segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Capítulo 89

Ficámos dançando mais um pouco e me lembrei que ele não tinha jantado ainda. O convenci a comer alguma coisa e nos sentámos na mesa onde eu estava anteriormente. 


- Ligou pra sua filha?
- Liguei Clara, ela está morrendo de saudade.
- É, mas logo mais estámos de volta. - sorri fraco. 
- Você ia dançar com aquele cara? - retomou o outro assunto.
- Ia, você não estava aqui. - dei de ombros e ele me fuzilou.
- Ainda bem que cheguei a tempo porque senão eu te arrancava deste baile naquele momento.
- Fazia isso e eu ficava zangada com você o resto da Lua de Mel. - sorri cínica e ele me olhou semicerrado.
- Você muito gosta de provocar.
- E você não? - o olhei óbvia e ele riu fraco.
- Não gostei da sua atitude em ter vindo sem mim.
- Temos pena queridinho. - zoei - Você não queria vir eu dei o meu jeito.
- Vai ser sempre assim no nosso casamento? Você vai me contrariar sempre?
- Não, mas naqueles casos que eu acho que não há necessidade nem motivo de você ficar no contra, eu vou sim. 
- A gente deveria chegar a um consenso juntos, você sabe disso né? - bebericou do vinho me olhando.
- Eu sei mas a gente já estava brigando, não chegaríamos a consenso nenhum.
- Talvez se você tivesse ficado na praia e continuando conversando comigo teria me convencido a vir.
- Não precisei ficar e você está aqui na mesma. - sorri sapeca e ele me olhou feio.
- Não será sempre assim.
- É só você não arrumar desculpa. - ele me olhou e nada disse, continuou comendo e beberiquei do meu copo.


Dançamos mais um pouco e parece que todo o desentendimento tinha sido esquecido. Nos beijávamos e até ríamos das nossas graças. Já passava da meia noite quando saímos e estava curiosa pra saber o que Luan tinha aprontado.


- Fecha os olhos.
- Ah não amor, não quero. - cruzei os braços o olhando com súplica.
- Cara de cachorrinha sem dono não vai resultar. - me zoou rindo e me abraçou por trás tampando os meus olhos com a sua própria mão.
- Assim não vale Luan Rafael.
- Claro que vale, agora pára de reclamar mulher. - beijou meu ombro e seguimos caminho.


Não demorou muito e assim que Luan tirou a mão me deparei com um cenário maravilhoso ali na praia á luz do luar e daquelas velas incríveis.




- Você falou que queria passear na praia de noite e eu pensei que seria legal fazer uma surpresa. - falou baixo em meu ouvido.
- Eu adorei, acho que prefiro ficar aqui do que caminhar pela praia. - ri fraco.
- Vamos ficar um pouco, depois vamos caminhar e podemos terminar a noite aqui vendo o nascer do sol.
- Você fez isto porquê? Achei que ficaria bravo comigo.
- Fiquei na hora, mas percebi que não seria tão ruim ficar na festa com você e que estamos numa Lua de Mel e eu como teu marido tenho de te fazer feliz.
- Mas eu como esposa também tenho de te fazer feliz.
- Vamos deixar essa função apenas para mim. - ri fraco e ele me virou me beijando. 




Foi maravilhoso passear pela praia e ver o sol nascer. Voltámos para o quarto e depois de um banho juntos cheio de muito amor e safadeza voltámos para a praia. Nos dias seguintes fizemos mergulho para alegria do Lu e saímos bastante nos divertindo imenso. Estava arrumando as malas para a próxima viagem que seria no dia seguinte quando Luan adentrou pelo quarto apenas de bermuda.


- Nem acredito que já vamos embora deste paraíso. - se deitou na cama colocando as mãos debaixo da cabeça.
- Nem eu, seria tão bom viver num lugar assim, pra sempre.
- Podemos sempre viajar para lugares assim.
- E agora para onde vamos hein?
- Não vou dizer, até porque nem eu sei muito sobre lá, pra falar a verdade só sei o nome do país e que fica na Europa, nada mais.
- Meu pai quis nos surpreender, estou até pra ver o que ele aprontou.


Dormimos juntinhos e acordámos super cedo para irmos para o aero. Estava morrendo de sono e Luan quase que pegava no sono também enquanto descansava a meu lado das cadeiras desconfortáveis do aero. Me encostei na parede e o puxei para o meu peito, assim ele ficaria mais confortável.


- Amor eu que deveria fazer isso. - falou de olhos fechados.
- Deixa isso pra mim. - ri fraco e beijei seu rosto. - Meu bebezão prometi que cuidaria de você sempre.
- São essas pequenas coisas que me fazem te amar incondicionalmente. - beijou meu pescoço e ficámos esperando o voo. 


Luan não me disse onde iríamos e quando entregou as passagens pra moça não me deixou ver. Só quando estávamos no avião e a aeromoça falou, descobri que seria Islândia. Estava como Luan, só sabia o nome e que ficava na Europa. Mas se meu pai nos mandou para lá é porque sabe que valerá a pena. Chegámos no final do dia e estava bem frio, sorte que coloquei dois casacos quentes na mala de mão. Chegámos no hotel e depois de um banho quentinho, vestimos o pijama e ficámos esperando o jantar no quarto. Estava sendo gostoso ficar agarradinhos naquele tempo frio e aconchegante. 


- Amanhã temos uma visita pela cidade, para ver as paisagens, parecem ser super diferentes e lindas.
- Acredito que sejam maravilhosas, coisa de filme sabe? 
- Mas pra ser sincero preferia ficar com você aqui no quentinho.
- Vai ser divertido conhecer um pouco a cultura e os lugares mais importantes daqui.
- Aham, mas quero mesmo é chegar ao fim do dia e relaxar no spa.
- Você parece uma mulherzinha falando agora. - zoei e ele me beliscou. 
- Não brinca com o fogo Maria Clara. - falou sério.
- Fogo? Neste gelo que este país é, fogo não deve haver.
- Tem certeza? - se colocou em cima de cima beijando meu pescoço.
- Não, não tenho certeza. - ofeguei e a porta do quarto bateu.
- Aff, povo que não sabe vir numa outra hora. - resmungou e foi pegar o carrinho com o nosso jantar. 


Estava realmente muito frio mas com uma peça de roupa a mais e uns acessórios bem quentes, era possível sair na rua sem morrer de frio. Islândia era linda e como previ tinha cenários que lembrava imensos filmes da infância. Aproveitamos cada coisa gostosa daquele lugar e foi só depois de dois dias lá que descobrimos o real motivo da ideia do meu pai em nos mandar para lá. Era 1h da madrugada quando saímos do quarto e encontramos um grupo de dez pessoas na recepção do hotel. A noite era cerrada e com lanternas dadas pelo guia turístico saímos procurando a tão famosa e admirável Aurora Boreal. 


