segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Capítulo 101

Ela me encarou feio e a encarei do mesmo jeito. Eu estava preocupado com ela e queria ficar sabendo de tudo. Ela se sentou bufando. 


- Vai comer? - perguntei e ela deu de ombros pegando no prato com o bolo de chocolate.
- Tem mais bolo? - perguntou após comer metade da fatia, assenti  - Pode pegar mais pra mim por favor, está muito gostoso. - falou um pouco mais animadinha.
- Claro, já volto. 


Desci e peguei em outra fatia e subi devagar, não queria parecer insistente, e lhe daria um tempo para pensar como me haveria de contar o que quer que fosse que a andava a preocupar. Entrei no seu quarto e ela logo pediu o prato que eu segurava o devorando rapidamente.


- Nossa filha, era tudo fome? - ri fraco.
- Chocolate é sempre bom. - limpou a boca e terminou o suco.
- Agora já podemos conversar.
- Me deixa tomar um banho antes? É rapidinho... - me olhava receosa e assenti. 


Depois de pegar em roupa entrou no banheiro e ouvi a água cair. Fiquei vendo o que estava passando na TV e mudei de canal até parar num que passava um documentário sobre mato e bichos do mato, óbvio que fiquei vidrado. Uns 20 minutos depois a porta do banheiro abriu uma brecha e Ceci espreitou com uma cara nada boa. 


- Que foi filha? - indaguei vendo que ela não iria falar nada.
- Você pode ir no banheiro do seu quarto e trazer a necessaire rosa da mamãe? 
- Claro filha, podia falar logo, lógico que eu busco pra você. - ela sorriu pequeno e esperou eu sair. Não percebi porque tanto receio em me pedir algo, me preocupei ainda mais com ela. 


Peguei na necessaire da Clarinha e me perguntei o que ela precisaria dali. Sempre que Clara a usava era naqueles dias mas será que tinha outra coisa? Abri e me deparei apenas com absorventes e coisas do género. Será que...? Ai meu Deus. Só podia ser isto, a minha menina tinha virado mulher, por isso aquele mau humor todo, por isso a vontade de comer mais bolo de chocolate, por isso a vergonha em conversar comigo. Eu não esperava por nada disto agora, pra mim ela sempre será a minha pequenina, mas confesso que fico com uma ponta de orgulho por a ver crescer e passar por estas fases. Entrei no quarto como se não soubesse de nada, não a queria assustar antes mesmo de conversarmos. Ela saiu um tempo depois olhando para o chão enquanto se aconchegava na sua cama. 


- Vem aqui filha. - a puxei para o meu peito e lhe dei o comando - Escolhe o que você quiser. - sugeri e ela depois de se ajeitar em meu peito mudou de canal colocando num filme musical qualquer. 
- Pai... - falou com a voz embargada.
- Shh. - acariciei os seus cabelos - Eu sei o que aconteceu.
- Sabe? - perguntou assustada me olhando.
- Sei filha, não sou tão lerdo assim. - ri fraco - Eu sei que é um assunto um pouco sensível para falar comigo, mas eu sou seu pai, seu melhor amigo né? - ela assentiu - Então não tem porque ter vergonha, é normal, você está ficando uma mulher. - sorri doce e ela retribuiu ouvindo atentamente tudo que eu falava.
- Mas dói muito papai. - se queixou dobrando os joelhos.
- Acredito filha, mas são coisas da vida. Só o tempo de você acostumar.
- Acho que não vou acostumar nunca, a mamãe me deu remédio e mandou ficar deitada. Já passou um pouco mas sempre vem aquela dorzinha sabe?
- Eu sei filha, mas você vai habituar. - beijei o topo da sua cabeça - Se quiser mais chocolate ou outra coisa fala pra mim que eu te dou.
- Acho que a parte boa disto tudo é poder comer chocolate sem culpa. - riu fraco.
- E você adora, é o jeito que eu como com você. - rimos - Mas não conta pra sua mãe. 
- Você tem 33 anos e parece um crianção. 
- Me respeita que eu sou seu pai. - fiz cócegas e ela riu mas logo choramingou. - Desculpa filha. - a abracei.
- Nada não pai, mas é que dói, é uma chatice. - ri fraco e continuamos assistindo ao filme. 


