saber virar a carne.
- Engraçadinha. – riu irónico – Pra sua informação sou um churrasqueiro de mão cheia, aprendi vendo vídeos.
- Churrasqueiro tecnológico. – o zoei e lhe tirei o copo da mão bebericando tudo sob o seu olhar de admiração.
- Não vai ficar bebinha.
- Cê cuida de mim. – servi mais cerveja e lhe dei.
- Amor vai no quarto e traz o meu celular por favor? – assenti e lhe dei um selinho antes de sair.



A porta do meu quarto estava encostada e estranhei, pois tenho certeza que a fechamos. Abri lentamente e dei de caras com uma cena inacreditável. Raquel mexia nas coisas de Luan e pegou numa camiseta dele a cheirando. Era hoje que eu iria marcar aquela carinha de boneca dela. 



Eita, eita, eita! Clara não curtiu a cena do Luan e da Raquel kkkkkkk Mas acabou perdoando o menino, já que de lerdice ele não se cura. E essa noite caliente? A família escutou kkkkk Clara morreu de vergonha, tadinha. Para quem achou que a Raquel ia ficar quietinha, olha só o que ela aprontou. Agora é que vão ser elas, kkkkkk o que acham que irá rolar? Comentem please :p Beijos de luz <3

16 comentários:

  1. Eita o que essa louca está fazendo o_O continua logo muié estou amando <3

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  2. adorro tomara que ela de ums bom tapa nessa prima folgada.

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  3. Essa menina é doida,ta pedindo pra levar uns tapas mesmo. Primeiro ela da força pra Clara ir atrás,agora dá uma dessas. @natycaprioli_

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  4. OMG!!!!! MAS É PRA SER UMA SURRA MUITO BEM DADA, SÉRIO! PQP VA GA BUN DA, É ISSO QUE ELA É!

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    1. Maria Clara é bem ciumenta, imagina o que irá acontecer kkkkk

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  5. Ai Raquel porque quer irritar sua prima ? Clara vau bater nela ? Eu quero ver , ou melhor ler . Cheirando a camisa é disso pra pior *LaisAraujo

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  6. Sabe quando voce sente vergolha alheia??? eu senti pela Maria, caraca que mico kkkk eu morreria se minha familia toda ouvisse minhas intimidades kkkkkkkkkkkkkkkkk tadinha, sério!
    E essa prima dela em? Que menina mais descarada, só provocando a Maria, nossa uma cobra mesmo. Quero só ver o que vai acontecer agora, vejo rostos vermelhos e muita gritaria kkkk algo pra toodo mundo ouvir. Como é pode, O NOIVO da prima e essa doida aí fazendo besteira, queria bem fazer macumba com a blusa kkkk
    Continua amiga

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    1. kkkkk Tadinha amiga!
      A Raquel está abusando da sorte ... Cê vem sangue? kkkkk Vamos ver !
      Será que era macumba? kkkkk do jeito azarento que o Luan está acho que pegaria viu kkk

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  7. Vagabunda essa menina ein?,eu quero é tretaaaaaaaaaaaaaaá

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  8. Nossa, mas será que fizeram tanto escândalo assim? Que vergonhaaaaaaa kkkkkk
    Essa Raquel não vale nada pelo visto.

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