- Estou super entusiasmada para ver. - falei quase dando pulinhos de alegria, mas me segurei.
- Nunca ouvi falar amor, mas pelo o que o cara falou parece ser bem surreal né?
- Eu já vi algumas fotos mas nem me toquei que aqui era um dos lugares ideais para assistir. Vai ser a coisa mais linda da vida.
- Exagerada. - Luan falou apertando a minha mão com a luva super grossa mas super quente. - A coisa mais linda da vida é você.
- Awn, você é perfeito sabia? - beijei o seu rosto e continuamos andando. 


Teríamos de subir um ponto consideravelmente alto para vermos perfeitamente e podermos apreciar com maior empolgação a tudo. Depois de mais de uma hora chegámos. Entendi um cobertor no chão e nos sentámos abraçados vendo todas aquelas cores se formarem perante os nossos olhos, era coisa de Deus, era algo fenomenal e inesquecível. 






Voltámos para o hotel regenerados e com energias positivas correndo em nossas veias. Luan tinha ficado fascinado e encheu o rolo da câmara do celular com imensos fotos. Não fazia ideia de como o meu pai pensou neste lugar para mandar a gente visitar, mas com certeza ele teria bons motivos para isso. Só nos restava mais um dia naquele lugar mágico e o aproveitámos visitando a Lagoa Azul, que era uma piscina geotérmica. Estávamos em Outubro e por isso estavam fechadas, mas mesmo assim quisemos ver. Durante a tarde ficámos andando pelas ruas da cidade e comprando lembrancinhas para a galera, comprámos um chocolate quente e nos sentámos num dos bancos do jardim vendo as pessoas passearem.


- Será que mudou muita coisa lá no Brasil enquanto estávamos no nosso refúgio? 
- Com certeza muita coisa mudou Lu, mas espero que pra melhor. - selei nossos lábios. 
- Ainda tenho uma semana em casa para aproveitar em família.
- Vamos aproveitar muito sem dúvida. Quando começa seus shows?
- No sábado, no Recife.
- Já deve estar com saudade né? 
- Estou, mas terei ainda mais em deixar vocês em Sampa.
- Bobinho. 
- Estava aqui pensando e quando a gente voltar pro Brasil vou fazer uma coisa.
- Que coisa? - indaguei observando a sua face pensativa.
- Uma coisa que será surpresa. - sorriu meigo.
- Você se quer me fazer surpresa não me fala, agora vou ficar curiosa. - lhe bati de leve e ele riu.
- Não fica não. - me abraçou de lado e beijou meu rosto. 




Chegou ao fim a Lua de Mel do nosso casal, muitas surpresas, muito amor e muitos momentos únicos. Alguém pensou na Aurora Boreal quando o pai da Clara deu os bilhetes ao Luan? E essa surpresa que ele está pensando o que será? Comentem por favor. Quanto mais comentarem, mais rápido terão capítulo. Beijos <3


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Capítulo 88

A viagem seria longa e como estava desperta, sem sono, puxei assunto com Luan porque pelo jeito ele estava igual a mim. 


- Amor você acha que o Guilherme e a Raquel perceberam que não vão atingir a gente?
- Perceberam sim Clarinha.
- Não sei, não tenho tanta certeza.
- Mas eu te garanto que eles não vão chegar mais perto. - me garantiu e estranhei tanta convicção na sua voz. 
- Você tem tanta certeza assim?
- Confia em mim. - me deu um selinho e escolheu um filme pra gente assistir. 


Depois de horas viajando, de conexões, chegámos em Bora Bora na madrugada. Um táxi nos levou até ao Resort que ficaríamos e á semelhança das nossas férias nas Maldivas, também ficámos num bangalô, mais pequeno e aconchegante. Depois de um banho caímos exaustos na cama. Acordei com beijos em minhas costas e sorri antes mesmo de abrir os olhos. 


- Bom dia meu amor.
- Bom dia minha menina. Pedi café pra gente.
- Hum, marido prendado. - me virei na cama e ele estava do meu lado com a cabeça apoiada no braço. - "Dormir e acordar com você todo o dia". - cantarolei.
- "E pra não ter mais que te deixar, e pra nunca mais te deixar". - completou e me aproximei selando seus lábios.
- Te amo.
- Infinito. - nos beijámos e nos sentámos. Luan trouxe o tabuleiro com o café da manhã pra gente e o devoramos perante aquele mar azul maravilhoso.


Meu pai tinha escolhido bem demais o lugar da nossa Lua de Mel. Chegámos na praia e não tinha muita gente, a maioria era casais e as pessoas que ali moravam pelo que parecia. Luan se ofereceu para passar bronzeador em mim, já que estava branca demais e queria voltar com uma corzinha.


- Amor acho que já está né? - falei vendo que ele estava passando constantemente a mão na minha bunda e coxas.
- Não estava gostando da massagem?
- Massagem né? - ri fraco - Pára de graça guri. - ele riu e me deu um leve tapa antes de se deitar ao meu lado. - Não vai passar nada senhor branquelo?
- Estou esperando você passar ué.
- E eu sou sua empregada?
- Eu passei em você.
- Você se ofereceu, eu não pedi. - mostrei o óbvio segurando o riso e ele me encarou semicerrado.
- Sabe quantas mulheres dariam para passar a mão neste corpinho? Milhares, e você fica aí fazendo doce. - soltei o riso e ele me beliscou.
- Estava com saudade do Luan Convencido Santana. - zoei e me sentei, ele ia protestar mas deixei o bronzeador frio cair na sua barriga o fazendo grunhir. - Eita bicho fraco.
- Fraco né? - indagou e sem me dar conta me puxou para cima dele me sentando nas suas pernas. - Temos muitos dias pela frente para você ver que de fraco aqui não tem nada. - apertou minha perna.
- Pára com isso amor, estamos no meio da praia.
- E? Ninguém nos conhece mesmo. - riu - Continua passando esse troço aí. - Ia sair de cima dele mas ele me prendeu - Nananinanão, vai ficar aí.
- Chato.
- Chata. - ri e continuei passando o bronzeador. - Falta um lugar.
- Falta? - indaguei não entendendo - Não sei onde.
- No Junior. - riu vendo a minha cara de vergonha o olhando. - Vai ficar vermelha mesmo? Não fica coisa linda. - me puxou e fiz força para me soltar - Hey. - segurou meu rosto com a sua mão - Estava brincando safadinha.
- Safadinha? Sem vergonha. - o xinguei e ele me beijou.


Saí do seu colo e me deitei de barriga para baixo sentindo aquele sol delicioso em minha pele. Luan ficou um tempo parado mas começou se remexendo. O olhei e ele tinha se virado.