Não dei conta de ter adormecido, mas acordei com alguém em cima de mim e vi ser Lucas, que estava sentado em minhas pernas me encarando. Cocei os olhos e vi Cecília dormindo ainda. 


- Que bom que você acordou papai. - engatinhou por cima de mim e se deitou em meu peito me dando um abraço desajeitado, o abracei de volta e beijei seu rosto. 
- Saudade sua meu pequerrucho.
- Também papai. Trouxe presente? - me olhou esperançoso e ri.
- Desta vez não filho, mas vou ficar em casa por uma semana, vale como presente?
- Uma semana inteira papai? - indagou entusiasmado e assenti - É melhor que presente. - me abraçou e acariciei seus cabelos escuros da cor do meu. Ele era a minha cópia em ponto pequeno, tinha os meus traços, meu jeito de falar, meu jeito de pensar, era a minha cópia mais fiel. 
- A sua mãe?
- Foi na cozinha falar com a Cida sobre o jantar, acho que foi pedir pra fazer a comida que você gosta. - me olhou sapeca.
- Só eu que gosto é? - indaguei rindo e ele negou rapidamente. 
- O que a mana tem papai? - olhava Cecília com dó.
- Tá dodói amor, ela precisa de muito carinho agora.
- Dói onde?
- Na barriga, acorda ela com miminhos, acorda Lu. 


Ele era uma criança bem energética mas também super bem educadinho e não fazia nada que sabia que a gente iria brigar, ás vezes eu que incentivava ele a fazer asneira só pra ver a cara de brava da Clarinha, quem acabava por levar no final era eu mas era muito engraçado. Com a Cecília era um grude que só. A Ceci sempre ajudou Clara e brincou imenso com Lucas quando era mais nova e todo o mundo sabia que ele era o menino dos olhos dela. Gaby também adorava toda a brincadeira deles e os três eram incríveis, como primos e como amigos. Me lembrava muito eu, a minha irmã e o meu tio Max. 


- Ceci acorda. - falava baixo acariciando o rosto dela. - Acorda pra gente brincar com o papai, ele chegou Ceci. - falou animado me fazendo rir baixo.
- Hum... - disse sonolenta abrindo apenas um olho. - Olá Luquinhas.
- Você tá dodói mana, quer que eu faça miminho em você?
- Quero. - falou dengosa e ri com aqueles dois. Lucas acabou por abrir uma brecha na cama entre mim e Cecília e ficou acariciando o rosto da irmã. 
- Cadê o meu povo? - Clara abriu a porta animada se derretendo pela cena que via - Ai que coisas lindas da mamãe. Estás melhor filha?
- Estou mamãe, o papai cuidou bem de mim. - sorriu com ternura e Clara me olhou.
- Eu sei. - informei e ela veio para o meu lado depositando um beijo em meus lábios, que saudade da minha mulher. A abracei forte e a fiz ficar meio deitada na cama.
- Acho que estamos a mais Lucas. - Cecília falou rindo se levantando.
- Engraçadinha. - Clara soltou - Vamos descer? Daqui a nada a Cida serve o jantar.
- O Lu falou que era uma comida que eu gosto.
- E é. - selou meus lábios e me puxou para fora da cama. 


Ficámos um pouco na sala conversando e brincando com Lucas. Cecília estava meio desconfortável e só queria estar quietinha. Respeitámos, ela iria se acostumar com o tempo. Com tudo isso dela virar mulher fiquei pensando nas próximas fases que ainda viriam. Me lembrei do meu tempo e com a idade dela dei o meu primeiro beijo. A olhei e fiquei com a pulga atrás da orelha, será que ela já pensa nisso? Porque os rapazes eu sei que pensam sim, mas será que a minha menina acha algum menino interessante? 