- Tem bicho carpinteiro?
- É um bicho mas não é carpinteiro não.
- Luan? - indaguei incrédula e ele ria me olhando.
- Tá doendo amor, fiquei com vontade.
- Você não toma vergonha nessa sua cara garoto. Agora aguenta.
- Você que tem de aguentar.
- Ah é? Deve estar sonhando que vou te matar a vontade aqui.
- No quarto, fica a poucos metros daqui. - não consegui segurar o riso e me desfiz em gargalhadas.
- Você é um tarado.
- Vamos amor? - me pediu dengoso fazendo biquinho.
- Não vem com esse biquinho não, você só sabe jogar baixo.
- Sei jogar de todos os jeitos. - falou malicioso e moveu a sua mão para o fundo de minhas costas descendo para a minha bunda. - Não me mata amor, vamos logo.
- E o que eu ganho em troca?
- Prazer, quer melhor do que isso?
- Você...
- Sou um gostoso sim e um delicia também. - me interrompeu se levantando - Vamos. - o olhei e ele me olhava esperançoso.


Me levantei devagar e ia me vestir mas ele arrancou minhas roupas da mão levando as minhas coisas, dizia ele que era pra não perder tempo. Acho que por muito que quisesse nunca iria conseguir resistir a Luan. Chegámos no quarto e as nossas coisas voaram para um canto qualquer. Luan puxou o fio do meu biquini e me abraçou por trás beijando meu pescoço subindo as suas mãos até aos meus seios. Ofeguei com o seu toque e levei as minhas mãos atrás puxando o seu calção para baixo. Ele me virou para ele e envolveu nossas bocas num beijo quente e cheio de malícia. Ele puxou os fios da minha calcinha e ela caiu no chão me deixando completamente exposta para ele. Desci o resto do seu calção e me deitei na cama sentindo os seus lábios percorrerem o meu corpo. Sem aviso prévio ele me preencheu e soltei um gemido de surpresa o fazendo rir na dobra do meu pescoço enquanto estocava.


- Acho que vou querer Lua-de-mel pelo resto da vida. - me confessou ofegante e ri mordendo o lóbulo da sua orelha.
- Podemos tentar. - admiti e foi a vez dele rir e estocar mais e mais forte. Senti o prazer chegar e Luan abafou os meus gemidos com um beijo avassalador terminando com uma mordida em meu lábio inferior.


Voltámos para a praia e na hora do almoço fomos até ao bar do resort que ficava ali na praia. Ficámos sabendo que teria baladinha de noite e claro que fomos. Dançámos até nos cansarmos e voltámos para o hotel segurando um no outro por conta da bebida que ambos ingerimos. Estava sendo maravilhoso ficar o dia todo debaixo do sol, mergulhando naquele mar azulzão e ter muito amor todo o dia.


- Amor vou comprar um sorvete pra gente.
- Gostei dessa sugestão.
- Qual sabor você quer?
- Pode ser morango e baunilha.
- Já volto. - pegou na carteira e me deu um beijo indo até ao bar. Decidi postar uma foto que a gente tirou no dia anterior enquanto passeávamos pela ilha.



"Céu e Mar e Alguém para amar ♥  @luansantana #BoraBora"


Luan voltou e depois de comermos o sorvete que estava ótimo como toda a comida que já comemos ficámos conversando. 


- Amanhã vamos fazer mergulho.
- Sério? Você viu isso onde? - indaguei.
- Seu pai que falou que tinha e claro que a gente tinha de fazer.
- Podíamos passear num barco também amor.
- Tudo que você quiser. Ainda temos muitos dias para fazer um monte de coisa.
- Mas a melhor é ficar do seu lado. - falei e Luan me olhou meigo mas segurava o riso pela maneira piegas com que falei. - Pode rir retardado. - ri e ele me acompanhou.
- Você é muito moleca amor. - me puxou para o seu peito. 
- Sabe o que queria fazer? Passear na praia de noite.
- É óbvio que podemos fazer isso. - beijou minha testa.
- E queria... - o olhei receosa.
- O quê Clarinha?
- Queria ir naquela festa mais formal que vai haver no Resort. Eu sei que você torceu o nariz quando me viu lendo o cartaz mas eu queria mesmo.
- Eu não trouxe terno amor.
- A gente arruma um ou nem precisa ir de terno, as suas roupas dão perfeitamente. - o olhei e ele acariciou meus cabelos olhando o horizonte do mar. 
- Mas isso é meio careta cê não acha não?
- E as festas das premiações que você vai não são? - indaguei um pouco impaciente por ele estar arrumando desculpa. 
- É diferente, aí tem a galera pra conversar.
- E aqui você tem a mim. - me sentei encarando o mar.
- Tenho você e podemos fazer coisas diferentes.
- Mas isso seria diferente Luan, a gente lá se sair é como você diz, estaremos com a galera, aqui é apenas eu e você. - o encarei e respirei fundo.
- Você fala isso porque irá usar um vestido, já eu terei de ficar com um terno neste calor.
- Não exagera, lá tem ar condicionado e você pode levar uma camisa de manga curta, não arruma desculpa, não quer ir? Diz logo.
- Hey não vamos brigar né?
- Não estou brigando.
- Parece. - se sentou ficando ao meu lado. 
- Nem tudo que parece é. 
- Pára de birra Maria Clara.
- Eu que estou sendo birrenta? Você que está procurando alguma justificação para não ir. Seria uma noite diferente, mas se você não quer ir problema seu. - me levantei arrumando as minhas coisas.
- Onde você vai?
- Para o quarto, está anoitecendo. - saí e ele nem me chamou, nem quis procurar conversar e me entender.


Tomei um banho e decidi que com ou sem Luan eu iria nessa festa. Até porque se não fossemos a essa festa não tínhamos nada programado e entre ficar no quarto não fazendo nenhum e ir me divertir, escolho a segunda opção. Me embrulhei num roupão e penteei meu cabelo o deixando secar um pouco ao natural. Luan ainda não tinha voltado e o sol já se punha. Enquanto escolhia o vestido liguei para minha filha. 


- Oi mamãe.
- Oi meu amorzinho, como você tá?
- Bem, hoje aprendi muitas coisas na escola e no dança, a Rita me ensinou um passo muito legal mamãe, depois te mostro.
- Que legal filha, tem comido tudo e se comportado direitinho?
- Tenho, a vovó Zete me ensinou a fazer pão de queijo.
- Sério? Hum, depois me ensina pra gente fazer.
- Ensino mamãe, amanhã vou ficar com o vô Carlos, a tia Bubu comprou um DVD da Barbie para a Gabriela ficar caladinha e eu vou ver junto.
- Você não perde uma chance de ficar com a sua prima né? - ri fraco.
- Ela é tão fofinha mamãe, queria ter um bebé em casa também.
- Você terá mas não agora filha.
- Papai está aí? Tenho saudade dele.
- Ele está na praia ainda, quando ele voltar eu falo pra ele te ligar.
- Tá bom mamãe, traz presente pra mim?
- Claro que levo filha, nem se pergunta né? Beijo, fica com Deus. Te amo. 
- Vocês também, te amo.