- Que foi pai? - indagou assim que me viu estranhamente a encarando.
- Nada não filha, estava aqui pensando coisa. - ri e ela deu de ombros.


Não, ela não podia começar já pensando em namoradinhos, eu não iria aceitar, ela tem de pensar nisso mais tarde e olhe lá. Cida interrompeu os meus pensamentos nos chamando para jantar. Comemos animadamente como sempre, quis saber do dia de todos e eles do meu. 


- Então amanhã você vai no estúdio e me deixa na academia. 
- Você vai lá de novo amor?
- Tenho aula, mudei algumas para a manhã, assim aproveito a tarde com os nossos pequenos. 
- Combinado então, deixamos a criançada na escola e vamos. 
- Como está correndo a composição das músicas? - Clara perguntou curiosa - Meu irmão me falou que tem muita coisa boa.
- Verdade, amanhã vamos nos encontrar no estúdio do Dudu e fazer uma escolha daquelas que tem mais a ver comigo. 
- Legal, estou ansiosa pra conhecer o seu novo trabalho.
- Vai valer a pena a espera. - pisquei o olho - Também temos a Tati nos ajudando, uma opinião feminina é sempre boa.
- Quem é essa Tati? - beberiquei um pouco do vinho e me lembrei que não lhe tinha falado dela.
- Uma amiga lá do estúdio, ela é conhecida do Dudu e também escreve e canta.
- Hum, mas você se precisar de opinião feminino tem a mim, não precisa pedir para outra pessoa. Sempre ouvi as suas músicas antes. - falou com alguma mágoa diria.
- Eu sei amor, mas ela é do meio artístico e...
- Entende melhor né. Tudo bem Luan, se quiser me mostrar tudo bem senão tudo bem também.
- Amor...- apertei a sua mão que estava em cima da mesa.
- Não Luan. - tirou a mão da minha e olhou as crianças que nos assistiam.
- Estava pensando na gente passar um tempo na Fazenda, vamos no início da tarde e voltámos na noite do dia seguinte, que tal? - sugeri tentando descontrair o clima meio chato que se formou anteriormente. 
- Você não tem que ver as músicas? - Clara indagou.
- Mas não vou ficar fazendo isso a semana inteira, tenho de ter tempo para a minha família também. - expliquei.
- Eu quero papai, quero andar de cavalo. - Cecília falou bem animada.
- Também quero papai. - Lucas concordou com a irmã.
- Então a gente vai muito em breve, vou falar com o Hugo. a Bruna e os vossos avós.
- Legal papai. Estou com saudade de todo o mundo junto. 
- Tudo certo pra você Clara?
- Claro que sim. - tentou sorrir mas foi em vão, não entendia o motivo da birra dela. 


Mesmo com tantos anos de casado ela não deixou de ser ciumenta, mas esperava que ela entendesse que era trabalho e que não tenho intenções com mais ninguém a não ser com ela. Terminámos o jantar e ela se levantou arrumando os pratos.


- Quer ajuda? - ofereci visto que a Cida foi embora assim que nos serviu o jantar.
- Não Luan, apenas coloca eles pra dormir e se a Cecília precisar de remédio o pacote está na minha mesinha de cabeceira. - Dá banho no Lucas e faz ele dormir agora, ele está cansado e amanhã tem escola. 
- Deixa comigo, vê se não demora aí. - beijei o seu rosto e saí com os meus pequenos. 
- Pai você vai contar história para o Lucas? - Cecília perguntou enquanto subíamos as escadas.
- Vou, também quer filha? - segurei o riso.
- Só quero assistir. - sorriu pequeno.
- Vamos então.