A noite já tinha chegado e nada de Luan aparecer. Seria motivo pra me preocupar? A gente teve a nossa primeira briga casados e logo na Lua-de-mel. Me arrumei e fiquei pronta. 




Deixei um bilhete no quarto avisando Luan para ligar a Cecília e que iria para o Resort. Já eram 21h e ele não tinha voltado, confesso que me preocupei mas naquela zona não tinha muito para onde ir. Cheguei no local e várias pessoas estavam ali, vários casais apaixonados. Sorri fraco desejando que Luan também estivesse ali comigo. Procurei uma mesa vazia e encontrei uma no fundo da sala. Pedi um vinho e me servi do jantar que era self-service. Nem uma mensagem, nem uma simples ligação de Luan. Realmente ele não estava nem aí para o fato de eu ter saído ou não. Depois da sobremesa as pessoas começaram dançando. Meus pés formigaram para isso, estava sem dançar fazia dias e a saudade já era imensa. Estava me levantando para retocar a make no banheiro quando um moço de uns 20 e poucos anos estendeu a sua mão para mim. 


- Aceita dançar bela menina? - perguntou galanteador e o encarei, eu queria dançar mas com Luan, mas na falta dele ali não me restavam muitas opções.
- Ela vai dançar comigo. - Ouvi Luan falar atrás de mim e o moço ficou sem graça. Quando me virei ele estava vestido a rigor com uma cara séria nos encarando. 




- Me desculpa. - disse ao moço que sorriu entendendo. - Você...
- Vamos dançar. - me puxou para a pista. 
- Onde você estava?
- Não faz pergunta, eu que te pergunto, esqueceu que é casada? - indagou com uma carranca e o olhei incrédula.
- Tá brincando né? Eu não ia ficar no quarto mofando enquanto poderia me divertir.
- Com aquele moleque?
- Ele só estava sendo simpático. 
- Todos são assim e depois a moça acorda na cama deles.
- O que você está insinuando? Acha que eu sou dessas?
- Não disse isso.
- Pareceu.
- Nem tudo que parece é. - repetiu o que eu falei mais cedo e revirei os olhos. - Você quando quer é bem vingativa né? Eu não vinha mas você deu um jeito de vir.
- Não vou viver a minha vida dependendo da sua opinião, também penso e decido por mim. - falei rude e ele respirou fundo me juntando mais a ele. 
- Eu só queria ficar apenas com você não no meio desta gente que não conheço de lugar algum.
- Mas isso tem a sua piada, o fato de sermos desconhecidos nos permite olhar apenas um para o outro, nos permite conversar só a gente, nos permite ver que na vida somos só eu e você e o resto é resto. Onde você andava? Não foi procurando roupa porque essa é sua. - levantei uma sobrancelha esperando a resposta.
- Mais tarde você verá o que aprontei. - me sussurrou e colou nossos lábios, tentei relutar de início mas a sua mão ficou na minha nuca me prendendo a ele. 



Eita, casal já está aproveitando a Lua de Mel e já tiveram uma primeira briga kkkkkk Há uma primeira vez para tudo né galerinha? kkkkk O que será que o Luan aprontou? Comentem por favor, beijocas <3


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Capítulo 87

A coloquei no chão e nos servi duas taças de champanhe. Ela sorria a todo o momento e percebi o seu peito subir e descer demasiado rápido. Coloquei as taças de volta na mesinha e a juntei a mim. 




Tomei seus lábios e explorei cada canto de sua boca. A minha mão ficou na sua nuca e a puxei para trás tendo livre acesso ao seu pescoço e colo.




 O seu cheiro me enlouquecia e a sua respiração pesada alimentava todo aquele fogo. A virei de costas e ela grunhiu reclamando pela quebra de contacto dos meus lábios na sua pele. Abri o seu vestido delicadinho e vi o tecido sedoso deslizar pelo seu corpo até chegar no chão. Clara me surpreendia sempre e aquela lingerie tão meiga mas ao mesmo tempo tão sedutora me deixou ainda mais doidinho. Ela se virou timidamente com um sorriso cafajeste no rosto e os seus olhos me devoravam. 


- Você é estonteante.
- Tenho de estar ao seu nível. - me falou em tom baixo e a peguei no colo a atirando pra cama. 




Beijei com todo o meu amor e embora quisesse ser duro ao mesmo tempo queria ser romântico. Era complicado, ela me descontrolava completamente. A sentei no meu colo e apertei seus seios os beijando levemente. Ela ofegava e a sua mão se dirigiu á minha camisa a abrindo demoradamente arranhando meu peitoral. 




- Você não irá esquecer nunca desta noite Clara. 
- Nem quero. - me garantiu olhando em meus olhos enquanto as nossas respirações se fundiam. O calor emanava da gente e era tão intenso que me atrevo a dizer que estava queimando. 
- Eu te amo.
- Além da eternidade meu marido. - me beijou sofregamente e abri o seu soutien abocanhando os seus seios os sentido endurecer entre meus lábios e meus dedos. A sua mão desceu até minhas calças e as tirou acariciando a minha ereção que já estava impossível de segurar na cueca. 


A sua mão entrou nelas e grunhi com o contacto. Levei minha mão livre á sua calcinha e a tirei sentindo a sua intimidade excitada para mim. Ri fraco com isso e ela me acompanhou, safada. A minha cueca foi parar no chão e prendi seus braços acima de sua cabeça com uma mão enquanto distribuía beijos pela sua barriga até chegar no seu ponto de prazer onde a provei a vendo delirar debaixo de mim.  As suas mãos já soltas enroscaram no meu cabelo o puxando, era prazeroso e me incentivava a continuar até ela chegar no seu limite o que não demorou. Subi até seus lábios e a penetrei sem aviso prévio. 




Estoquei lentamente e fui aumentando aos poucos. Os seus olhos imploravam por mais e respondi a eles entrando e saindo rapidamente a vendo desfalecer de tanto prazer, os seus olhos rolaram e não consegui me segurar muito mais. Me libertei dentro dela sussurrando o seu nome colado aos seus lábios. Caí em cima de seu peito e tentei regular a minha respiração descontrolada. Saí de cima dela e me deitei ao seu lado entrelaçando nossas mãos. A olhei e ela sorria de olhos fechados. Beijei seus lábios e a ponta de seu nariz a vendo sorrir.




- Pronta para mais amor? - perguntei e ela me olhou sorrindo sapeca.
- Com você, sempre. - abraçou meu pescoço e me beijou. - Quero sempre mais. - ri fraco e a beijei de novo nos rodando na cama. Ela agora ficaria por cima de mim. 


Teceu beijos pelo meu peitoral até ao meu V line. Me estimulou o bastante e riu vendo a minha reação. Emaranhei minha mão pelos seus cabelos e acariciava sua cabeça a vendo me dar prazer. Não a deixaria me levar ao limite e quando vi que estava chegando a puxei para mim apertando sua cintura a penetrando. A vendo cavalgar com os cabelos no rosto enquanto os seus olhos estavam presos nos meus. A ajudei nos movimentos e apertei suas coxas a ouvindo grunhir e ofegar descompassado. Quando adormecemos o sol já raiava e a abracei a vendo dormir em meu peito.





Clara On: 


Acordei e Luan ainda dormia com a cabeça na dobra do meu pescoço. Me desembaracei dele com cuidado e procurei o meu celular nas suas roupas conferindo que já eram mais de 17 horas da tarde. Pedi um lanche super recheado e gostoso e me deitei novamente ao seu lado o acordando. Ele acordou sorrindo e assim que abriu os olhos me puxou para um beijo. 


- Pedi um lanche pra gente.
- Hum, bem preciso, estou esfomeado.
- Somos dois. - ri fraco - Vamos comer e tomar um banho, a galera vai pra casa dos meus pais fazer um churras para nos depedirmos.
- Nem acredito que voltaremos pra Sampa hoje só pra fazer as malas e voar pro paraíso.
- Acredite, porque os nossos dias super felizes estão apenas começando. 


O lanche chegou e devorámos entre conversas, risadas, carinhos e brincadeiras. Tomámos aquele banho com muito amor e me senti regenerada. Luan me cansou na nossa noite mas era um cansaço bom de sentir. Nos arrumámos com as roupas que Luan levou pra gente e meu celular apitou. Vi que era o fotógrafo que me enviava algumas fotos do casamento. Decidi postar uma. 



"Dois caminhos diferentes que se cruzaram para se tornarem em um só. Assim sou eu e você, um só e, o nosso caminho é para onde tem amor. Deus me deu você, alguém que é um presente em minha vida, que nunca pensei ser merecedora de o receber. Te abraçarei na saudade, te beijarei na intimidade, te protegerei no perigo, te guiarei na incerteza, te amarei em todos os milésimos de segundo da minha vida. Sempre será meu grande amor, o amor da minha vida ♥ @luansantana"


- Está pronta amor?
- Estou Lu, só postei uma coisinha, podemos ir.
- O que postou?
- Depois você vê. 
- Amor sabe que em breve eu tenho os Melhores do Ano no Faustão né? 
- Aham, vi o anúncio na TV e já votei mocinho. - ri fraco.
- Quero você comigo, acho que eles vão fazer uma espécie de gala depois da premiação. 
- Ai que chique. - zoei - Claro que eu vou meu amor, te acompanharei em tudo que me for possível.
- Minha esposa. - me abraçou de lado me juntando a ele depositando um beijo em meus cabelos. 


Na casa dos meus pais a galera mais próxima, maioritariamente amigos estavam ali. Cecília correu assim que nos viu. 


- Ainda bem que chegaram meus filhos, colocamos a carne assando agora mesmo.
- Vou ajudar lá sogra, até já amor. - Luan avisou me dando um selinho. 
- E aí cunha como foi?
- Ah Bubu foi perfeito. - falei tímida. 
- E agora a lua de mel será onde?
- Em Bora Bora, Rita. Você já sabe que a academia ficará em suas mãos né?
- Com certeza, vou fazer o melhor.
- Obrigada. Onde anda o Marcos?
- Com o seu irmão lá na churrasqueira.
- Vou lá ver a galera, a Bia ainda não chegou?
- Já e está no seu quarto de ressaca descansando. - Bruna avisou e ri, iria conversar com ela depois.
- Porquê no meu quarto?
- É o que fica mais longe daqui e não se ouve tanto barulho.  


Passei na churrasqueira e vi o gostosão do meu marido assando as carnes, ele adorava fazer isso e o melhor é que fazia bem demais. O abracei por trás e beijei suas costas. Peguei no seu copo de cerveja e beberiquei um pouco. Cumprimentei meu pai, meu sogro, meu irmão, Marcos e Felipe que estavam ali. Aliás Marcos estava do lado de Luan e pelo que me pareceu, estavam conversando assim que cheguei. 


- Toma amor. - Luan me deu carne - Se alimenta que você tem de estar forte para os dias que teremos. - piscou o olho safado e ri.
- Eita, é preciso tanta força assim Luanzera? - Felipe brincou.
- Sabe que o baguio aqui é bruto meu parça. - meu rosto queimou e Felipe ria.
- Pára de rir retardado ou eu falo demais. - ameacei e ele me olhou sem entender. 
- Ih amor lembrou de uma boa. - Luan me apoiou rindo.
- O que vocês estão falando?
- Nada não Fê, depois a gente conversa. - avisei e saí atrás da piriga da minha melhor amiga. 


Cheguei no meu quarto e ela dormia com tudo escuro. Acendi o abajur e fui procurar um remédio pra ressaca pegando num copo de água. Sem ela contar saltei pra cima dela gritando e a doida acordou assustada e desorientada. 


- Você deveria ver a sua cara Bia. - ri e ela me olhou feio resmungando.
- Puta que pariu Ma, eu estava dormindo.
- E é hora de dormir por acaso? Acorda, a galera está churrascando.
- Não quero, estou com dor de cabeça.
- Por isso deixei o remédinho pra você aí. - acenei com a cabeça e ela respirou fundo o tomando.
- Obrigada, agora me deixa dormir.
- Nossa, nem vai perguntar como foi a noite de núpcias? - me indignei.
- Pra quê? Você vai passar inveja e me contar o que eu já sei.
- Sabe? 
- Vocês são dois fogosos que provavelmente fazem um sexo gostoso, ponto final. 
- Sem graça, a gente não faz sexo, fazemos amor e quando dá pra juntar a safadeza ao romantismo é perfeito. - falei pensando na minha noite.
- Acredito, com um homem daqueles até eu suspirava assim que nem você. - me zoou e ri lhe batendo de leve.
- Mas a sua noite como foi? Ficou com algum gatinho?
- Não te interessa. - falou embirrada e ri.
- Não mesmo? Porque eu vi umas coisas...
- Cê não viu nada, não inventa.
- A bebedeira te fez esquecer foi? 
- Não aconteceu nada por isso não tem como ter visto algo.
- Então você e o Felipe se pegando num dos cómodos do salão é alucinação da minha cabeça?
- Isso foi um erro. - abriu os olhos e se encostou na cabeceira da cama desviando o olhar do meu.
- Eu também dizia isso ao Luan quando nos conhecemos e agora estamos casados.
- Mas você sabia que no fundo não era erro nenhum, você só fugia por medo de sofrer, já eu sei que foi um tremendo erro.
- Não se engana.
- Não é engano, a gente estava bêbado e começamos dançando e conversando e deu nisso, não era pra ter acontecido nada disso, nunca na minha vida sonhei em transar com o Felipe.
- Vocês transaram onde? No salão enquanto decorria a festa do meu casamento? - indaguei incrédula.
- Não dava pra esperar chegar aqui em casa.
- Meu Deus, vocês são super safados. - zoei rindo demais. 
- Não ri sua cabra, eu estou arrependida.
- Mas confessa que foi bom, já provei daquela fruta e embora não chegue aos pés do meu marido não é de deitar fora.
- Não, realmente não é, mas...
- Mas nada, vocês estão se estranhando?
- Acho que sim, hoje no almoço ficámos nos encarando mas não trocámos nenhumas palavras, ele também deve achar que é um erro.
- Cabeça dura, se arruma pra gente descer. O que adianta ficar evitando ele? Vocês além do mais são amigos e a sinceridade deve estar em primeiro, foi assim que eu e o Luan nos resolvemos, mesmo discutindo feio.
- Depois eu penso nisso, agora não quero mesmo falar com ele.
- Se arrepende?
- Não, mas deveria, não sei porque não consigo me arrepender. - me olhou confusa.
- Talvez porque era algo que deveria acontecer e era o certo no momento, tenho a certeza que ele pensa o mesmo. 
- Talvez. - deu de ombros e foi no banheiro se ajeitar. 
- A sua cara está de correr de medo. 
- Você não está ajudando Maria Clara. Vamos descer que estou com vontade de comer o seu bolo de casamento que sobrou de montão.
- Hum, vamos, te acompanho. 