Dei banho no meu homenzinho e depois de vestir o pijama o coloquei na cama o aconchegando. Peguei num livro de super heróis que ele tanto amava da sua prateleira  e me sentei na cama, Cecília repetiu o meu gesto e se sentou atrás de Lucas acariciando o seu cabelo. Contei a história até metade e quando dei conta ele já dormia sossegadinho. Saímos do quarto de fininho e acompanhei Ceci até ao dela. 


- Filha eu quero conversar com você um negócio aí. - entrei junto e ela enrugou a testa me olhando sem entender.
- O que quer falar pai? - ela já estava de pijama e então foi lavar os dentes e pentear o cabelo enquanto me sentei na cama a olhando.
- Filha eu quero que você me conte tudo tá bom? Você confia em mim né? - ela me olhou assentindo.
- Claro que confio pai, mesmo tendo vergonha de algumas coisas o senhor sabe que sempre acabo por falar tudo.
- Eu sei e por isso espero que você me responda ao que vou perguntar. - ela terminou e voltou para o quarto se sentando ao meu lado. 
- Fala pai, está me deixando nervosa com isso. - riu fraco.
- Você tem interesse por algum menino da sua escola? - falei rápido e ela arregalou os olhos com isso. - Filha, me diz apenas se sim ou não.
- Mais ou menos. - brincou com os dedos desviando o olhar do meu.
- Sério? Mas mais ou menos porquê?
- A gente é muito amigo e não sei se o que eu sinto é apenas amizade, mas acho que é. - deu de ombros e riu fraco.
- Ele como gosta de você? 
- Acho que também como amigo, ele é muito querido pai, está sempre me elogiando, sempre me ajudando, sempre me fazendo rir.
- Como ele se chama?
- Henrique. - me olhou finalmente e nem sei se gostei ou não de saber disso.
- Você gostava de ter algo mais com ele?
- Ai pai. - riu nervosa - Não sei, ainda sou nova pra isso pai.
- Espero que pense sempre assim porque sinceramente eu não estou preparada para te ver de namorinho com algum moleque. Você tem muito tempo para pensar nisso.
- Você iria gostar de conhecer ele, é muito legal e gosta da sua música.
- Sério?
- Aham, ele sabe tocar violão também.
- A gente é que podia retomar com as suas aulas de violão, levar o seu irmão junto também.
- Quando você quiser papai. Não se preocupe, quando eu estiver gostando de alguém você será o primeiro a saber. - me acalmou e assenti a puxando para um abraço. 




Depois de a deitar na cama e de lhe cantar algumas músicas ela adormeceu. Parecia que tinha até esquecido a dor e adormeceu feito anjo. Voltei para o meu quarto e Clara estava saindo do banheiro arrumada pra dormir. Entrei e fiz minha higiene antes de me deitar. 


- Precisamos conversar. - me sentei na cama ao lado de Clara que lia um livro qualquer.
- Não temos nada pra conversar.
- Então o que foi aquilo no jantar? Você ficou com ciúme porque a Tati vai me ajudar nas músicas e você não? Você entendeu errado.
- Não quero falar disso, você faz o que quiser. - continuou olhando o livro não me encarando. 
- Eu apenas vou contar com a ajuda dela, não quer dizer que não vá te mostrar também, até porque você sabe que eu sempre te mostro e conto tudo antes de todo o mundo.
- Só não quero que haja abusos da parte dela. - respirou irritada, 
- Não há amor, a gente só tem assunto profissional.
- Não tente me enganar Luan, não são apenas profissionais. - finalmente me olhou.
- O que você está querendo dizer?
- Abre o teu whatssap.
- Você andou mexendo no meu celular? - indaguei um pouco chateado, não gostava disso.
- Ele estava apitando sem parar com notificação dessa Tati, e pelo que vi vocês conversam coisas bem pessoais né Luan? - conferi as mensagens e vi que Tati me agradecia por a ter aconselhado anteriormente e perguntou para quando podíamos marcar um café para conversarmos mais um pouco.
- Ela estava com problemas na família e apenas desabafou comigo.
- Sim, até porque vocês são grandes amigos para ela desabafar assim.
- Eu era o único no estúdio, o Dudu tinha saído e eu fiquei sozinho lá até ela aparecer e pedir para desabafar, ela estava mal, apenas a ouvi como um bom ouvinte.
- Então trate de deixar claro isso, e que se aconteceu uma vez não significa que aconteça mais. 
- Você está exagerando.
- Estou? - me olhou incrédula - Eu não quero saber que você anda de conversinha com qualquer uma, eu não a conheço mas pelo que vejo já não gosto dela e você sabe que eu tenho dedo que adivinha essas coisas.
- Você diz isso de todas as mulheres com quem eu falo mais do que cinco minutos. - revirei os olhos.
- Depois não reclama. - apagou o abajur do seu lado e se deitou de costas para mim.
- Sério que vamos dormir assim, brigados?
- Eu vou dormir de qualquer jeito. - respondeu seca e respirei fundo antes de me deitar e pegar no sono. 


Como combinado levei as crianças na escola e deixei Clara na Academia. Não trocámos nenhuma palavra e isso estava me deixando de mau humor. Cheguei no estúdio ao mesmo tempo que Hugo e entrámos conversando, acabei por lhe contar da ida á Fazenda e ele adorou a ideia deixando claro que iria com a gente. Dudu nos recebeu e Tatiana estava ali com ele. Assim que me viu me abraçou e beijou meu rosto. Não vi maldade nenhuma, ela não parecia ser dessas que se atiçam para cima de homem casado e eu gostava de conversar com ela e discutir sobre o trabalho também. 


- Então Luan será que podemos tomar um café mais tarde? - falou baixo só para que eu ouvisse.
- Não vai dar não, quero passar o maior tempo com a minha família.
- Eu entendo, apenas queria desabafar, mas deixa para outra altura. - falou meio triste e me deu dó.
- Tudo bem, depois a gente conversa um pouco.
- Combinado. - sorriu. 


Na volta pra casa peguei em Clara na Academia e nas crianças. Almoçaríamos em casa dos meus pais e foi uma alegria que só. As crianças pediram para passar a tarde com eles e a gente deixou. Voltei com Clara para casa e assim que me sentei no sofá e Clara mudava de canal recebi uma mensagem no whats.


"Ás 16h no café perto do Studio? Beijos, Tati".


Muito sinceramente eu não queria ir, mas já tinha "prometido" e não sou de falhar com a minha palavra. Mandei um "Combinado" para ela e prestei atenção no que passava na TV. Clara estava estranha e eu sei que estava sentida comigo. Mas que culpa eu tenho? Ela vê coisa onde não tem. Por volta das 15h30 me preparei pra sair de casa.


- Vou no Dudu.
- Já não esteve lá de manhã?
- Mas esqueci uma coisa, não demoro. - beijei a sua testa sabendo que se fosse na boca ela relutaria. 


Saí me sentindo mal por lhe ter omitido a verdade, mas depois desta conversa com a Tati eu iria deixar claro que não me sentia á vontade para continuar sendo o seu psicólogo particular. Cheguei no café que por ser um pouco caro não era acessível a toda a gente e por isso a privacidade e o á vontade eram maiores. 