Descemos e na cozinha estava um monte de bolo mesmo. Nos servimos com vários pedaços e fomos pra área da churrascaria. Felipe não estava ali e Bia ficou comigo. Sabia que Luan iria querer doce por isso enchi o meu prato.


- A sobremesa não deveria ser depois do jantar moça bonita?
- Nós continuamos podendo tudo meu amorzinho, até ao final da lua-de-mel a gente é dono do mundo. 
- Amo te ver falando assim. - sorriu meigo e limpou um pouco de chantilly do canto de minha boca - E podemos voltar papais? - perguntou mais baixo e receoso.
- Já falamos disso Lu.
- Eu sei, mas achei que tivesse mudado de ideia.
- Não mudei e acho melhor a gente aproveitar apenas eu e você e a Cecília, vamos aproveitar um tempo e depois pensamos nisso com mais seriedade.
- Tá bom. - deu uma última mordida no bolo e voltou pra churrasqueira um pouco emburrado.
- Porque você não realiza o desejo do rapaz?
- Não quero ainda Bia. Eu perdi um bebé e pensar que pode acontecer de novo me assusta, além do mais a gente precisa se habituar á ideia de que estámos casados...
 - Vocês antes também era como se estivessem, viviam juntos e tal. Nada mudou, apenas o papel e as alianças no dedo. - me interrompeu mostrando o óbvio.
- Eu sei, mas sei lá, na cabeça parece que muda. E eu tenho a faculdade ainda, não quero parar agora que já fiz quase dois anos. 
- Isso é compreensível, mas não deixa passar muito tempo, você já tem 25 e o Luan 26 anos, e como ele quer ter imensos filhos, melhor começarem já.
- A gente terá tempo, mas tudo no tempo de Deus.
- Não esquece que quero um afilhado.
- Você anda exigindo demais, ao invés de se resolver com certas pessoas. - falei mais alto assim que Felipe entrou naquela zona. Bia me fuzilou brava e segurei o riso indo atrás de Luan. 


Ele estava dando carne a Cecília que era uma farofeira feito ele. Me sentei perto dos dois e comi também. Contei a Luan o que conversei com Bia e ele falou que Felipe estava bem distraído hoje. 


- Será que eles sentem algo?
- Vai saber Clarinha, mas acho que apenas estão meio tensos e confusos com o que aconteceu, melhor deixar eles falarem e o tempo passar.
- Seria lindo se eles namorassem.
- Você é muito casamenteira amor. - me zoou.
- Apenas gosto de ver as pessoas felizes se amando como a gente.
- Cada coisa no seu tempo.
- Acabei de falar isso pra Bia sobre a nossa conversa de ter filhos.
- Então se Deus achar que a gente deve ter filho agora você não fica chateada?
- Nunca, mas não está nos meus planos de agora, se estiver nos de Deus que seja abençoado. - sorri fraco e acariciei seu rosto - Não fica triste, teremos muitos filhos ainda.
- Eu sei, mas estou ansioso. - riu fraco e selei nossos lábios. - Ceci está pronta pra ficar com seus avós?
- Acho que sim mamãe, o papai contou que depois vamos todos juntos viajar também.
- É, quando chegarem as férias vamos todos juntos de novo.
- Vocês estão muito felizes né? - perguntou espertinha.
- Muito filha, você também?
- Também papai, sempre quis que vocês ficassem juntos, você só fica feliz assim com a mamãe.
- Verdade, você sempre pedia para a gente namorar.
- "Ma dá muitos beijinhos no meu papai para ele ficar feliz" - lembrei do que ela me falou uma vez - Você tanto pediu a Deus que ele te ouviu filhota.
- Deus é muito bom comigo, me deu amiguinhos, um papai que é meu anjo, uma família, uma mamãe e agora eu sou muito feliz. - Luan sorriu emocionado e desviou o olhar para eu não notar.
- E Deus nos deu você, a nossa luz de alegria e paz. - passei a mão em seus cabelos loiros. 


Cecília ficou em Campo Grande, apenas eu e Luan voltámos pra Sampa. Estava fazendo a minha mala e ajudando Luan a fazer a dele para não perdermos tempo. 


- Amor coloca roupa de frio.
- De frio Luan? Mas vamos pra Bora Bora, lá é calor. 
- Mas não vamos apenas para lá, seu pai preparou outra surpresa. 
- Que surpresa?
- Surpresa oras, não vou contar.
- Você sabe?
- Uma parte sim. Mas não faz pergunta, apenas arruma a mala com roupa de frio.
- Mandão. - zoei.
- Também te amo esposa. - rimos.


O voo sairia pelas 3h da manhã e seguimos para o aero rumo á nossa lua de mel. Se estava ansiosa? Imagina, estava super curiosa para saber o que nos esperava, queria que tudo continuasse sendo perfeito e do lado de Luan eu sabia que seria. 



Muitos babados e muito amor. Gostaram? Deixem o vosso comentário *-* beijos <3
Cadê as pessoas que comentavam e liam antes? Sumiu muita gente :s

Capítulo 86

Entrei no salão e fui procurar Luan, ele conversava com a sua mãe. Assim que me viu sorriu mas a sua expressão mudou ao ver a minha cara de assustada.


- Lu preciso falar com você.
- Aconteceu alguma coisa nora?
- Nada de grave Mari, só preciso trocar uma palavrinha com o Luan. Vem comigo. - o puxei para um local mais isolado.
- Amor desculpa não ir com os fotógrafos logo, a Cecília queria que eu dançasse com ela. - riu.
- Onde ela está?
- Ela ficou com o seu irmão.
- Você tem certeza?
- Tenho, porquê? - me olhou confuso e rodei meu olhar pelo salão procurando o Hugo.
- Onde eles estão?
- Por aí amor.
- Por aí onde Luan? - perguntei mais firme.
- Não sei, mas por aí.
- Oi casal. - ouvi a voz de Raquel atrás de mim.
- Oi Raquel. - Luan sorriu - Amor você vinha me contar que vocês tinham se resolvido? - Luan me olhou meigo e semicerrei meu olhar para encarar Raquel e depois ele.
- Resolvido? Como assim?
- Verdade prima, obrigada mais uma vez por não deixar que nada fique entre a gente.
- Mas...
- Fico feliz que esteja tudo bem amorzinho. - Luan me interrompeu e Raquel sorriu cínica.
- Parece que hoje é dia de amor e de perdão não é mesmo Maria Clara? Até o Guilherme você perdoou, vi vocês conversarem no jardim quando cheguei. - meu sangue ferveu e minha vontade era de espetar minha mão na cara dela novamente.
- O Guilherme? Que história é essa Clara? - Luan me indagou. - Ele está preso.
- Acho que não mais. - Raquel falou - Olhem a Cecília com o Hugo, vou falar com a princesinha. - piscou o olho saindo.
- Clara que está acontecendo? Ele não está aqui né?
- Está. - falei com a voz baixa. - Ela não pode ir atrás da Cecília.
- Porque não pode?
- Porque não. - falei preocupada e perdi Raquel de vista - Onde ela foi?
- Clara que está acontecendo? Porque o Guilherme estava aqui e você estava conversando com ele, porque você não quer a Raquel junto da Cecília? - Indagou sério parecendo bravo. - Não vai sair daqui sem me contar tudo. - Luan me segurou assim que me movi para ir atrás dela.
- Você terá de acreditar em mim. - o olhei séria respirando fundo.
- Eu acredito.
- Promete por favor.
- Eu prometo amor, mas me fala.
- O Guilherme apareceu aqui com a Raquel, eles já estavam juntos desde quando ele me traía. Ela que pagou a fiança pra ele sair e foi ela que o trouxe aqui.
- E você perdoou ela?
- Claro que não, ela estava jogando. Eu não queria o Guilherme aqui, eles me arrastaram para um lugar mais calmo do jardim e ele me pediu perdão, ele disse que precisava do meu perdão, que ainda me ama mas que ama a Raquel também. Ele apenas quer o nosso perdão e participar da festa. - falei choramingando com raiva.
- Ele está doido? Nunca na vida... Você não...
- Não Luan, não perdoei, mas ele ameaçou. Ele disse que a Raquel estava com a Cecília e que se a gente não perdoasse ele arrumaria um jeito de tirar a Carolina e o Leandro da prisão e ajudaria a fugirem com a Cecília.
- Hey não chora. - limpou as lágrimas que escapuliram - Ele não vai fazer nada, ele só quer nos humilhar e mostrar que deu a volta por cima, mas está muito enganado. Eu posso ir preso mas se ele fizer algo com a Cecília ou com você, eu mato ele.
- Não fala isso. - supliquei assustada.
- Eu juro Clara, eu faço isso.
- Ele quer ver a sua cara o perdoando, ele disse que nada pagaria isso. O que a gente vai fazer?
- Vamos resolver isso. Vou mandar o Well ficar no jardim e o seu irmão irá atrás da Cecília. Enquanto isso a gente vai falar com ele fingindo que perdoou.
- Você acha que dará certo?
- Tem de dar. - pegou no celular e falou com Well, limpei as lágrimas e respirei fundo me recompondo.


Luan avisou Well e fomos atrás de Hugo que estava sozinho como imaginei. Raquel tinha levado Cecília para passear no jardim e inventou a desculpa de que a perdoei para toda a família. Pedimos a Hugo que fosse atrás dela e ficasse com Cecília. Luan apertou minha mão e seguimos para fora do salão atrás de Guilherme.


- Filha ainda bem que encontro vocês. - meu pai nos parou.
- Que foi pai?
- Eu tenho a lua de mel para vos entregar.
- Pai fica para outra hora, agora precisámos ir lá fora, já voltámos.
- Que cara é essa Clara? Te conheço bem pra saber que está preocupada.
- Nada para o senhor se preocupar pai, vá se divertir, a gente já volta.
- Luan?
- Ouça a sua filha seu Carlos.  - Luan garantiu calmo e saímos.


Guilherme estava no mesmo lugar de antes e Luan me olhou como se me protegesse, só ele era capaz de me trazer paz nesta situação. Fomos nos aproximando e a mão de Luan cada vez apertava mais a minha, sabia que ele estava se segurando para não partir pra cima daquele canalha. 


- Olha quem resolveu aparecer. - Luan disse e Guilherme se virou nos encarando.
- Não tinha como perder né? 
- Ter até tinha mas há pessoas que são como ratos. - falou sarcástico e fiquei com medo de que Guilherme achasse que Luan não iria "perdoar" coisa nenhuma. 
- E aí, a Clara falou com você?
- É, ela falou, me deu motivos para... - Well apareceu ao fundo fazendo um gesto com a mão de que estava tudo bem e que Hugo estava de olho em Cecília.
- Para me perdoar? - Guilherme perguntou em tom de deboche.
- Para te colocar daqui pra fora. - falou firme e Guilherme me olhou confuso. - Well ele é todo seu. - falou para o segurança que já estava atrás de Guilherme.
- Você não ouviu o que te falei Clara? - Guilherme falou entre dentes.
- Ouviu e por isso você não voltará a chegar perto, e a Cecília está segura. - Luan garantiu - A Raquel terá o que merece também, tomara que os dois ardam no inferno. Vem amor. - me puxou pra dentro. - Você está tremendo.
- Só vou sossegar quando a Cecília estiver comigo e a Raquel tiver ido embora.
- Vamos procurar seu irmão. 


Hugo estava junto de Bruna e Gaby e Cecília brincava com a pequena. Me abaixei perto dela e a abracei bem forte.


- Que abraço gostoso mamãe. - riu.
- Eu te amo pequerrucha, não esquece nunca.
- Te amo muitão mamãe, não vou esquecer e você não esquece também. - ri fraco.
- Aconteceu alguma coisa Larica?
- Aconteceu Hugo, mas já foi resolvido. - Luan afirmou e me deu um sorriso. - Temos de tirar as nossas fotos no jardim amor.
- Sério? 
- Aham, vão ficar lindas, vem. - me deu a mão e levei Cecília junto. 