- Fala rápido Tati, eu não posso demorar muito.
- Claro, eu vou direta ao assunto. - assenti e pedi um café e ela outro assim que o garçon chegou. Lhe dei um aceno com a cabeça esperando ela continuar - Você sabe que as coisas com o meu pai não estão bem né? - assenti - Mas ele me chamou pra conversar amanhã num jantar em casa dele e eu aceitei mas...
- Mas?
- Eu estou com receio que ele me maltrate e continue achando que eu continuo namorando o Júlio, eu já falei que terminamos e que não tenho mais nada com ele, mas meu pai não acredita e fala que eu sou uma vadia que gosto de sofrer nas mãos dele só por puro prazer. - falou envergonhada.
- Seu pai pensa que você continua com esse tal de Júlio porque ele apela para o lado carnal e você não resiste né?
- Pois é, ele acha que a carne é fraca. - revirou os olhos - Então eu pensei que... - me olhava e foi interrompida pelo garçon que trouxe os nossos pedidos. 
- Você pensou o quê?
- Que você poderia me acompanhar. - a olhei surpreso - Não para ele pensar que temos alguma cois, longe disso. - se apressou a explicar - Apenas para você me ajudar e o fazer entender que eu não tenho nada com o Júlio e como você é quem é acho que ele vai acreditar e me desculpar pelas besteiras que fiz quando namorava o Júlio.
- Você quer que eu te acompanhe? - perguntei retoricamente - Não vai dar Tati, eu sou casado, minha mulher não iria gostar nada disso, aliás por ela eu nem estaria aqui, não acho certo. Aceitei te ouvir e aconselhar mas você me metendo nos seus planos já é demais. Me desculpa mas não vai dar não. 
- Por favor Luan, conversa com a sua esposa, ela vai compreender o meu lado. - apertou a minha mão que repousava na mesa.
- Acho melhor não me envolver Tati, isso é problema seu.
- Não precisa me dizer agora, pensa com carinho e depois me fala alguma coisa. - estava pronto para lhe negar mas ela me interrompeu colocando um dedo em meus lábios - Promete que vai pensar apenas. - me olhava doce e ao mesmo tempo sedutora, algo que nunca vi nela. 
- Eu vou ver o que posso fazer, mas não crie muitas expectativas.
- Obrigada, de verdade. - me abraçou e senti um beijo em meu rosto. 


Voltei pra casa e independente do que acontecesse eu não iria com Tatiana a lugar algum. Não seria certo. Clara dormia no sofá e com cuidado a peguei no colo a levando para o quarto. Me deitei junto dela e acordei com alguém choramingando. Assim que abri os olhos dei de caras com Clara que estava sentada na cama olhando fixamente o meu celular enquanto a raiva era presente em seus olhos assim como os soluços de choro que ela tentava abafar. Me preocupei imediatamente e assim que me levantei ela me olhou e a primeira reação foi levar a palma da sua mão de encontro ao meu rosto. 



Parece que Cecília cresceu e Luan ficou babão, até conversa de mulherzinha teve com ela, e falou sobre rapazes kkkkkk Acham que a Ceci var dar muita dor de cabeça ao cantor? E essa Tati? Clara não gosta dela e parece que Luan se emaranhou numa teia complicada de sair, será que a Tati vai aceitar um redondo NÃO? E esse estalo que a Clara deu no Luan? O que será que ela viu no celular? Ele está em maus lençóis apenas porque quis ser boa pessoa, mas saiu-lhe caro... Comentem por favor, quero saber o que vocês acham. A maioria acertou no que Cecília tinha, parabéns meninas adivinhas kkkkkk  Beijos <3


5 comentários:

  1. Luan esta completamende ferrado.
    1 a menininha dele virou mocinha. 2 Logo logo tem gente de namorico e 3 Clara vai matar ele pro causa dessa Tati vaca.
    conttt bjoos

    ResponderEliminar
  2. Que linda a Ceci... virou mocinha!!!

    Luan vai ter que rebolar pra se entender com a Clara. rsrs

    ResponderEliminar
  3. amei o luan com cecilia
    soube entender a situação e ainda ajudou *-*

    ResponderEliminar
  4. Aposto que saiu fotos desse encontro dele com essa tati e aposto que tem dedo dela nisso ,continua logo por favor, perfeita essa fic

    ResponderEliminar
  5. Luan tem de se conformar, porque o tempo passa e a Cecília já está uma mocinha. Fazer o que né? rs
    Clara está certíssima. Luan não tem nada que ficar dando papinho pra essa Tati.
    Acho que ela deve ter visto alguma foto dos dois.

    ResponderEliminar