Tirámos as fotos e elas ficou uma mais linda que a outra. Luan com as suas gracinhas me deixou tranquila de novo e até esqueci o incidente anterior. Entrámos no salão novamente e fomos ter com meu pai. 


- Espero que gostem. - nos deu um envelope onde continha duas passagens para Bora Bora, na Polinésia Francesa. 
- Oh paraíso. - Luan falou animado - Praia, mar, solzão, mandou bem sogrão. - brincou.
- Obrigada pai, a gente amou. 
- Aproveitem ao máximo, e me tragam netos. 


Juntamente com Luan e Cecília comi mais um pouco e fomos os três para a pista dançar. A festa estava linda e a animação era garantida. Cecília pediu para ficar com meus pais e consequentemente com Gaby enquanto Bruna e Hugo dançavam e divertiam-se. 


- Amor vem comigo. - Luan me sussurrou apertando minha cintura.
- Onde?
- Você já vai ver. - saímos de fininho para um corredor escuro e comecei e perceber a ideia de Luan.
- Seu pervertido. - o xinguei e ele riu.  - Não dá pra esperar?
- Dá amorzinho, é só um aquecimento. - riu sapeca e abriu a porta de um cómodo mas fomos surpreendidas por Bia e Felipe se pegando. 


Luan fechou a porta novamente e libertei o riso que segurei quando os vi. Não estava acreditando naquilo, Felipe falou que eles seriam apenas amigos e nada de ficantes ou algo do tipo. Pagou pela língua, sabia que mais cedo ou mais tarde eles iriam se pegar. 


- Eles só podem estar bebinhos.
- Lu eu acho que eles se queriam pegar bem antes, só faltava coragem.
- Este mundo dá muitas voltas.


Sem me dar conta entrámos em outro cómodo e Luan me encostou na parede me beijando. As suas mãos passeavam pelo meu corpo e afrouxei o nó da sua gravata abrindo os primeiros botões da sua camisa. Luan desceu seus beijos quentes para meu pescoço e colo e ofeguei com o seu toque arrepiando cada pelo do meu corpo. Ficámos naquele amasso um bom tempo. Arrumei Luan e ele me arrumou também, não poderíamos chegar na festa como estávamos.


- Hoje sem dúvida é o dia mais feliz da minha vida. - confessei enquanto andávamos pelo corredor.
- O meu foi quando a gente se esbarrou na porta da sua casa, foi aí que eu vi a mulher da minha vida.
- Awn, coisa fofinha. - zoei e ele riu me abraçando de lado.- Está na hora de atirar o buquê.
- Eita, um bando de solteirona vai se juntar.
- Eu também já o fui algumas vezes.
- Mas não será mais. - sorrimos felizes, estávamos verdadeiramente felizes.


Avisei ao Breno e Caio César que cantavam naquele momento para anunciarem a galera. Todas as solteiras se juntaram e Bia estava ali também me fazendo segurar o riso. Me posicionei no palco e contei até três atirando. Assim que me virei para conferir quem tinha apanhado vi Bia e Bruna segurarem o buquê e se fuzilando.


- Hey meninas. - as chamei - A solução é dividir. - ri.
- Mas eu apanhei primeiro. - Bia retrucou.
- Mas a Bruna também segurou, não posso fazer nada. Pensem pelo lado positivo, teremos dois casamentos, muito melhor do que um.
- A Bruna já tem homem, agora falta a Bia arrumar um que a queira aturar. - Luan gritou nos fazendo rir menos á Bia que o olhou feio.
- Fique sabendo que terei o meu príncipe encantado.
- Espero que sim, quero comer de graça. - Lu brincou e Bia acabou rinto também.



Luan On: 


Estava tudo perfeito. Enquanto Maria Clara tirava fotos com Bruna e Bia seu Carlos me pediu pra conversar a sós.


- Eu quis fazer uma surpresa para a Clara e no fundo pra você também.
- Surpresa?
- A Lua-de-mel não será apenas em Bora Bora, acha que iria oferecer apenas dez dias naquele paraíso? Não, tenho outra viagem pra vocês.
- Outra? Mas aquela estava ótima.
- Claro que não, eu quero que seja inesquecível pra vocês. Por isso, comprei uma viagem para a Islândia, muitas surpresas vos aguardam.
- Mas lá não é frio nesta época?
- É mais ou menos, mas vocês vão aproveitar, tem aí um plano com as horas e o local onde vocês devem estar para usufruírem de tudo que preparei.
- Obrigado seu Carlos, tenho a certeza que será incrível.
- Nada não, vocês merecem. - tocou meu ombro e senti alguém abraçar minhas pernas.
- Papai quero doce. - Cecília pedia fazendo beicinho.
- Hum, sabe que também estou com apetite?


Seguimos para a mesa dos doces e nos empanturramos. Clara se visse era capaz de brigar com a gente, mas eram tão gostosos que não tinha como resistir.


- O que vocês estão fazendo aí? - ouvimos uma voz atrás de nós e olhei Cecília que me olhava com uma cara de que tínhamos aprontado.
- Na-nada amor, só comendo.
- E não me chamam, também quero doces.
- Ufa, achei que você ia brigar. - rimos.
- Hoje é dia de festa, é o nosso dia, podemos tudo.
- Tudo? - indaguei sério.
- Tudo Luan Rafael. - me olhou com um sorrisinho de canto e assenti anotando aquele pormenor no meu pensamento, não poderia me esquecer mais tarde.


Chegou a hora de cortar o bolo e esse momento aconteceu na parte externa. No meio do jardim tinha uma mesa com o bolo decorada com rosas brancas assim como todo aquele espaço e estava iluminado apenas por velas dando um toque ainda mais misterioso e romântico. Ao mesmo tempo que cortámos o bolo soou "Tudo que você quiser" e atrás da gente arrebentou fogo criando um cenário incrível.




Brindámos e os convidados nos acompanharam. Os garçons cortaram o resto do bolo e distribuíram pela galera. A festa rolou até de madrugada, subi no palco, pois não poderia faltar a minha participação e dei um palhinha com os meus amigos cantores que estavam presentes. Eram 5 da manhã quando saí com Clara para o melhor hotel de Campo Grande. Não daria jeito ir pra casa, a galera estaria lá e esta era a nossa noite, quase manhã, de núpcias. A suíte nos esperava e assim que abri a porta do quarto peguei em Clara no colo entrando com ela que sorria com os olhos brilhando vendo o romantismo de tudo aquilo. 




Seria a nossa primeira noite como marido e mulher e não me importaria com a hora que a gente dormisse, antes nos amaríamos com calma e intensidade, do nosso jeito. Nos entregaríamos um ao outro de uma forma pura e nos tornaríamos completos.